Um adicional- pôr do sol do Mega Evento

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Satisfaço-me com facilidade com as pequenas coisas que a vida tem a oferecer. Aquelas coisas que estão sempre presentes ao nosso redor, mas muitas vezes acabam por despercebidas- seja por sua alta frequência ou pela tremenda correria na qual o ser humano parece estar vivendo, por sabe-se lá qual motivo.

Não posso dizer que eu esteja livre de toda essa pressão social, até porque vivo em sociedade, e diversas vezes me vejo como um mero escravo de um sistema maior, mas tento ao máximo arranjar um tempo para todos os meus maiores interesses pessoais- como a leitura, a escrita, a Filosofia e a contemplação da natureza- equilibrando-os às minhas obrigações.

No dia do Mega Evento, pudemos presenciar um belíssimo pôr do sol. Eu arriscaria dizer que foi um dos mais bonitos que já presenciei, sem medo de errar. Comentei por alto que amava assistir ao pôr do sol, e uma amiga me perguntou por que eu não escrevia um texto sobre isso. Eu ri na hora, mas aqui estou eu, certo?

Já dizia o filósofo Hume que não é o sol que possui em si esta característica de nascer a cada dia, mas que temos esta ideia guiada pelo hábito de que ele irá. É estranho e difícil tentar interpretar a linha filosófica dele, não? Por que será que não damos a devida importância a coisas como essa se temos a incerteza de que elas continuarão por lá em um futuro próximo? E é até possível fazer um paralelo com a vida humana- por que será que gastamos tanto tempo com inutilidades? A vida é curta, única e efêmera. Poderíamos dar mais valor a ela, até porque, um dia, talvez o hábito não conspire ao nosso favor...

Eu gosto do pôr do sol porque ele traz calma, serenidade e os mistérios da noite- mais uma ideia que, na teoria, é guiada pelo hábito. Gosto porque ele me lembra que recomeços são possíveis, e de que não dependemos do olhar e reconhecimento dos outros para que façamos o que gostamos. Pensemos bem: o sol faz um lindo espetáculo de cores todos os dias- independente de quem está o assistindo. Então devemos fazer assim também: fazer o bem sem ver a quem e brilhar, mesmo quando tudo por perto parece ser composto por trevas que não aceitam a luminosidade.

Gritos pela liberdade: diário de bordo da Marcha da Vida de 2018Onde histórias criam vida. Descubra agora