Capítulo 15.

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Sarah Cropper.

Respiro fundo e olho no fundo de seus olhos, parece carma eu sempre me encontrar com Victor nas piores situações, esse homem deve farejar quando faço algo errado, porém, dessa vez não me arrependo de ter feito, pois me machuquei e não foi pouco. Com a demora de minha resposta, o mesmo se encosta no batente da porta e me fita com um sorriso de canto, não sei porquê, essa posição me lembrou muito Ryan, na verdade, o sorriso dele me lembra o de Ryan, isso é estranho.

— Dá um tempo Victor... Onde está Evan? - Reviro os olhos.

— Uau seu poder está cada vez maior, mas sua magia... está interessante. - Me fita.

— Do que está falando?

— Ela não está tão pura, ou seja, muitos viram atrás de você. - Ergue a sobrancelha. - Acho que vou ter que proteger minha fonte de poder.

— Minha magia é branca e não sou sua fonte de poder. – Esbravejo.

— É o que veremos minha nora. - Me dá passagem. - Entre, seu noivo está em seu quarto, acho que ele vai adorar essa camisola, mas não cheia de sangue. - Sorri.

Passo por ele o rápido, pois o mesmo me irrita, me pergunto por quê ainda não pegou meu sangue, ainda mais agora, que ainda sou fraca, pelo menos, mais fraca que ele. Me viro por um momento para fita-lo e Victor  sorri como sempre. Volto minha atenção para a escada e vou em direção aos quartos com um pouco de dificuldade, abro a porta do quarto de Evan com a cabeça longe. Ao fitá-lo coro na hora, desvio meu olhar de vergonha ao ver que Evan está totalmente nu ao sair do banho.

— Evan... Desculpe... Eu. - Digo sem graça e me viro de costas para ele, o escuto sorrir com tranquilidade, acho que não se importou com isso.

— Esqueci minha toalha, não esperava visitas a essa hora. - Sorri. - Pode se virar.

Me viro e ele está com a toalha na cintura, seu peito está totalmente nu e molhado, é bem bonito, confesso.

— O que aconteceu com você? - Se aproxima.

— Longa história... Posso me sentar? Isso está doendo pra caramba. - Faço uma careta.

— Claro... Deve. - Me acompanha até sua cama. - O que você fez dessa vez? Isso são arranhões? – Se senta ao meu lado preocupado.

— Calma Evan. - Respiro fundo. - Sim... São de lobisomem.

— O que você fez?

— Matei três homens. - Gemi de dor.

— O que? - Me fuzila e se levanta, ele vai até a porta que ainda estava aberta e a bate com raiva. - O que você tem na cabeça? Não bastou Miguel para você não fazer mais isso... Agora mais três? - Diz com frieza.

— Relaxa tá! - Grito. - Dessa vez foi diferente, tive motivos para mata-los.

— Motivos? Quais? Sua fome? - Sorri com ironia.

— Bom, também. - Ele me fita  com raiva. - Mas os matei porque eles iam fazer mal a uma criança, que supostamente a sequestraram dizendo que a levaria para seu pai... Eles estavam armados e a ameaçando, os encontrei quando sai para caçar animais.

— Você não podia só ter salvo a garota? Não precisava ter os matado. – Esbraveja.

— Evan, por favor. - Me levanto. - Eu estava com fome e eles eram ruins, por que não mata-los?- Levo a mão na ferida do meu abdômen e Evan suspira com indignação ao me olhar de cima a baixo.

— Por que dos arranhões? - Diz a me fitar.

— Digamos que os protetores da floresta viu os corpos e me atacaram, mas eu não os ataquei, somente me defendi. - Suspiro. - Se não fosse o sangue daqueles homens, eu poderia estar morta agora.

Escolhida pelo destino. - Livro 2.Onde histórias criam vida. Descubra agora