MONTEMOR
Afonso contou tudo para Amália,sobre ser um Monferrato e futuro rei de Montemor.Explicou o porque de não lhe revelar logo no inicio e se desculpou.Eles haviam confessado que se amavam e ele se sentia em paz com ela.Suas saídas do castelo para encontrar ela se tornaram mais frequentes com o passar do tempo.
Não havia trocado muitas palavras com seu irmão que estava ocupado com o casamento,sua avó estava estável,mais ainda dizendo coisas sem sentido como uma guerra com os outros reinos.
-Minha vó.-disse Afonso ao adentrar dos aposentos da Rainha Crisélia,ela estava deitada descansando
-Meu filho,onde esta Afonso e Rodolfo?
Afonso a olha antes de entender que ela o confundiu com seu pai novamente,isso havia se mantido frequente nos últimos dias.
-Sou eu Afonso minha vó.
-Eu preciso falar com Catarina.-disse a senhora se movendo para fora das cobertas.
- A princesa de Artena?-indagou curioso,não sabia que a vó a conhecia
-Sim meu filho,a coitadinha perdeu a mãe recentemente.-disse colocando a mão sobre o peito.-Ela deve estar arrasada,era tão próxima a mãe.-disse com pesar
-Não imaginava que era essa sua história.-confessou
-Sorte que meus netos tem o pai e a mãe.
Aquilo era doloroso para ele,falar sobre seus pais.Seus olhos encheram de lágrimas ao se lembrar de seu pai no trono e sua mãe conversando com ele e Rodolfo.Se sentiu sozinho naquele momento.Lembrar dos pais e ver a avó desse jeito era demais pra ele.
- Minha vó,quero que descanse.-deu-lhe um beijo em sua testa enquanto a colocava na cama de novo.
-Quero que diga a Afonso e a Rodolfo que irei passear com eles mais tarde.
Ele caminhou em direção a cuidadora de sua vó
-Quero que chame o doutor Lupércio e lhe diga que ela esta piorando.Antes ao dizer os fatos ela voltava em si.Agora ela não consegue diferenciar o passado do presente.-disse com pesar
ARTENA
Catarina esperava ansiosa,havia conseguido uma chave mestre para libertar Constantino.Lucíola estava encarregada de entregar a chave a ele sem que ninguém descobrisse e ela aguardava a dama de companhia voltar para seu quarto.Lucíola abriu a porta a fechando atras de si.
-Alteza.-disse reverenciando Catarina como sempre fazia.
-Diga logo.Deu certo?.-disse sem cerimonia
- Sim,coloquei a chave no meio de sua refeição.-disse a criada com orgulho de si mesma
-Ótimo,tudo vai dar certo como planejei.-sorriu vitoriosa
Caminhou até a sala de jantar do castelo,confiante e destemida como sempre fazia.
-Meu pai.-disse ao se sentar.-O que lhe aflinge?
Rei Augusto suspirou pesadamente antes de dizer.
-Parece que minha amiga Crisélia esta piorando
-A Rainha de Montemor?.-perguntou surpresa,sabia dos boatos que a Rainha estivera doente,mais não havia acreditado que fosse grave.-A do funeral de minha mãe?
-Sim,não sabia que se lembrava disso.-O Rei achava sua filha muito fria,e ficou surpreso ao ver que ela se importava com a mulher,apesar de falar sobre o tratado de Montemor e Artena não durar pra sempre
-Ela foi....-como Catarina poderia dizer,Crisélia a confortou nesse momento de dor,disse que sua mãe jamais a abandonaria e que Catarina era mais forte do que imaginava e ali estava ela.-Gentil.
-Sim Crisélia é muito gentil.E uma Rainha muito amada pelo seu povo.-completou o Rei
-Deveríamos visita-la meu pai.
O Rei pareceu surpreso com a ideia de sua filha. E isso magoou Catarina momentaneamente,sabia que não era como as outras princesas doces e meigas como uma flor,era mais fria e calculista.Mais isso não impedia seus atos de bondade,ela visitara os orfanatos do reino desde que dominou a habilidade de manipular os soldados.Sem que seu pai soubesse,ela se sentia um pouco como aquelas crianças orfãs.
-Essa é uma ótima ideia,Catarina.
Com o decair da noite o castelo estava mais vazio,Catarina se dirigiu ao labirinto escondida.Esperaria Constantino para que lhe cobrasse o favor da lealdade de seu exercito.Também lhe daria um cavalo,comida e dinheiro para fugir para bem longe.Escutou um barulho,então se virou e deu de cara com seu ex-amante.
-Catarina?.-disse surpreso ao vê-la
-Surpreso?...Achou que quem havia lhe salvado?.-ela riu baixinho.-Mas nada é de graça,você sabe?
-O que quer?
-Lealdade do seu exercito
-Você esta louca,o que é um homem sem seu exercito?.... Eu morreria sem armamento Catarina.
Ela o olhou de cima a baixo o avaliando,como havia perdido tanto tempo com Constantino?Ele era bonito e tinha seu perigoso charme,mais era burro e imprudente.
-E você acha que me importo?VOCÊ FOI BURRO AO SER PEGO.-disse se exaltando
-Então assim que quer jogar?O que ganho em troca?
-Fora sua liberdade e não ser morto?......Ganha moedas suficientes pro Duque ir para longe.
Ele pensou um instante em recusar,o jeito que Catarina o havia olhado demonstrava desprezo e desdém.Nunca achara que a Princesa o amava,mais aquilo o fazia sentir uma raiva ao ser rejeitado.Porém sorriu
-Aceito esse acordo,quando quer que meu general venha lhe ver?
-Agora ele não é mais seu general.Vou viajar amanhã.Volto daqui uns dias.
-Onde a princesa irá?
-Não lhe cabe saber disso.-disse venenosa.-Peça pra ele me encontrar nesse labirinto no inicio do festival da colheita,quando escurecer.Ali esta seu cavalo,moedas e comida suficiente.
Catarina lhe deu as costas,caminhando em direção ao castelo.
-Adeus Constantino.-continuou até sumir da vista do Duque
-Ainda nos veremos Princesa de Artena.
NOTAS DA AUTORA
Eu não tenho dia certo para publicar,conforme a inspiração for vindo os capítulos vão saindo.
A historia vai ser mais demorada,vendo que quero desenvolver bens os personagens.
Então paciência.
Até o próximo capítulo
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Fire Meet Gasoline - AFONSARINA
Fanfiction- O medo nos faz caminhar por caminhos tortuosos Afonso. - Pois isso me parece algo que um covarde diria,alguém que não tem caráter Ela o olhou com raiva por um momento antes de sentir o peso de suas palavras. - Diz o rei que abandonou seu po...