Capítulo 15

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Miguel

Alexa começa andar na direção do helicóptero, como se não tivéssemos acabado de sair de um ataque; é como se ela não temesse o que estamos passando e pensa que ao vê-la os bandidos vão correr de medo, em vez de sacar uma arma e meter um tiro na cabeça dela.

— Acho que você devia ficar aqui. — Digo, tentando segurar ela, será que o marido não se importa?

— Por que diabos eu ficaria aqui, se o meu amigo está pousando para pegar o Kalel, e pela sua cara de estresse, sugiro que chame a Marina, ela vai gostar do presente que Shane trouxe, na verdade, vocês dois vão. — Ela pisca para mim de um jeito cúmplice e continua a andar.

Que porra de presente ela pode ter conseguido pra Marina e pra mim?

— Nem tente dar um sentido a isso. — O marido dela responde com um sorriso zombeteiro no rosto.

Quando chegamos na parte de trás da propriedade, encontramos Shane, com uma maca esperando que Willow e minhas noras tragam Kalel para o lado de fora. É difícil escutar o que eles está sendo falado, mas eu vejo Shane passar um pequeno frasco parta Alexa.

— Cadê o meu outro paciente? — Shane pergunta, no mesmo momento que Willow aparece empurrando uma maca com a ajuda de Allyssa e Abby.

— Eis aqui seu paciente, eu já fiz os primeiros socorros, você só precisa manter ele bem e vivo. — Willow diz, e Shane dá a ela um sorriso convencido.

— Fique tranquila, eu sou muito bom em manter pessoas vivas. — Ele diz. — Na verdade eu diria que sou pago pra fazer esse tipo de coisa.

Os enfermeiros que Shane trouxe com ele, fazem um trabalho rápido em colocar Kalel dentro do avião.

— Eu preciso is, você já usou isso uma vez, então sabe o que falar e como usar. — Ele pisca para Alexa e sobe no avião.

Todos em volta se viram curiosos para ela, que apenas dá de ombros e vai para dentro da casa, casa essa que precisa urgente de alguém que a conserte. Como se não bastasse isso, consigo ouvir sirenes da policia se aproximando da casa.

— Fiquem tranquilos, eu vou cuidar deles, vai ser uma boa coisa que Miguel esteja comigo, a imprensa está na porta também. — Ela diz.

Dimitri e Ahmar ficam ao meu lado, prontos para ir lá na frente e lutar pela nossa família.

— Vamos com vocês. — Dimitri diz, Ahmar está arrastando as mulheres para dentro da casa.

— Não, vocês não vão. Eu preciso do seu pai comigo, pois quero passar que vocês foram vitimas que estão em uma situação mental deplorável, feridos e assustados. Ter dois machões pavoneando por lá, não vai ajudar. — Diz.

— Nossos inimigos vão perder o respeito por nós. — Dimitri diz.

— Não, eles não vão. — Alexa responde. — Eles vão ver que não importa o que aconteça, sua família estará preparada para virar o jogo.

Meus filhos não parecem convencidos, mas não podem fazer nada, não quando essa mulher é a única que está se oferecendo para nos ajudar e tem obtido sucesso em tudo o que está fazendo. Enquanto andamos para falar com a polícia, lembro do pacote na mão dela.

— O que é isso? — Pergunto.

— Quando eu fui baleada em Nova York, tive que passar por uma cirurgia, que me deixaria um tempo na cama e também sem sexo. Por causa dos pontos. — Explica. — Foi na época que Shane começou a desenvolver esse spray milagrosos que faz tudo cicatrizar e curar em um dia, me ofereci para testar e deu certo, desde então ele me deu um monte deles para usar nos meus caras, no clube. Marina vai gostar de poder sair da cama, e também de poder fazer sexo, algo me diz que vocês passaram muito tempo longe um do outro.

Miguel Petrov - Máfia vermelha 6Onde histórias criam vida. Descubra agora