Enquanto nos vestíamos, Gio me olhava, como que tentando decifrar em minhas ações a pauta de conversa que se seguiria.
- Amor, você tá bem? - perguntei.
- Sim, amor. - disse chacoalhando a cabeça - Estava viajando.
Levantei-me e fui em direção a ela, dando-lhe um beijo na testa, eu disse:
- Ei, princesa. Eu só queria ter certeza de que você não está se culpando sozinha por tudo.
- Amor... - estava por me responder.
- Espera. - eu interrompi - Eu só queria dizer que eu sou tão culpada quanto você. O que quer que esteja por acontecer, é de minha responsabilidade também. E eu não aceito que você ache que não.
- Tudo bem, Bá. Eu entendo que você não quer que eu me sinta sobrecarregada. Mas a verdade é que quem tem mais a perder é você, e eu fui irresponsável de deixar isso acontecer.
- Irresponsável? - indaguei - E se fosse mais responsável você faria o quê? Não se envolveria comigo? Acha que seria melhor?
- Não foi o que eu quis dizer. - pensou por um segundo - Mas você tem razão, eu não mudaria nada. Quantas oportunidades de escolha eu tivesse, em todas eu escolheria ficar com você.
- Então por que você acha que tem mais culpa que eu? Isso é besteira! Nós duas nos encontramos, eu te desejei desde o momento em que vi seu sorriso, e te amei desde o primeiro abraço. Simplesmente aconteceu.
Gio abriu um pequeno sorriso tímido.
- Que foi? - perguntei.
- Você percebeu o que disse?
- Sim. Mas o que tem? - na verdade, eu não havia percebido.
- Você me amou desde o primeiro abraço? - indagou enquanto se aproximava do meu rosto, parando a poucos milímetros.
Agora, foi a minha vez de mostrar um sorriso tímido.
- Bom, sim. Eu sei que ainda não disse isso, e que para algumas pessoas é algo realmente divisor de águas. Mas, enfim... Eu te amo, Giovana, de verdade.
- Eu também te amo, Bárbara. E sua espontaneidade ao falar quase sem querer, sem perceber, só me fez te amar mais.
Começamos a nos beijar, a cada segundo mais intensamente. Enquanto nos beijávamos, eu dava pequenos passos em direção à cama, até que foi possível deita-la e continuar os beijos ali, por todo o seu corpo.
Ela cedia aos meus beijos e suspirava a cada contato com as partes mais sensível de sua pele. Afastei meus lábios por um minuto, enquanto tirava dela suas peças íntimas, que era só o que ela havia tido tempo de trajar após o banho. Tendo ela em minha frente, completamente nua, pude sentir intensificar-se o desejo que queimava em meu corpo.
Voltei a beija-la. Comecei por seus lábios e fui passeando por seu pescoço, seus seios, sua barriga, até encontrar sua intimidade. Toquei-a com alguns dedos e pude sentir que ela estava excitada. Ouvi-a arfar. Aproximei meus lábios, freando durante um longo segundo, muito perto de seu sexo, e depois comecei a chupa-la, fazendo-a gemer de tesão, até eu sentir seu corpo estremecer e seu gemido mais profundo.
Giovana me puxou, deitando-me ao seu lado e, enquanto me beijava, se virou e ficou sobre meu corpo, me dando um dos melhores prazeres que eu já tinha sentido.
- Uau! - exclamei. - Dizem que o sexo dê reconciliação é ótimo, mas nunca haviam mencionado que o sexo pós-declaração é maravilhoso também.
- Posso ser honesta? Com você, todos são. - disse enquanto se aproximava para beijar meus lábios, não me permitindo uma resposta.
- Eu te amo - ela disse, tocando meus cabelos.
- Eu também. E não é pouco. - respondi, sorrindo.
- Então é isso, né? Acho que nos amamos mesmo.
Ela me abraçou, mas agora parecia um pouco incomodada.
- O que você acha que vai acontecer, Bá? Eu nem imagino o que ela vai nos falar, se vamos perder nossos empregos, se... Não sei!
- Eu também não imagino, amor, mas tenho certeza de que, do jeito que for, nós vamos encontrar uma solução juntas.
- Disso eu sei também. Nós daremos um jeito.
- Então perfeito. Só precisamos ser sinceras, com ela e com nós mesmas, e, no fim, tudo ficará bem. - falei abraçando-a novamente. - Agora, o que acha da gente encontrar algo pra comer? Já faz tempo que almoçamos, hein.
- Acho uma ótima ideia.
Depois de um pequeno lanche e mais demonstrações de afeto, fomos nos deitar, juntas, como se nada mais importasse: apenas aqueles dois corpos e duas almas se tocando em legítima harmonia.
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No meio de tudo, Você!
RomanceBárbara, recém-formada na universidade, começa sua vida profissional como professora em seu antigo colégio. Lá, ela se aproxima de Giovana, sua colega que, em meio a um pouco de caos em sua vida, encontra na cumplicidade de Bárbara o caminho para su...