Capítulo 49.

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Com meu celular em mãos, envio uma mensagem para Evan, ainda bem que não perdi meus contatos quando troquei de celular, sua resposta é de imediata e diz que chega em dez minutos. Desço para a porta de entrada e vejo que não há ninguém por perto, meu pai continua no escritório e o resto, não faço ideia de onde esteja. Abro a porta da frente sempre de olho ao redor, ninguém pode saber que Evan esteve aqui. Em minutos um portal aparece em minha frente e Evan sai dele com uma cara bem confusa, antes que ele pergunte, pego em sua mão e corremos para a biblioteca, tranco a porta e me viro para ele.

— Oi. - Sorri.

— Oi... Por que desse teatro todo? - Sorri.

— Ninguém pode saber que está aqui. - Me sento em uma das mesas.

— Então devíamos ter nos encontrado em outro lugar. - Senta à minha frente.

— Não posso... Digamos que meu pai me proibiu de sair.

— O que você fez? – Ergue a sobrancelha.

— Longa história. - Suspiro. – Mas, quero saber outra coisa nesse momento.

— Certo, mas primeiro, quero me desculpar por ter sido rude, você sabe, quando Ana se foi.

— Está tudo bem, Evan. - Pego em sua mão. - Afinal, você é meu melhor amigo.

— Obrigado. - Olha para nossas mãos e sorri. - E o que era tão importante?

— Bom, quero saber porque seu pai disse que estávamos prometidos um ao outro e não adianta negar, porque já sei a verdade. - O fito.

— Como você soube disso? - Ergue a sobrancelha.

— Não importa, agora me responda, Evan.

— Eu não sei exatamente o porquê, ele nunca tocou nesse assunto comigo, só sabia que não era verdade, mas prometi a ele que não diria nada a você. - Suspira.

— Bom terei que perguntar diretamente a ele então, mas como farei isso?

— Vai ter que sair do seu castigo e fugir, desobedecendo o papai. - Sorri.

— Hahaha engraçadinho. - O fuzilo.

Me levanto e ando de um lado para o outro pensando em alguma coisa que faça sentido, olho para Evan e seus olhos me seguem tranquilamente.

— Vai acabar me deixando tonto.

— Isso não faz sentido. - Continuo de um lado para o outro.

— Certo, legal. - Se levanta e pega em meus ombros. - Pode dizer logo o que está acontecendo?

— Não é nada. - Desvio o olhar.

— Por que estamos escondidos? É por causa de Ryan? - O fito e me sento um pouco triste, me lembrando dessa situação.

— Não... Ele terminou comigo sem motivo algum. - Fito o chão.

— Que canalha. - Resmunga.

— Ele não é...

— Claro que é... Me tirou você para te largar depois, por que? Egoísmo ou somente o prazer de ganhar? – Esbraveja.

— Ele deve ter tido seus motivos.

— Motivos que nem você mesma sabe. - Suspira. - Mas se você ainda o acha um príncipe encantado, não posso dizer nada. - Me fita.

Desvio meu olhar do dele com vergonha, ele tem razão, Ryan teve motivos que somente ele sabe quais, acho que, pelo menos, isso eu tinha o direito de saber e não ser largada como se não fosse nada, e claro, ser seu brincando quando ele bem quiser, como hoje. Sinto a fúria passar por meu corpo e aperto meus olhos para tentar controlá-la.

Escolhida pelo destino. - Livro 2.Onde histórias criam vida. Descubra agora