Nachal David- trilha

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Lembro-me bem do desespero que senti ao acordar nesse dia. Era o dia da tenda beduína. Em outras palavras, era o dia de andar de camelo. Pois bem, aqui vai um fato interessante sobre mim. Quando eu era pequena, entre uns 9/10 anos, eu resumia a Marcha da Vida a esse passeio de camelo. E eu tinha tanto, mas tanto medo da ideia que até articulava desculpas para não fazer a viagem. Hoje, claramente rio de toda essa história, mas posso garantir que o medo era real. Fazer a trilha até as cachoeiras de Nachal David bem no meio de toda essa confusão de sentimentos foi, sem dúvida, a melhor das terapias. Eu sempre senti uma atração muito forte pela força e beleza da natureza- especialmente da calmaria que ela traz para a alma, então fiquei muito feliz. Adoro a sensação que as trilhas trazem também- uma mistura de aventura com serenidade- então foi simplesmente incrível. Por mim, eu ficava lá até o pôr do sol.

Por menos provável que isso possa parecer, eu cheguei a me perder do grupo em certo ponto. Eu fiquei desesperada e não sabia o que fazer. Dizer que não tenho senso de direção parece até um eufemismo para a grandiosidade desse defeito meu. Pois bem. Fiquei parada por uns 5 minutos, até que consegui avistar uns amigos vindo atrás.

Gritos pela liberdade: diário de bordo da Marcha da Vida de 2018Onde histórias criam vida. Descubra agora