Miguel
Alexa começa andar na direção do helicóptero, como se não tivéssemos acabado de sair de um ataque; é como se ela não temesse o que estamos passando e pensa que ao vê-la os bandidos vão correr de medo, em vez de sacar uma arma e meter um tiro na cabeça dela.
— Acho que você devia ficar aqui. — Digo, tentando segurar ela, será que o marido não se importa?
— Por que diabos eu ficaria aqui, se o meu amigo está pousando para pegar o Kalel, e pela sua cara de estresse, sugiro que chame a Marina, ela vai gostar do presente que Shane trouxe, na verdade, vocês dois vão. — Ela pisca para mim de um jeito cúmplice e continua a andar.
Que porra de presente ela pode ter conseguido pra Marina e pra mim?
— Nem tente dar um sentido a isso. — O marido dela responde com um sorriso zombeteiro no rosto.
Quando chegamos na parte de trás da propriedade, encontramos Shane, com uma maca esperando que Willow e minhas noras tragam Kalel para o lado de fora. É difícil escutar o que eles está sendo falado, mas eu vejo Shane passar um pequeno frasco parta Alexa.
— Cadê o meu outro paciente? — Shane pergunta, no mesmo momento que Willow aparece empurrando uma maca com a ajuda de Allyssa e Abby.
— Eis aqui seu paciente, eu já fiz os primeiros socorros, você só precisa manter ele bem e vivo. — Willow diz, e Shane dá a ela um sorriso convencido.
— Fique tranquila, eu sou muito bom em manter pessoas vivas. — Ele diz. — Na verdade eu diria que sou pago pra fazer esse tipo de coisa.
Os enfermeiros que Shane trouxe com ele, fazem um trabalho rápido em colocar Kalel dentro do avião.
— Eu preciso is, você já usou isso uma vez, então sabe o que falar e como usar. — Ele pisca para Alexa e sobe no avião.
Todos em volta se viram curiosos para ela, que apenas dá de ombros e vai para dentro da casa, casa essa que precisa urgente de alguém que a conserte. Como se não bastasse isso, consigo ouvir sirenes da policia se aproximando da casa.
— Fiquem tranquilos, eu vou cuidar deles, vai ser uma boa coisa que Miguel esteja comigo, a imprensa está na porta também. — Ela diz.
Dimitri e Ahmar ficam ao meu lado, prontos para ir lá na frente e lutar pela nossa família.
— Vamos com vocês. — Dimitri diz, Ahmar está arrastando as mulheres para dentro da casa.
— Não, vocês não vão. Eu preciso do seu pai comigo, pois quero passar que vocês foram vitimas que estão em uma situação mental deplorável, feridos e assustados. Ter dois machões pavoneando por lá, não vai ajudar. — Diz.
— Nossos inimigos vão perder o respeito por nós. — Dimitri diz.
— Não, eles não vão. — Alexa responde. — Eles vão ver que não importa o que aconteça, sua família estará preparada para virar o jogo.
Meus filhos não parecem convencidos, mas não podem fazer nada, não quando essa mulher é a única que está se oferecendo para nos ajudar e tem obtido sucesso em tudo o que está fazendo. Enquanto andamos para falar com a polícia, lembro do pacote na mão dela.
— O que é isso? — Pergunto.
— Quando eu fui baleada em Nova York, tive que passar por uma cirurgia, que me deixaria um tempo na cama e também sem sexo. Por causa dos pontos. — Explica. — Foi na época que Shane começou a desenvolver esse spray milagrosos que faz tudo cicatrizar e curar em um dia, me ofereci para testar e deu certo, desde então ele me deu um monte deles para usar nos meus caras, no clube. Marina vai gostar de poder sair da cama, e também de poder fazer sexo, algo me diz que vocês passaram muito tempo longe um do outro.
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Miguel Petrov - Máfia vermelha 6
Literatura FemininaEu sou o que muitos conhecem como "O início". Minha vida, e as minhas decisões fizeram desta família o que ela é hoje. Não me orgulho das decisões que tomei, mas me orgulho dos filhos que criei, homens e mulheres fortes capazes de tudo para proteger...