Miguel Petrov - Máfia vermelha 6

Capítulo 2

Amores eu sei que eu tinha postado o capítulo 2 ontem, mas a verdade é que eu tinha dois possíveis desfechos para esse capítulo e logo depois que eu postei o de ontem, não me senti tão feliz com o capítulo, então eu retirei e fui arrumar os detalhes do meu plano B. Sendo sincera, meu plano A era na minha opinião uma bosta e eu prefiro o plano B. Então eu espero que gostem, o próximo capítulo sai ainda hoje, então não me matem. 

Marina

Depois do parto, sou levada para o meu quarto. Miguel não saiu do meu lado, é como se ele não quisesse me perder de vista, e eu entendo o que ele está passando, ter fugido não foi o meu melhor momento. Na medida em que o tempo passa e a nossa filha não chega, começo a ficar preocupada e Miguel me acalma dizendo que vai ver o que está acontecendo; ele mal sai do quarto quando a porta se abre e uma mulher com as roupas do hospital entra carregando a minha filha nos braços.

— Achamos que você ia querer ela logo. — Ela fala, mas parece estranho vindo dela. — Quer se sentar pra segurá-la?

— Claro. — Respondo, e me arrumo na cama, mas ela não me entrega e anda até a janela.

— Crianças são uma coisa preciosa, eu mesma não pude ter o meu. — Fala, enquanto abre a janela. — Não por escolha própria e sim por causa do meu ex marido, ele não gostava delas e me privou dos meus sonhos.

Estendo o braço para ela me entregar minha filha, mas mais uma vez ela me ignora e continua embalando minha filha em seus braços. É como se ela estivesse jogando um tipo de jogo, onde eu tenho que matar charadas para que ela me entregue a criança.

— Sei que deve ter sido difícil, sempre tive o sonho de ser mãe e então quando descobri que estava grávida foi como um milagre. Aposto que seu trabalho como enfermeira te ajudou com isso. — Falo, tentando soar simpática e não desesperada como realmente estou.

— Talvez...sim — Diz, parando por um segundo e então sorrindo de um jeito assustador. — Você deve me achar uma maluca, aqui, segurando a sua filha em meus braços, enquanto você está pronta para segurá-la. Situação desconfortável a sua, como eu disse, não posso imaginar como é estar no seu lugar.

— Sim. — Digo, e estendo os braços. — Se você puder me entregá-la...

— Eu não posso, o destino da sua filha foi entregue nas minhas mãos. — Responde. — Nas minhas mãos, — repete.

Cada gesto dessa mulher me diz para temer, não só pela minha filha em seus braços, mais por tudo o que está por vir. Ninguém devia agir assim, não diante de uma mãe e não carregando um recém-nascido.

— Meu marido está aqui, ele não vai gostar de...

— Marido? — Ri. — Acha que eu não sei quem ele é? Ou que você é uma mentirosa e que está desfilando por ai ao lado de alguém que não liga a mínima pra você? Miguel Petrov nunca vai se casar com você, a vida dele é usar mulheres estúpidas o bastante para cair em seu jogo.

— Você conhece o Miguel?

— Antes de você foder com ele, era a mim que ele procurava, no passado eu fui alguém importante, mas ele conseguiu o que queria e me descarto, como um pedaço de lixo qualquer. — diz , seu rosto ficando vermelho de raiva. — Se ele pensa que vai ser feliz depois de tudo o que me fez, está muito enganado.

— O que ele fez? Quem sabe eu posso te ajudar e...

— E o que? Pegar sua preciosa filha de volta? É muito tarde, tarde de mais para todos vocês. — Ela responde, dessa vez seu sorriso é acompanhado de um olhar perdido.