Aviso básico: não é one shot romântica, é hot +18, TEM PALAVRAS BAIXAS, então se não gosta, não leia. Normani g!p.
PS: Dinah fala em espanhol, então, quando estiver em português = inglês, porque Normani é americana.
Se tiver algum erro, perdoem.
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Duas e vinte e quatro da manhã, quando os olhos castanhos pairaram sobre o relógio verde cintilante no painel de seu carro. Dinah dirigia com maestria a 130km por hora, pela estrada escura. Ela estava distraída, enquanto cantarolava junto com a música alta, sem se preocupar com nada, afinal ela estava no meio do nada. Camila havia insistido para que sua melhor amiga a fizesse uma visita naquele feriado, então Dinah, como a ótima amiga que era, sem pensar duas vezes jogou as malas em seu velho Mustang vermelho e estava a todo vapor em sua fuga de Monterrey, no México, para Louisiana, nos Estados Unidos.
Ela não falava o inglês fluentemente. Entendia apenas o básico, mas Camila afirmou que não seria necessário, se ela fizesse a viagem conforme elas haviam combinado. Normalmente seriam onze horas de carro para percorrer todo o caminho dentro do limite de velocidade, mas se Dinah fizesse o percurso um pouco acima do limite, conseguiria finaliza-lo em apenas sete, e chegaria em Louisiana antes do amanhecer. A polícia era preguiçosa, alegou Camila, e eles não dariam as caras antes das sete, então Dinah não teria problemas por estar ultrapassando aquela fronteira ilegal.
Mas Camila estava errada! Merda! Dinah sentiu vontade de socar o volante quando desviou o olhar para o retrovisor de seu carro e viu o carro com as sirenes ligadas acompanhando-a de perto. Merda merda merda! Pensou em acelerar ainda mais e tentar escapar da polícia, mas provavelmente acabaria com sua gasolina e o policial chamaria reforços, e logo ela estaria em uma enrascada três vezes pior.
Amaldiçoou e xingou Camila de todos os nomes possíveis, enquanto diminuía a velocidade até encostar seu veículo no acostamento deserto. Dinah estava furiosa, nervosa, e provavelmente aquilo tornaria a sua comunicação com o policial muito pior. O que ela faria para escapar dessa vez?
"De onde diabos surgiu esta merda de polícia?" Ela pensou, enquanto observava o policial descer de sua viatura e caminhar, aparentemente sem a menor pressa, até o seu carro. Seus olhos ficaram enormes quando ela se lembrou da garrafa de cerveja no espaço entre os bancos, e rapidamente jogou-a para trás, enfiando um par de gomas de mascar sabor menta em sua boca, para não correr o risco de que o policial sentisse o cheiro do álcool, piorando ainda mais a sua situação, se é que isso era possível.
Quando o policial bateu os dedos contra o vidro de seu carro, ela abriu seu sorriso mais inocente e o abaixou, mas seu sorriso sumiu rapidamente quando o policial se inclinou e apoiou o braço na janela de seu carro, permitindo uma visão mais ampla do rosto dele. Ou melhor, dela.
Uma mulher negra jovem, pele bonita, suas bochechas livres de qualquer resquício de maquiagem, sobrancelhas negras bem feitas e expressivas, e olhos castanhos extremamente brilhantes. O cabelo dela estava com um rabo de cavalo perfeitamente ajustado por baixo do boné, e o uniforme fazia seus braços flexionados se mostrarem fortes.
Ela umedeceu os lábios enquanto observava Dinah com atenção, provavelmente reparando em cada detalhe da loira, da mesma forma que a garota o fizera. Seus lábios rosados e grossos se curvaram em um sorriso um tanto quanto malicioso e ela limpou a garganta para quebrar o pequeno transe no qual as duas haviam se prendido. "Delícia", Dinah pensou.
- A sua carteira de habilitação, por favor. - Ela exigiu, sua voz de comando fazendo um pequeno choque atingir as partes íntimas de Dinah, embora ela não tenha compreendido exatamente o que a policial exigia. A loira continuou imóvel por algum tempo, vendo a postura da mulher a sua frente tornar-se um pouco impaciente. Ela arqueou uma sobrancelha e inclinou levemente a cabeça para o lado, esperando a resposta de Dinah.