SITUAÇÃO CONSTRANGEDORA

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Tentando ficar mais calma, respirando fundo pegamos estrada.
Cruzamos a cidade ouvindo as músicas de Marcelo. O dia estava lindo e propício para uma viagem.

Assim que chegamos na cidade em que Marcelo nasceu ele para na lanchonete do amigo de infância.

Saímos do carro e antes mesmo de eu me esticar, vejo um homem de boné e roupas bem gastas vindo em nossa direção.

Marcelo abre os braços. Era seu amigo.

Marcelo: Ana esse é o meu amigão Cláudio. Ruim de bola mas muito gente  boa!

Eu: Prazer! Tudo bom?

Cláudio: Tudo!
Fizeram boa viagem ?

Marcelo: Melhor impossível. Estrada boa, música top e companhia melhor ainda. Essa é a minha namorada Cláudio.

Cláudio: Namorada ? Mas como ?

Marcelo: Longa história meu amigo! Vamos tomar um café que eu faço um resumo pra você. Venha Ana!
Você quer comer alguma coisa Ana ?

Eu: Eu tô doida por um sorvete. Tá calor!

Marcelo: Boa ideia! Enquanto tomamos um café você experimenta o sorvete daqui. É muito bom.
Vamos lá!

Eu: Eu vou sim amor, só preciso fazer xixi!

Cláudio: Já gostei da moça! Não Tem frescuras.

Cláudio certamente me comparou a Roberta, ela sim era cheia de pose, aposto que não falava oque ia fazer no banheiro.

Volto e aceno pra eles que estão em um papo animado.

Ficamos conversando até que a mãe de Marcelo liga.

Marcelo: Ei mãe. Estamos quase chegando.
Tá bem. Combinado!

Marcelo então se despede do amigo e diz que volta com mais calma pra continuar o assunto o quanto antes.

Entramos no carro e 4 quadras estava a casa do Marcelo. Uma casa enorme. A vizinhança toda era com mansões.
Eu estava aflita, a minha barriga estava doendo. O medo de conhecer os pais dele era maior do que eu tinha do meu pai.

Marcelo abre a porta, entramos e eu vou logo atrás dele com um medo de decepcionar aquele homem que fez tanto por mim ao conhecer minha família. Agora eu entendo pelo que ele passou. Mas quem sabe seria bom como foi com ele lá em casa ?

Respirando e contando meus  batimentos cardíacos que dava pra ouvir de longe.

Fomos entrando.

Marcelo abre a porta e já grita:

Marcelo: Mãe, pai! Chegamos.

O pai de Marcelo aparece e nos cumprimenta, um senhor muito simpático. Já com os cabelos grisalhos, olhos verdes e um charme que eu sabia que era de família.
Já chegou abraçando e beijando.

Marcelo: Ana esse é o  Sr Crisppi Meu velho!

Eu sabia que Crisppi era o sobrenome de Marcelo e que o nome do pai dele era Cristóvão.
Mas eles o chamavam pelo sobre nome  então eu aderi.

Eu: Olá Sr Crisppi tudo bem?

Crisppi: Tudo ótimo minha filha, melhor agora!
Que bom Que você colocou juízo na cabeça desse jovem pra ele vir. Estamos com tanta saudade.

Eu: Ah Sr Crisppi pode deixar que eu vou endireitando ele.

Crisppi: Combinado!

Marcelo: Agora vocês estão tramando contra mim né ?

Rimos juntos da cara de Marcelo.

Crisppi: Venha filho. Sua mãe está no banho. Vamos à sala de refeição. Tem um lanche esperando por vocês.

Eu ando pela casa que parece não ter fim.
Eu nunca tinha visto tantas janelas, tantas portas em uma casa só.

Pra que uma casa daquele tamanho pra dois coroas?

Vou andando e questionando tudo na minha mente.

Nos sentamos na mesa. Tinha comida para alimentar um time de futebol.

Apareciam pessoas nos servindo de todo lado. 4 pessoas passaram por mim.

Entendi porque a casa era grande. Para os funcionários.

Finalmente a porta se abre e quem aparece é a mãe de Marcelo.

Ele corre em seu encontro, a beija muito e me apresenta:

Marcelo: Mãe essa é a Ana!
Ana essa é a Cristina, minha mãe!

A mãe de Marcelo era super conservada. Muito bonita.
Era loira tinha os olhos cor de mel. Lindos! 

Eu: Prazer dona Cristina! O Marcelo fala muito na senhora.

Cristina: Pois é, ele falou muito de você também. Só pulou a parte que você é uma adolescente.

Marcelo: Não mãe, a Ana já fez 18.

Cristina: Nossa quanta diferença né ?

Adolescente ? Eu não era uma adolescente. Eu era uma mulher e o filho dela sabia muito bem.

Será que eu realmente teria problemas com a mãe dele ?

O pai foi super simpático. Porque a mãe não ?

Cristina: Ana vamos até o meu quarto. Preciso de ajuda com meu closet. Vamos?

Eu: Claro Dona Cristina vamos!

Eu fui, mas estava querendo sair correndo daquela casa.

Ela tinha sido grossa comigo sem nem ao menos me dar a oportunidade de me conhecer.

Entrando na suíte master eu quase caio pra trás.

Se eu tivesse uma casa dessa eu ficaria o dia todo só nó quarto para faxinar.

Me sento na cama e me levanto ao perceber que não estava tão a vontade.
Na verdade eu não sabia oque fazer.

Cristina: Ana pode me ajudar a trocar o vestido? Quero tirar umas fotos com Marcelo e esse está simples.

Eu: Claro! Qual eu pego ?

Cristina: Pode ser aquele azul ali do lado do verde.

O closet era separado por modelo e por cor. Uma lindeza!

Pego o vestido e entrego a Dona Cristina, ela estava no banheiro aguardando. Ela veste e sai me pegando pela mão.

Era gelei, meu Deus agora eu já posso chorar ?

Cristina: Senta aqui Ana, tem umas coisas  que eu quero que saiba antes de eu começar isso aqui.
Fazendo um sinal de relação unindo nós duas.

Eu: Pode falar Dona Cristina. Eu só quero adiantar que eu amo muito seu filho e que eu não faria nada para magoa-lo.

Dona Cristina começa a chorar.

Oque eu fiz ?

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