Miguel Petrov - Máfia vermelha 6

Capítulo 39

Miguel

Não consigo descrever como estou feliz neste momento, tenho a mulher dos meus sonhos em meus braços e meus filhos estão todos reunidos e felizes. Esse é o tipo de felicidade que nunca pensei que teria.

— Está gostando da festa? — Pergunto para Marina.

A festa está sendo em um grande salão que aluguei especialmente para o dia, não queria que pessoas desconhecidas entrassem na nossa casa, não depois de tudo o que aconteceu nos últimos tempos.

— Está perfeita, eu não teria feito melhor. — Sei que ela está dizendo para me agradar, Marina é ótima em organizar as coisas.

— Mentirosa, mas vou aceitar sua mentira. — Provoco e vejo a mãe dela se aproximar da gente.

É engraçado como Marina nunca me disse nada sobre eles, esse tempo todo pensei que estivessem mortos ou sabe se lá o que tinha acontecido com eles. Foi uma surpresa quando o pai dela entrou em contato comigo e me disse para cuidar bem da filha dele, o engraçado é que ele me ligou depois que a mídia anunciou que ela estava bem e que íamos nos casar.

Não sou estúpido, sei o motivo deles terem me ligado, mas parte de mim espera que eles não sejam o tipo de família que só está interessada no dinheiro e não na felicidade de sua filha.

— Sua mãe está vindo. — Digo para Marina e vejo como ela fica tensa.

— Esse é um outro assunto que temos que conversar. — Ela responde, e então se vira para a mulher.

— Que saudades eu estava de você, filha. — Diz, tentando abraçar Marina. — Você está tão linda, onde está o seu pai?

Essa é uma pergunta que tenho me feito desde o momento que a vi entrando com os meus filhos. Alguma coisa saiu do meu controle e eu quero corrigir isso o mais rápido possível.

— Você sabe muito bem onde ele está, vai dizer que ele não ligou e disse que eu o mandei embora? — Marina não se intimida e nem tenta esconder sua reação de mim.

— Como…

— Vocês vieram atrás de dinheiro e eu lamento informar a vocês, mas não vão conseguir nenhum centavo. — Marina a corta. — Nós duas sabemos que vocês estão dispostos a tudo para ter o que querem, mas eu não me importo com o que vão falar de mim.

— Pense bem antes de me ameaçar, eu sei coisas que não serão muito bem-vistas pelo publico. —Ameça. — Ou você espera que eu aceite ficar na merda enquanto você, sua pequena putinha vai ficar no luxo.

— Coisas sobre mim? — Marina ri. — Minha vida inteira é pública graças ao meu trabalho, já a de vocês…

Estou esperando o momento certo para dizer alguma coisa, essa mulher e a família dela vão ficar o mais distante possível da minha família, nem que para isso eu tenha que matar todos eles.

— Marina, está na hora de jogar o buque. — Minha filha Willow chama, ela deve ter notado a tenção.

Sorte a minha que Marina me dá um beijo e se afasta, indo em direção ao palco. Enquanto todos os convidados se perdem no show que minha mulher e cunhadas estão dando, eu me concentro na mulher que está na minha frente, sem dizer uma palavra, ando para uma sala afastada e ela me segue.

Os irmãos e primos da Marina estão todos na festa comendo e bebendo como se isso aqui fosse feito para eles, mas mal sabem que essa festa vai durar pouco.

— Acho que minha filha está se casando com um homem sábio, você não quer que ela seja envolvida em algum escândalo, quer? — Pergunta entrando na sala e fechando a porta. — Eu tenho um valor simbólico que quero que você me dê mensalmente. O suficiente para me dar uma vida confortável junto com o resto da minha família, se a Marina vai ter esse tipo de vida, nada mais justo que a gente também tenha.