Capítulo 9

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Erick

Não faço a mínima ideia de quanto tempo passo dentro do carro, talvez seja a minha ansiedade para encontrar Willow e saber que está tudo bem, ou talvez o caminho seja realmente muito longa para chegarmos ao nosso destino.

— Quanto tempo vamos levar até chegar onde minha mulher está? — Pergunto para ninguém em especial, qualquer um dos dois que souber a resposta pode me dizer.

— Estamos quase chegando, — diz o motorista. — Imagino que esteja ansioso para estar com a sua esposa.

— Claro que estou, Willow foi embora sem me dizer nada e ainda combinou com o sequestrador de me deixar a irmã dela comigo. — Porra, estou com tanta raiva. — Ainda não acredito que ela me deixou pra trás.

— Ela queria te levar junto, acredite em mim. — O homem ao meu lado fala. — Ela discutiu com o meu chefe o caminho todo.

Eu não sei o que está acontecendo, além de que eu estou muito puto com Willow e as decisões que ela toma sem me dizer nada. Esses caras aqui podem até não ser assassinos e a porra toda, mas e se não fosse esse o caso? Ela estaria morta e nenhum de nós saberia onde e nem como localizá-la.

— Chegamos. — O homem ao meu lado diz e eu vejo que paramos na frente de um portão grande no que parece ser uma casa de fazenda.

— Por que seu chefe fica aqui? — Pergunto.

— É perto da cidade, mas não perto de mais. — Diz o motorista.

Assim que o carro para, eu salto para fora e vou direto para a porta da frente. Não espero que ninguém abra pra mim, entro na casa e começo a minha busca pela minha mulher.

— Que porra é essa? — Pergunto, vendo Willow sentada no sofá, em uma sala luxuosa, conversando com um homem alto e moreno.

— Erick! — Willow salta do lugar onde está sentada e corre na minha direção, pulando em meus braços e me dando um beijo.

Aperto ela contra mim e fecho meus olhos, preciso sentir Willow contra mim e ter certeza de que tudo de ruim que pensei ter acontecido com ela foi apenas uma invenção da minha cabeça e que tudo está bem.

— Não acredito que você me deixou. — Acuso quando ela se afasta de mim. — Sabe quanto medo eu senti? Vi seu pai agindo como um imbecil sem se importar com nada e seus irmãos discutindo com ele sem se mexer para te trazer de volta. E você está aqui, depois de ter me abandonado em avião sem poder fazer nada.

— Erick, eu precisava vir. — Diz.

— E por que não me avisou e eu teria vindo com você. — Rebato.

— Eu não confiava no Kalel. — Explica. — Queria que Savannah estivesse segura em casa e então eu me preocuparia com o resto.

— E agora você confia nele? — Estou confuso, Willow sabe que esses caras sequestraram a meia irmã dela e ainda assim está aqui, agindo como se nada tivesse acontecido.

— Ele me pediu um favor e eu não vi motivos para dizer não. — Responde.

— E que favor seria esse? Que favor é tão urgente que ele precisaria sequestrar um bebê recém-nascido só pra chegar até você? — Sei que tô sendo um babaca, mas eu não acredito que ela caiu no papo desses caras.

— Ainda tenho minhas dúvidas, e eu não disse que confio nele, apenas que estou disposta a ouvir o que ele tem que me contar. — Diz. — Só que ele me pediu dois dias antes de me contar, ele quer ter garantias de que não estamos ambos sendo enganados.

Miguel Petrov - Máfia vermelha 6Onde histórias criam vida. Descubra agora