Capítulo 25 - O pós-término

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- Porra, olha lá, o Patrick tá saindo correndo e... Sozinho. O que será que aconteceu?

- Vish. A coisa deve ter ficado feia. Liga pra ela.

- Amor, o que houve?

- Ele simplesmente não quis mais me ouvir. Ficou revoltado por eu mal ter esperado ele chegar e, quando eu falei do hotel, ele não quis mais ouvir. - ela disse com a voz meio trêmula.

- Tenta se acalmar, Gi. Eu vou te encontrar no seu carro.

- Ok, vou acertar tudo aqui e já conversamos.

- Parece que ele se revoltou por ela já dizer a verdade logo de cara, e nem quis saber de hotel, pegou o carro e saiu.

- Será que ele tá indo pra estrada assim, nervoso?

- Não sei. Falei que espero ela no estacionamento. Vamos comigo?

- Acho melhor você ir sozinha. Se as coisas acalmarem um pouco, você traz ela aqui e me apresenta. Se não, você me avisa e vou pra casa.

- Tem razão. Acho melhor ela se acalmar um pouco, não vai ser legal conhecer uma pessoa nova nestas situações... Já volto, Gui. - falei beijando o topo da sua cabeça.

Esperei a Gio aparecer e fui ao encontro dela. Abracei-a forte e disse:

- Calma, meu amor. Vai ficar tudo bem.

- Eu tô com medo do que pode acontecer. Ele saiu muito nervoso, isso é perigoso.

- Gio, tenta ligar pra algum amigo de vocês, que seja próximo dele. Pede pra tentar acalma-lo um pouco, descobrir o q ele vai fazer.

Depois de ligar pra um amigo do Patrick, Giovana se acalmou.

- Ele disse que o Patrick já tinha ligado pra ele, que estava irritado mas prometeu que ia esperar se acalmar um pouco antes de ir embora.

- Que bom, amor. Eu acho que ele vai ficar bem. Ele só está um pouco inconformado agora, mas no fundo ele já sabia que não tinha mais futuro.

- Também acho. Estou me acalmando agora, espero que ele tenha mesmo juízo, pq eu não me perdoaria se algo acontecesse...

- Nada vai acontecer - falei chamando-a para um abraço. - Bom, você tá a fim de esfriar a cabeça com uma cervejinha rápida?

- Eita. Você deixou seu amigo lá, sozinho?

- Ele quis esperar lá, enquanto eu te acalmava um pouco. Mas tá doido pra te conhecer.

- Então vamos lá, que ele já deve estar ficando entediado de esperar.

Chegamos e o Gui logo tratou de se levantar e abraçar Giovana:

- É um prazer conhecer você, finalmente poder saber quem é esta mulher que minha amiga tanto fala - ele sorriu.

- O prazer é meu, Gui. E me desculpe por fazer você esperar aqui.

- Imagina! Que bom que vocês voltaram. - ele parou por um segundo e continuou - Só um minuto. - e saiu para pedir uma cadeira pra Gio. Sempre um gentleman...

- Aqui, meninas - falou colocando a cadeira no meio das outras duas. - E então, garotas, vamos falar de coisa boa: Vai beber o quê, Giovana?

- Me chama de Gio, poxa. E eu acompanho vocês na cerveja. - ela respondeu sorrindo.

- Aí sim, Gio. Vou pedir outra.

A noite foi bem gostosa. A Gio e o Gui se deram super bem, contamos sobre como nos conhecemos, sobre nossa amizade durante a faculdade. Sobre altas vezes que aprontamos algo juntos... Foi realmente muito bom, e acredito que tenha ajudado Gio a ficar mais calma.

- Bom, meninas. Acho que tá chegando minha hora de ir, marquei com alguns amigos de pegar uma balada, se quiserem...

- Chama a gente pra próxima, Gui. Hoje a gente encerra por aqui mesmo, né, amor? - questionei Giovana.

- Sim, Gui. Agradeço o convite, mas certamente outras oportunidades aparecerão.

- Eu entendo. Bom, então vou deixar vocês aqui curtindo um pouco mais.

- Imagina, Gui. A gente já vai também e eu te deixo onde você quiser.

Pagamos nossa conta, Gio seguiu para seu carro e eu e Gui para o meu. Combinei que deixaria o Gui na festa dele e logo iria pro apartamento da Gio.

- E aí, amigo, o que achou dela?

- Incrível, Bá. Ela é uma pessoa ótima, querida e simpática. E, realmente, tão linda quanto você dizia.

- É, eu sei... Ela é inacreditável - falei com cara de apaixonada, depois rimos.

Deixei o Gui e fui pro apartamento da Gio. Quando cheguei, ela estava no sofá trocando mensagens com aquele amigo do Patrick. Me recebeu com um sorriso e já foi logo dizendo:

- Ele disse pro Carlos que já está em casa. Ainda bem.

- Eu te disse, meu bem. Tudo ia dar certo!

- Eu sei. Obrigada por tentar me acalmar. É que quando vi ele daquele jeito, fiquei pensando em muitas coisas. Acho que você tinha razão, no fundo ele sabia, só não gostou de ter ouvido isso de forma tão certeira.

- Pois é, amor. Eu também ficaria péssima em perder alguém como você. Mas ele vai ficar bem. E nós também. - envolvi ela em meus braços e ali ela ficou.

Resolvemos ir deitar e assistir algo no quarto mesmo e, daquele jeitinho, ficamos. Apenas trocando carinhos e nos colocamos para dormir.

No meio de tudo, Você!Onde histórias criam vida. Descubra agora