Cap.36

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Kalynda narrando...

Porra eu não aguento mais, tô numa situação em que as coisas acontecem debaixo do meu nariz e eu não percebo, tem momentos que eu sou muito otária. Todo dia no Curious Cat vem um pra atentar minha mente mandando eu rever minhas amizades, falando que eu tô criando cobra pra me picar, que eu não consigo segurar meu marido. Já não tô boa com ele, deixa eu descobrir alguma coisa, Jéssica também já me mandou abrir o olho, mas é aquilo, em vez de dar logo o pão ela só vem com a farinha, nessas horas morro de raiva da minha irmã. Acabei de lavar a louça do almoço agora, tô aqui deitada na sala assistindo filme e o Junin tá lá em cima dormindo, fui lá dentro fazer pipoca pra mim, coloquei no balde, peguei um copo de Fanta e voltei pra sala. Tinha mensagem de número desconhecido, abri e era uma foto do dito cujo com uma piranha na garupa e uns prints dele falando com ela, só faltou eu me roer de tanto ódio. Fiquei tentando colocar o zoom pra ver se eu sabia quem era, quando eu consegui me arrependi caralho eu não acredito, a ELIZA! Logo ela? Porra que ódio, eu sou otária pra caralho, muito burra. Nem pensei, levantei e fui lá dentro pegar uma chave de fenda, saí e começei a arranhar a moto dele, enfiava a chave cheia de ódio, quem passava nem entendia. Risquei, furei os pneus e ainda derrubei a moto, subi no veneno atrás do bonito. Abri a foto no celular e dei três socão no peito dele, acordou com maior olhão, taquei o celular na cara dele.

- QUE PORRA É ESSA JUNIOR? TU ACHA QUE EU SOU OTÁRIA NÉ? UMA HORA EU DESCUBRO, NÃO TEM JEITOO!- Ele passou a mão no rosto e negou com a cabeça.

Junin: Cóe Kalynda, tá mandada porra? Abaixa tua bola.

- Abaixa a bola o caralho, vai falar que não é tu agora? FALA PORRA! FALA QUE NÃO É TU E A PIRANHA DA ELIZA!- Ele ficou quieto.- TU É UM IMUNDO JUNIOR, VAI TOMAR NO CU!

Ele veio de bicho pra cima de mim e grudou no meu cabelo.

Junin: Tá maluca de mandar sujeito homem tomar no cú? Tu perdeu a noção agora né?- Me deu maior socão no pulmão.

Juntei minha força toda e empurrei ele no chão, fez que ia levantar pra me bater e eu nem dei tempo, peguei um vidro de perfume que tava em cima da cômoda e taquei na cara dele, eu jogava tudo que tava na minha frente, porta retrato, sapato, jogava tudo mesmo. Numa hora eu vacilei e ele me bandou, pegou no meu pescoço e me jogou na direcão da porta do guarda-roupa, bati com tanta força que quebrou o espelho e me cortou nas costas.

Junin: Vai querer partir pra agressão mesmo? Tu se garante na mão comigo?- Mordi a mão dele que socou minha boca, peguei um caco do espelho e furei o braço dele.

- Vem então porra, eu te mato Junior, me bate então!- Apontei o vidro pra ele.

Junin: Olha o que tu fez garota, tu tá é maluca! Vou me retirar pra não sair da graça contigo, se eu ficar aqui é capaz de eu te matar.- Disse e saiu do quarto com uma blusa estancando o sangue do braço.

Fui atrás, ele pegou a chave da moto e saiu, tranquei a porta correndo, enchi um balde de aguá com cloro, subi e fui pra janela. Ele tava gritando a beça batendo na porta.

Junin:ABRE ESSE CARALHO KALYNDA, EU VOU TE MATAR SUA DEMÔNIA, OLHA O QUE TU FEZ NA MOTO. - Quando olhou pra cima e me viu começou a me xingar mais ainda.- MALDITA, ENVIADA DO INFERNO!

Taquei a água nele com o balde e tudo, comecei a jogar as roupas dele. Já tinha um monte de gente na rua olhando, dá em nada!

- VAI ATRÁS DA TUA PIRANHA, E PODE AVISAR QUE A PRÓXIMA É ELA! EU VOU COBRAR.

Ele catou as coisas dele e meteu o pé na minha biz, muito puto...

 

Vida BandidaOnde histórias criam vida. Descubra agora