Capítulo 6

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Erick

Mal cheguei no meu quarto de hotel o telefone do quarto toca, a recepção me avisa que tem um homem que quer falar comigo e pergunta se pode subir. Sem outra opção eu digo pra permitirem a subida dele, enquanto pego a minha arma e espero. Alguns minutos depois ouço uma batida na porta e quando abro, me deparo com um homem corpulento com uma cicatriz no rosto.

— Erick? — Ele pergunta, ignorando a arma apontada para seu rosto.

— Sou eu, e você é? — Pergunto, guardando a minha arma.

— Um amigo da sua esposa, se quiser se encontrar com ela é só vir comigo. — Diz, e se vira para sair.

— Espera...

— Temos um tempo limitado pra sair daqui, as câmeras estão desligas, então eu sugiro que me acompanhe logo. — Responde e eu saio atrás dele.

Enquanto o sigo, não deixo de me questionar que porra está acontecendo? Não é como se família da Willow fosse normal, mas essa merda está muito além do anormal deles.

— Por que vocês levaram a minha esposa? — Pergunto.

— Esse é um assunto que só meu chefe pode explicar. — Diz.

— Certo, você sabe que se tentar armar pra mim eu vou te matar, não é?

— Se eu quisesse você morto, você já estaria. Um dos meus homens tem te seguido desde o momento em que saiu do avião, sua esposa exigiu que a gente te levasse junto com ela.

— Se a minha esposa foi de tão boa vontade, por que me deixou pra trás? — Essa merda está me irritando pra caralho.

— Você precisava fazer a entrega. — É tudo o que ele diz, e eu me dou conta de que foi a Willow que armou pra mim ficar com a bebê e a entregar pra família dela.

Assim que saímos do hotel, ele abre a porta de um carro preto, e entra logo depois de mim. Quando olho para o banco da frente, fico cara a cara com o motorista do táxi que me levou do aeroporto até a casa dos Petrov e depois para o hotel.

— Como eu disse, poderia ter te matado a qualquer momento. — Fala, e o carro arranca.

Parece que eu estou preso em um filme de merda, onde eu sou levado para uma armadilha disfarçada, acompanhado do bom moço que no final é o vilão.

MARINA

Estou deitada no quarto do Miguel, conversando com Abby, quando ouvimos uma discussão no andar de baixo, parece ser a voz do Miguel e dos dois filhos mais velhos dele. E por mais que eu queira ter forças para me levantar da cama e fazer eles se acalmarem, eu não consigo. A ausência da minha filha, me deixou amortecida, sem vontade fazer nada que não seja chorar e dormir.

Passam-se alguns minutos, quem sabe algumas horas, quando Abby se levanta e caminha para a porta, leva alguns segundos até que ela entre de volta no quarto, carregando a minha filha. Ou o que eu espero que seja ela, não sei como vou aguentar se não for.

— Olha quem está aqui. — Abby diz e me entrega o pequeno pacote rosa. — Savannah é linda.

Eu quero acredita que é ela, mas a dor que eu sinto no meu peito faz com que eu demore a ver que realmente estou com a minha bebê em meus braços. Estou tão focada na minha alegria, que não dou muita bola para Miguel, que entra e sai do quarto rapidamente.

— O que está acontecendo? — Pergunto pra Abby quando ela volta um pouco mais tarde.

— Nada que você precise se preocupar. — Ela diz. — Como está a minha irmãzinha?

Miguel Petrov - Máfia vermelha 6Onde histórias criam vida. Descubra agora