SAINDO DO CASULO 💜

DE CARA COM A REALIDADE

Enfim Marcelo adentra a recepção para irmos almoçar.
Eu até pensei que íamos nós e mais outros funcionários pelo jeito formal como foi me feito o convite.
Mas não! Íamos só nós dois.

E ele me pediu para que eu pegasse suas chaves do carro, pois íamos longe.

Eu de início fiquei com medo. Afinal eu não o conhecia, não sabia nada de sua vida. Mas mesmo com o perigo eu decidi ir.
Peguei as chaves do carro e o entreguei, o e esperei na porta até sua chegada para então podermos ir.

Estava a sua espera.

Quando então adentra a porta da empresa uma linda mulher, alta, cabelos longos ao ombro, claros e com lindos olhos verdes.

Na recepção ela aguarda ser atendida. Então eu retorno ao ao meu posto para atendê-la.

Ela então pergunta por Marcelo, eu logo o chamo no ramal e ele logo atende.
Mas quando eu digo que uma mulher o esperava ele desligou.

Marcelo aparece na recepção com a cara de poucos amigos.
Mesmo o conhecendo pouco eu sabia que ele não estava feliz em ver aquela mulher.

-Mas que mulher era aquela ?
E oque ela queria com Marcelo ?

Ele pede para que ela o aguarde. E me chama em sua sala.

Meio sem graça diz;

Marcelo: Ana podemos deixar nosso almoço para outro dia ?
Tenho que resolver uma pendência.

Eu respondi rapidamente sem pensar:

Eu: Claro! Outro dia então.

Eu então volto para a minha mesa bem aborrecida, e a mulher logo me olha de lado vendo que Marcelo havia me chamado em sua sala.

Ela se aproxima de mim com um olhar atuto e diz:

Roberta: Meu nome é Roberta, sou mulher de Marcelo. Consequentemente sua patroa, ok?

Mesmo atordoada acinto com a cabeça sem conseguir soltar a voz, e sem querer uma lágrima cai de meu rosto.

Eu vou ao banheiro na esperança dela ir embora antes do meu retorno.
E pra minha sorte é oque acontece. Os dois haviam saído juntos.

Meu dia seguiu atordoado por ser o primero, mas o trabalho era leve.
Eu já estava acostumada com pessoas falando e pedindo coisas o dia todo, então estava tudo certo pelo menos nessa área.

Finalizo o expediente e vou pra casa com a cabeça aérea.
Tomo um bom banho relaxante e vou pra academia, precisava de um momento de lazer, de certo lá eu teria.

Enfim encontro um rosto conhecido, Clara, minha amiga. Clara trabalhava na mesma loja que eu.

Éramos muito próximas, mas infelizmente ela estava retornando à sua cidade Natal. Eu estava entao "perdendo" uma amiga próxima, e isso também era motivo de tristeza. Porém aquele dia esquecemos esse pequeno grande detalhe, tínhamos muito oque falar, eu tinha muito à desabafar.
Contei todo o meu dia a Clara, ela era muito mais descolada que eu, conhecia homens mais velhos, e me disse para "cair fora" exatamente com essas palavras.

Clara: cai fora amiga que isso é problema!

Pena que minha cabeça não ouviu os conselhos de Clara.
Eu continuava pensando em Marcelo.

-Como não ter fantasias com ele? Tão lindo!
Mas ele é casado e também meu patrão. Certamente precisava mesmo esquece-lo.
Não podia deixar esse sentimento aumentar e virar amor.
Meus pais iriam me matar.

Eu fui então para casa, minha mãe estava na sala em minha espera ansiosa para saber sobre o meu dia no novo trabalho.

Mesmo cansada parei e lhe contei tudo, até a parte em que eu pensava Marcelo.
Ela não brigou,disse ser normal pois eu estava agradecida, e ele era muito simpático.
Mas pediu que não contasse ao meu pai, esse sim era bravo e poderia não entender meus motivos.

No dia seguinte eu chego ao escritório e vejo um recado em minha mesa.
Era do Marcelo.

Nele dizia: O almoço hoje está de pé ? Quero saber oque achou da empresa.

Nossa, era mesmo um almoço de negócios.
Eu não estava acostumada a ser convidada para almoços. Mas sabia que essa poderia ser minha nova realidade, já que estava cercada de grandes empresários.

Liguei em seu ramal e disse que sim, que aguardava seu retorno para saber que horas iríamos almoçar.

Horas depois meu silencioso ramal toca.

Já estava na hora do almoço e Marcelo estava na linha.

Marcelo: Ei Ana, vamos matar a fome?

Eu: Claro!

Nossa, ele se expressa como eu, como uma pessoa normal.
Já esperava algo mais formal para o nosso almoço, já que ele é patrão e eu sou uma simples secretária.

Eu não tinha o visto o dia todo, ele tivera duas reuniões pela manhã, fora do escritório.
Só nos falamos pelo ramal, e eu já estava morta de vontade de vê-lo novamente.

Quando então Marcelo abriu a porta de sua sala e veio ao meu encontro eu dei por mim que meus sentimentos já estavam maiores. Que eu já me apaixonara por aquele homem misterioso e simpático.
Mas não me esquecia que ele era casado, e de uma classe social muito distante da minha.

Marcelo veio ao meu encontro e me cumprimentou novamente como no dia anterior.
Mas dessa vez ele segurou mais firmemente minha mão.
So aquele toque já me deixava sem ar.

Saímos pela porta e eu queria manter a distância física.
Ele estava agindo super naturalmente saindo comigo. Nem parecia casado, ou então não parecia preocupado em sair em público com outra mesmo sendo casado.

Foi aí que me bateu mais uma dúvida.

-Será que ele não ligava por não me achar atraente ou uma mulher que os outros poderiam falar, ou ele era safado e não ligava de sair com outras mesmo sendo casado.

Enquanto esses pensamentos perturba minha cabeça eu entro no carro e seguimos lentamente, eu fui sem ao menos saber o destino.