Capítulo 26

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Ahmar

Assim que chagamos no lugar da explosão eu sei que é impossível que qualquer um que estivesse dentro desse lugar, saia com viva. Não ajuda que o carro que elas estavam está parado no estacionamento com um pedaço de concreto enorme em cima dele.

Eu estou prestes a perder a minha cabeça assim como os outros quando vejo um sorriso no rosto do Tayler, ele está com o celular na mão, então me aproximo dele tentando ver se ele recebeu alguma mensagem, mas tudo o que mostra é um ponto se movendo na tela.

— O que é isso? — Pergunto.

— Elas não estão aqui. — É tudo o que ele diz, e também é tudo o que eu preciso ouvir para saber que tudo vai ficar bem.

Sunny está bem, elas estão em segurança e nada vai acontecer com elas.

— O que vocês estão fazendo? — Dominic pergunta se aproximando, ele estava falando com um dos bombeiros.

— Elas estão bem. — Digo.

— Porra, você não sabe como isso é bom, preciso falar pro Dimitri e pro pai. — Ele responde pegando o telefone.

— Não. — Tayler diz.

— O que diabos você quer dizer com não? — Pergunta Dom.

— Quem quer que fez isso está atrás das mulheres, ele também pode invadir os telefones de vocês, é por isso que elas não nos ligaram. — Tayler explica. — Elas saíram daqui e estão indo em direção a clínica do Shane, se Dimitri ligar, diga que elas estão mortas, enquanto isso vamos atrás delas. Deus sabe se ele já não descobriu e foi atrás delas.

— Ele? — Pergunto sem entender. — Estamos com o Bernardo.

— Bernardo não estava trabalhando sozinho, Alexa sabia disso ou, pelo menos ela sentiu isso, ela me disse várias vezes que achava que tinha algo errado nessa história, agora sabemos. — Explica.

— E como vamos fazer com nosso pai? Ele precisa saber disso. — Dom se intromete.

— Pegue um orelhão e ligue para o seu filho mais velho, peça pra ele ir pessoalmente avisar ao seu pai e ao Dimitri onde elas estão. — Fala, olhando para mim. — E rápido.

Ele mal termina de falar, quando o telefone toca e Dom vai atender, por mais que eu ache errado fazê-los acreditar em uma mentira, não posso correr riscos, não quando envolve a minha mulher grávida.

Quando Dom volta, não parecendo nem um pouco feliz com a mentira que teve que contar, eu me afasto e vou até um telefone publico, falar com meu filho.

— Alô— Arthur diz, parecendo confuso em atender um número desconhecido.

— Arthur, sou eu.

— Que número é esse? Achei que você só ia ligar se algo desse errado...Aconteceu alguma coisa?— Pergunta preocupado.

— Não, mas eu preciso que faça um favor, e não pode ser feito por telefone, mande um bilhete pelo motorista. — Aviso, não quero nenhum dos meus filhos fora de casa e longe dos seguranças.

— Claro, é só falar.

— Mande uma mensagem para o seu avô, diga que elas estão bem mas que não podemos nos falar por telefone, pois podem estar nos ouvindo. — Falo. — Diga que elas estão indo para a clínica do Shane e que estamos indo atrás delas.

— Mamãe está bem? — Ainda me surpreende o fato dele e da Sunny terem tido uma ligação tão rápida e se tornado amigos, eu levei um tempo para ser chamado de pai por ele.

Miguel Petrov - Máfia vermelha 6Onde histórias criam vida. Descubra agora