Capítulo 20.

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Após a chamar por alguns minutos, seus olhos são abertos e me fitam, sua pele está pálida e seus lábios sem cor. A pego em meus braços e começo a carregá-la, fico olhando em volta para ver se acho algum alimento, na verdade, frutas, pois não vou caçar algum animal e fazê-lo de churrasco.

—Aonde vamos? - A mesma diz em um tom de voz baixo.

— Procurar comida, não quero que morra, ainda mais antes de … - Paro de falar ao lembrar que sua festa surpresa.

— Antes de que? - Me fita.

— De cancelar esse casamento e você virar minha, não sei, o que quiser ser. - Sorri e a sento em uma pedra. - Vou pegar aquelas frutas, espera aqui e faz o favor de não morrer.

Vou em direção a um pessegueiro, onde olho para trás antes de pegar seus frutos, só para conferir se minha amada está consciente. Sorri ao vê-la quase dormindo e pego os frutos, talvez o bastante para que prossigamos até em casa.

— Tome, coma todos. - Me agacho e a ofereço um pêssego.

— O que? Eu odeio pêssego. - Faz cara de nojo.

— É? - Sorri. - Não perguntei se gosta, estou dizendo para comer.

— Você não manda em mim. - Vira seu rosto.

— Certo.- Me levanto. - Então vou seguir sozinho, quando voltar seus poderes você volta para casa.

— Perfeito. - Me fita e sorri.

— Mas só uma dica, tome cuidado com os demônios que caminham por essa floresta, eles são impiedosos e não irão te poupar por ter um rostinho bonito.

— Isso não é verdade, você só quer me assustar. - Sorri de canto.

— Eu não contaria muito com isso, conheço esse lugar como minha casa. - Me viro e começo a caminhar. - Até mais, se conseguir chegar.

— Espera. - Me viro e a fito.- Você vai mesmo ter a coragem de me deixar aqui?

— E por qual motivo não teria? - Levo a mão no queixo.

— Somos uma família e você gosta de mim.

— Também gosto de minhas vítimas e mesmo assim as mato, qual é, sou um assassino, não seu herói.- Volto a caminhar e sorri ao ouvir meu nome, eu sabia que uma hora ela cederia. - Sim?

— Me dá essa porcaria de pêssego. - Esbraveja e me aproximo, pegando os pêssegos que trouxe e a entrego.

— Está gostoso amor? - Sorri de canto ao dizer, pois suas caretas deixa bem obvio a resposta de minha pergunta.

— Vai se ferrar. - Morde mais uma vez a fruta com raiva.

Me sento ao seu lado e nada mais digo, por mais que tenha dito aquelas coisas, nunca a deixaria para trás e claro, não existem demônios nessa floresta, mas a parte de gostar de minhas vítimas e ser um assassino, não deixa de ser verdade. A fito e a mesma está comendo seu pêssego e olhando para frente, sigo seu olhar e nada vejo, talvez esteja apenas viajando em seus pensamentos, algo que gostaria muito de saber nesse momento, será que pensas em Evan? O que será que aconteceu no tempo que estava distante? Isso me incomoda, pois não está se importando com o que come, pois é algo que odeia. Levo meu olhar para o lado e estou nervoso, nunca a vi dessa forma e isso talvez me deixe com medo, e se realmente ela se apaixonar por Evan? Não é nenhum segredo que ele é melhor do que eu, mais carinhoso, romântico e não é um assassino.

— Não é engraçado o jeito que brigamos? - A fito confuso.

— O que?

— O jeito que brigamos Ryan, sempre brigamos por alguma coisa e o incrível é que no final a gente se resolve e tudo fica bem. - Sorri.

Escolhida pelo destino. - Livro 2.Onde histórias criam vida. Descubra agora