Capítulo 20 - Afinal... Como ela sabia?

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A sexta-feira começa a amanhecer. Giovana havia ficado lá em casa, então começo a encher seu rosto de beijos, até que ela acorde:

- Bom dia, lindinha - eu digo ao vê-la abrir os olhos.

- Bom dia, amor.

- O que acha de tomarmos um banho e depois descermos para um café?

E assim fizemos. Sabíamos que o dia de hoje seria longo e... tenso. Mas não deixamos isso nos preocupar, por enquanto. Tomamos um banho relaxante juntas, tomamos um café, e fomos para o colégio para nossas duas aulas do dia.

Como hoje pretendíamos voltar aqui pra casa juntas depois das aulas, resolvemos ir com o carro da Gio, e deixar o meu em casa. Somente no meio do caminho, nos demos conta:

- O RUBENS! - falei

Ela me olhou com o semblante assustado, e começamos a rir.

- Ok. Precisamos de alguma desculpa se ele falar algo. - continuou rindo.

Nos aproximamos do portão e vimos o Sr. Rubens já reparando bem dentro do carro.

Abaixei o vidro e resolvi falar:

- Bom dia, Rubens.

- Bom dia, Srta. Bárbara! - abaixou um pouco a cabeça para fitar Gio - Bom dia, Srta. Giovana!

Enquanto o portão abria, puxei papo:

- Acredita que hoje já acordei com o pé esquerdo? Meu carro não queria pegar. Por sorte, consegui falar com a Giovana a tempo.

- Que má notícia, srta. Bárbara. - disse ele parecendo acreditar, enquanto tomou um pedaço de papel e uma caneta, continuou - Tenho um irmão que é dono de uma mecânica, se quiser ligar pra ele, é Ribamar. - entregou-me o papel com o telefone do irmão.

- Obrigada pela prestatividade, Sr. Rubens. - peguei o papel e Giovana acelerou.

- Agora vamos ter que dar um jeito de estragar seu carro - falou antes de nós duas cairmos em gargalhada.

Descemos do carro, lembrando que na sexta-feira Carla também não tinha aula e, ao vermos o carro dela no estacionamento, imaginamos que teríamos que compartilhar a sala com ela... De novo.

- Bom, já que não temos pressa para chegar na sala, preciso ir ao banheiro, pode me acompanhar?

Giovana assentiu e me seguiu ao banheiro próximo a cantina. Este banheiro era super vazio a este horário, já que estava bem longe do intervalo e, além disso, as funcionárias da cantina só chegariam depois de uma hora.

Entramos no banheiro e arrastei Giovana para dentro de uma das cabines e comecei a beija-la. Ela, assustada, se afastou e perguntou:

- Foi pra isso que você me chamou aqui? Você é doida!

- Você me deixa mesmo doida. - falei puxando-a de volta e dando-lhe um beijo quente. Desta vez sem ser interrompida.

Estávamos nos amassando, minhas mãos subindo por sua blusa até seus seios. Gio pareceu gostar desta brincadeira. Abriu os botões da minha calça e enfiou sua mão por dentro de minha calcinha.

Aquilo estava ficando cada vez mais quente. A esta altura eu já estava com a mão na calcinha toda encharcada de Gio, e nesta troca de carícias, ela começou a gemer baixinho no meu ouvido, o que foi me deixando louca. Alguns segundos depois, ela me diz:

- Não para agora, eu vou gozar.

Isso me deixou completamente excitada e, ao ouvi-la gemer por ter chegado ao seu ápice, não resisti e gozei ao mesmo tempo.

- Nossa, amor, isso foi...

- Foi uma delícia! - interrompi - Mas imagino que agora tenhamos que ir encarar aquela ridícula, né...

- Depois do que você me fez aqui neste banheiro, eu seria capaz de chegar abraçando aquela lá, de tão relaxada e felizinha que fiquei. - ela debochou - Mas ainda tenho juízo.

- Olha só... Bom saber que é fácil assim te deixar de bom-humor.

Entramos na sala e demos de cara com a sala vazia. Estranhamos, mas confesso que foi um alívio não ter aquela presença ali.

Assim, eu e Gio ficamos um tempo conversando sobre como seria aquela noite.

- Patrick está para chegar as 20h. Marquei com ele um jantar em um restaurante e, se tudo caminhar bem, ele nem passa por meu apartamento e vai direto pro hotel.

- Vamos torcer, Gio.

- É o que me resta... Queria mesmo acreditar que iríamos jantar, conversar, ele iria entender que nosso amor acabou faz tempo, e aceitar minha gentileza de ter reservado um quarto em um dos melhores hotéis daqui.

- Mas porque você não consegue acreditar nisso? O Patrick tem algum histórico?

- Não. Pelo contrário, ele sempre foi bastante doce e cavalheiro. Mas ele nunca soube perder, e é aí que mora minha desconfiança.

- Ah, Gio. Pensa positivo, tá? E você sabe que, qualquer coisa que precisar, eu vou estar atenta a qualquer sinal seu.

Ela sorriu para mim, segurando minha mão:

- Obrigada por tudo, Bárbara. Você é a mulher mais incrível que eu já conheci.

- Está precisando de um espelho, srta. Giovana. - respondi retribuindo o sorriso e admirando aqueles lindos olhos que brilhavam de encontro aos meus.

Alguns minutos depois, chegaram outros professores. E, quase na hora de irmos para as aulas, Carla entra na sala.

Ela dá uma olhada pela sala e, ao encontrar nós duas em pé, conversando, nos encara bem e, acredito que como provocação, falou com um dos professores em alto e bom tom:

- Estava até agora na sala da Dona Lúcia. Mal pude tomar um café hoje.

O que aquela megera estava fazendo com a Dona Lúcia? E por que estava gritando desta forma, para escutarmos? Ela seria capaz de nos dedurar? E afinal... COMO ELA SABIA?

No meio de tudo, Você!Onde histórias criam vida. Descubra agora