Capítulo 12

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Capítulo doze
Azul Reluzente




A cerimônia havia terminado, e era a hora de ir. Meu peito estava leve, assim como tudo em mim. Sem sequer notar, sorria o tempo todo. Gancho também.



— Não preciso perguntar se gostou ou não. — nós rimos. Toquei sua mão, que envolvia minha cintura enquanto caminhávamos.

— Foi incrível. Acho que nem mesmo essa é a palavra certa. Não posso descrever. — a visão das fadas dançando me tomava por completo, e contia tudo em mim para não dançar as poucas e curtas partes da coreografia que memorizei. — Obrigado.

— Agradeça à rainha. — o olhei.

— Passou o dia implorando à ela? — ele riu, olhando para a frente.

— Uma pequena parte dele. — sua voz estava tão suave como o mar que soava ao longe.

— E o que tomou o resto? — seu semblante se enrijeceu.

— Nada que importe. — sua voz também mudou. Minha curiosidade me fez ter raiva de si mesma.

— É algo que não quer contar? — toquei o ombro longe de mim. — Envolve algo muito pessoal?

— Não. Me diga, seu dia, como foi? — me olhou.

— Parcialmente, um tédio. — revirei os olhos.

— O meu foi em dobro. — voltou a olhar para a frente.

— Você usa couro até agora. Pensei que ainda não tivessem isso por aqui. — toquei a longa jaqueta.

— Apenas Peter é atrasado. Tento me manter atualizado. Visito Londres à cada seis meses. Sequestro Tinker exatamente para isso. — ele riu fraco. — A 'nanica até se acostumou.

— Em quais meses, geralmente? — aquilo me interessou.

— Janeiro e Julho. — Deus. Os meses em que eu a e Daisy fazemos aniversário.

— Faço aniversário em Janeiro. Daisy em Julho. — ele me olhou, com um semblante alegre e descontraído.

— Jura? Isso é incrível. Posso as visitar e levar uns presentes daqui. — sorri de canto ao imaginar a cena.



Aquele homem maravilhoso, entrando em casa, com uma espada, e Daisy saltando em seus braços. "Esse não é um presenta para crianças, Gancho!" — ou James — "não há problemas. Ela precisa aprender! Digamos que tenho doutorado em esgrima, e ela também deve ter". Ri, pensando no quão aquilo era a cara dele.



— O que foi? — estava sorrindo com sarcasmo.

— Nada demais. — balancei a cabeça.



O barulho do mar se intensificou, e estávamos na praia novamente. Havia um cais ali, e nele, um barquinho amarrado.



— Venha. — me puxou, andando rápido até o cais. Colocou um pé no barco, e depois outro. Estendeu os braços, e me senti uma criança quando me pegou pela cintura, me ajudando a embarcar ali.



Estranho. Balançava pouco, mas era como se eu sentisse a água abaixo de meus pés. Me sentei nele — não haviam tábuas que fossem como assentos. Apenas o casco. O homem à minha frente também o fez. Com uma adaga — a qual nem sabia que carregava —, cortou a corda, e empurrou o barco com a mão na madeira sob o cais. Recebemos impulso, então ele começou a remar.



Lost Boys [PETER PAN]Onde histórias criam vida. Descubra agora