UM LUGAR APAIXONANTE

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Vendo que Marcelo ainda eatava muito irritado tentei ajudar.

Não podia deixa-lo naquele estado, então me aproximo de sua mesa passando bem devagar e longe de seu alcance, ele me olha como se quisesse falar alguma coisa.

Chego mais perto e com um voz delicada digo:

Eu: Obrigada pelo chocolate! Vc acertou.
Eu amo chocolates.

Marcelo sem hesitar me responde.

Marcelo: Eu sei Ana, lembrei-me do dia na sorveteria.

-Nossa ele pensava em mim ao comprar alguma coisa.

Não foi uma simples lembrança para funcionária, ou foi ?

Era só ele voltar ao escritório e estar por perto que minhas certezas sumiam novamente.

já não tinha certeza de mais nada, estava perdida novamente em meus pensamentos e devaneios.

Ele pega seus relatórios em sua mesa e diz que hoje conversaremos melhor na hora do almoçar.

Não me pergunta se quero, apenas me comunica.

Sem tempo algum de dizer sim ou não, volto a minha mesa e espero as próximas  ligações e atendimentos.

Não sabia oque ele fazia, mas ele sabia me deixar sem ar, sabia me deixar sem respostas.

Próximo ao horário de almoço Marcelo aparece na porta de seu escritório e me chama à sua sala.

Vou com a respiração ofegante sem saber oque era.

Marcelo: Ana você já  está com fome ?

Eu: Ah mais ou menos.

Respondo sem muita empolgação, não queria parecer morta de fome perto daquele homem impecável.

Marcelo: Vou te levar em um lugar especial.

Eu: Tá bom! Eu acho.

Saio daquela sala e me lembro de respirar, ele me causava esses sintomas sempre ficava assim em sua presença, estava sem ar perto de Marcelo.

Precisava com urgência repetir meu mantra diário que era: Ele tem mulher,  sou somente uma funcionária.

Repeti por várias vezes seguidas.

Então volto à minha mesa, pego minha bolsa para irmos.

Vou até a cozinha e lá está Rafael ao telefone com um cliente.
Ele me dá um cheiro no pescoço brincando como sempre e eu saio rapidamente para não ver aquele olhar novamente de reprovação vindo de Marcelo.

Então eu sigo para a porta e Marcelo já me aguarda lendo uma parte do jornal.

Nossa como ele é lindo. Penso em voz baixa.

Ele rapidamente abriu a porta e saímos.

Ao chegar no carro, tenho a surpresa de ter a porta aberta pra mim. Esse era um tipo de cavalheirismo que eu não estava acostumada.
Eu entro e me sento, o vejo fechando a porta com delicadeza e me olhando de relance. Ao entrar ele veio por cima de mim, deu para sentir sua respiração em meus lábios, posicionando o cinto de segurança e o fechando com força.

Me olhando disse:

Marcelo: Tem que andar bem segura mocinha!

-Mocinha! Será que ele me via como uma menina ?
Mesmo eu estando totalmente fatal com esse  vestido?
Ahh desisto de tentar adivinhar o que esse homem está pensando.

Seguimos a diante  por mais de 1 hora.
Fomos para outra cidade, ao longe já dava para avistar a praia.
Continuamos até chegar bem próximo.

Marcelo então sai do carro, abre a porta e me diz:

Marcelo: Ana aqui é meu lugar preferido.

Abrindo seus braços como se quisesse abraçar aquele lugar.

-Uau ele me levou no seu lugar preferido! Eu amei também, era simples, não imaginava que ele fosse à lugares como aquele.

Uma praia linda, porém com um barzinho humilde a borda da areia.

Ele já chegou tirando a camisa social. Ficando somente com uma camisa de malha branca, eu tirei meu salto e deixei meus pés livres na areia.

Sentamos na palha na beira da água, conversamos sobre algumas coisas relacionadas á trabalhos até chegar no assunto "Rafael" e eu sentia que esse era o assunto que sairia inevitavelmente desde o início.

Com muita naturalidade ele pergunta:

Marcelo: E você e Rafael ? Como estão ?

Me espanta a forma como ele pergunta.

Eu: Como assim ?

Ele segue firme seus questionamentos.

Marcelo; Estão ficando?

Com a pergunta direta eu não tenho saida, tive que reponder.

Eu: Não! Nós demos um beijo mas foi um selinho. Não temos nada!

-Aí meu Deus porque eu estava dando satisfações á ele ? Ele era casado e estava comigo em uma praia super romântica.

Quem era ele pra me dar lição de moral.

Envolvidas em meus pensamentos sou surpreendida com um pedido:

Marcelo: Posso te pedir uma coisa ?

Senti um frio na espinha, mas não demonstrei.

Eu: Pode ué, você é meu patrão!

Sinto uma ponta de desapontamento em sua face.

Marcelo: Não é trabalho Ana. Acha que eu te trouxe aqui pra falar de trabalho ?

Eu não sabia oque responder, só abri a boca e deixei meus pensamentos guiarem meus lábios.

Eu: Eu não sei Marcelo, você não pode me dizer nada, nem me pedir nada além de trabalho! Você é casado!
E muito bem casado. Sua mulher é linda!

Me olhando com tristeza Marcelo parece não acreditar em minhas palavras.

Marcelo: E se eu não for mais casado Ana?

Eu não sabia oque responder. Parei e não disse nada.

Marcelo: E se eu não for mais casado Ana, me responda!

Respirei e pensei em minha vida. Tudo que eu iria colocar em jogo fora o meu trabalho.

Eu: Não sei Marcelo, isso não é uma historinha infantil pra eu ficar imaginando o "se" isso é vida real!

Com o olhar cheio de tristeza pergunta:

Marcelo: Você sente o mesmo que eu Ana ?

Sem hesitar respondo:

Eu: Sinto!

É quando oque eu mais queria acontece, Marcelo me puxa pelo cabelo e me beija como eu nunca beijei antes.
Era uma mistura de paixão com ternura. Um beijo forte e demorado.

Eu não queria mas tive que para-lo, tive que impedi-lo.

SAINDO DO CASULO 💜Onde histórias criam vida. Descubra agora