Casa. O famoso lar, o célebre edifício que visiona uma família desde o seu núcleo até ao seu alargamento. Passa por pais, filhos, netos, bisnetos e por aí adiante. E sempre com as quatro paredes de pé, suporta toda uma estrutura e protege e salvaguarda crianças frágeis e inocentes nos seus primeiros anos de vida. Casa. A nossa casa pode não ser o local onde nascemos, onde crescemos. Por vezes estamos deslocados e encontrar a nossa casa, o nosso lar demora tempo, sacrifício e coragem. Mudarmo nos para um sitio onde podermos encontrar paz interior. As vezes o nosso lar é junto de quem nos compreende, de quem nos respeita, nos ama e nos quer ver felizes. Noites passadas com a companhia de chá em frente a lareira ou numa discoteca a dançar ou na praia com a brisa e uma manta, com as pessoas certas. Com as almas das pessoas que completam a nossa. Com as pessoas que nos amam por quem somos, nos suportam quando caímos, dançam connosco quando toca aquela música e abraçam o nosso corpo com força quando nos vêem a fraquejar. Quando nos vêem a cair.
A frente do estábulo, a pedido de Jeni ao taxista, todos olhavam incrédulos para o que se estava a passar.
- Porque estamos aqui? - perguntou Liam devagar e docilmente com a sua voz a ecoar nos aparelhos auditivos de todos.
- Preciso de ir ver o meu cavalo. Eu chamei outro táxi para vocês visto que este não podia ficar. - disse com um suspiro pesado a sair dos lábios- Eu depois digo-vos alguma coisa pode ser? - Todos acenaram mas Harry olhou-a desconfiado.
Não lhe dando tempo para responder, a jovem virou costas com a bagagem ao ombro e na mão e dirigiu-se a porta do grande estábulo que guardará a sua melhor amiga durante vários dias. Talvez dias demais.
O feno estava arrumado em pilhas, as boxes estavam limpas e os cavalos faziam variados movimentos. Oak, um cavalo energético, batia insistentemente com a pata na porta da sua box, com o intuito de chamar a atenção para o retirarem dali rapidamente. Brown, mantinha-se quieto e com a aproximação da jovem, levantou a crina e recebeu festas de amor e carinho da melhor amiga do seu dono. Como ele deveria ter saudades de contacto físico. Saudades... Naqueles tempos as saudades eram sufocantes mas ao mesmo tempo ligeiramente abafadas pela companhia.
Tocou na crina da sua égua ao de leve, enquanto lhe murmurou um breve 'desculpa', pelo tempo ausente, montando com a mesma até casa.
Ao andar a passe, demorou breves instantes a ajustar as rédeas para lhes permitir um contacto com a boca do cavalo, controlando assim os seus movimentos. Demorou breves momentos também a emparrelha-la antes de sair e ajustar o toque na cabeça. O trote sentado foi desconfortável e por isso rapidamente apressou para o galope, desfrutando do movimento equilibrado que ambos os corpos, o seu e o da sua companheira faziam.
Quem monta percebe o incrível laço que se estabelece com um cavalo ao monta-lo, a relação de cumplicidade é diferente do que com todos os outros seres vivos que permitem uma ligação. É algo único.
Após desmontar e mimar-la, dirigiu -se a casa. Retirou a bagagem que se encontrava presa por uma corda ao corpo do cavalo e ajeitou a alça da mochila ao ombro.
Encontrava-se tudo silencioso... Demasiado silencioso.
-Amor? - empurrou ligeiramente a porta do seu quarto - Oh princesa...
Mais um capítulo, yeahhh *-*. Espero que tenha ficado bom o suficiente para os vossos padrões :/beijinhos e uma continuação de boas férias :D
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Uma reviravolta( Harry Styles Fanfiction)
Teen FictionE se de um momento para o outro o primeiro amor desperta se em ti de uma maneira surpreendente e ofegante? O primeiro amor... Algo que não se esquece, algo que só acontece uma vez na vida. Algo que pode durar "para sempre", a pesar de o sempre, ser...