Capítulo 40

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Capítulo 40

Kally

Parece que a minha irmãzinha se deu bem na vida, não consigo acreditar que ela está se casando com o dono do Império Petrov, e eu estou aqui, presa com esse idiota que meus pais escolheram e uma fedelha que só me dá dor de cabeça.

Ao menos a pequena peste sumiu.

Quando me casei e descobri que estava grávida, disse aos meus pais que abortaria a criança, não queria que o meu corpo fosse destruído por um pequeno monstro. Mas meus pais, como sempre, se meteram e me fizeram ver que Luíza era a minha garantia, caso o estúpido do meu marido decidisse me dar um pé na bunda.

— Onde está Luíza? — O idiota pergunta.

— Por ai, eu é que não vou perder a festa para correr atrás dessa menina chata. — Respondo, pego uma taça de champanhe.— E se você for esperto vai aproveitar também, rico ou não, seu dinheiro não pagaria nem metade desta festa. E outra, não sei se percebeu, mas meu pai não está aqui, o que significa que a minha irmãzinha deu um ataque e não o deixou vir, logo vamos ser expulsos.

O idiota dá de ombros e volta a beber e comer.

Eu mereço isso!

Conheço a minha irmã, Marina sempre se achou melhor que todos e por isso, ela não nos expulsou ainda, pelo menos a parte da família que eu vi. Ela não vai arriscar que façamos um show bem no dia do casamento dela.

Mais adiante, vejo um casal e aponto para meu marido, ele com toda certeza vai querer conversar com os dois.

Estamos conversando com um casal velho, que aparentemente tem muito dinheiro e gostariam de um “sócio”, coitados, mal sabem o tipo de sociedade que o meu maridinho costuma fazer. Tá mais para, limpar as contas de otários como esses dois.

— Senhores, se eu puder interromper, preciso ter uma palavra com esses dois. — Um homem alto e musculoso aparece e eu mais do que feliz decido que vou com ele.

— Tudo bem. — O casal diz e se afasta, enquanto o homem nos mostra o caminho até um escritório reservado.

Quando chegamos lá. Dou uma cotovelada em meu marido, ele sabe que deve tentar aproveitar as oportunidades e tentar fazer negócios, ou, quem sabe, estabelecer relações com alguém que tenha poder e que possa nos ajudar com nossos golpes.

— Acho que você ouviu a minha conversa e…

O homem levanta a mão o interrompendo.

— Vocês é que não ouviram a minha conversa, isso aqui não sou eu tentando fechar negócios com dois golpistas e sim, Miguel Petrov mandando um recado para você e sua família. — Responde o homem e eu fico tensa.

Meus pais sempre souberam da reputação dos Petrov, mas nunca levaram a sério, claro que eles não fariam nada com a família da nova esposa do velho.

— Vejo que minha mãe já passou o recado para o seu patrão. — Sorrio. — Quando ele vai nos dar o dinheiro? E se ele mandou você me chamar aqui para discutir a pensão mensal que vou receber, vou logo dizendo que não sou uma pessoa que se contenta com qualquer miséria.

Com as minhas palavras o homem ri, ele na verdade, gargalha.

— Minha esposa falou algo engraçado aqui? — Pergunta meu marido.

O homem leva alguns minutos para se recompor, mas quando faz, um frio estranho se espalha na minha espinha e eu me sinto mal. Se rosto que antes era neutro, agora está duro e assustador, esse homem já matou antes e ele não tem problemas com isso.

Miguel Petrov - Máfia vermelha 6Onde histórias criam vida. Descubra agora