Aquele sábado tinha tudo para ser um dia tranquilo. Gio já estava aliviada por saber que Patrick estava bem. Ele mesmo já havia esfriado a cabeça a entrado em contato com ela:
Patrick:
Giovana, peço desculpas pela minha reação. Eu fiquei muito surpreso com tanta informação e preferi sair antes que perdesse a cabeça. Queria dizer que te entendo, e que você merece ser feliz.
- O que eu posso responder? - me indagou.
- Ah, eu acho que ele foi bastante gentil, né? Diz que também entende a reação dele e deseja felicidades também...
Giovana:
Eu compreendo, Patrick. Também foi difícil pra mim. Acho que nós dois merecemos ser muito mais felizes do que éramos juntos. Me desculpa por qualquer coisa e espero que esteja tudo bem entre nós.
- É, amor. Nem acredito que essa tensão toda acabou. Agora posso respirar tranquila.
Estava em dúvida se abria logo o jogo sobre o que Pedro me contara, ou se deixava ela relaxada e contava apenas amanhã. Decidi que ainda não era hora, seria uma péssima forma de iniciar o dia. Por enquanto, aproveitei aquela manhã de sábado com ela tranquila do meu lado.
Depois de levantarmos da cama, tomamos um café juntas e tivemos a ideia de planejar um almoço de domingo, convidando os nossos amigos mais próximos. Seria a primeira vez que meus amigos conheceriam os amigos dela, e vice-versa. Desta forma, acabamos passando a manhã inteira planejando e comprando tudo e decidimos ir almoçar em algum restaurante do shopping, para aproveitar nossa ida até lá.
Já tinha falado com a Rafa, que confirmou que iria com o Fer. O Gui ainda não tinha respondido, deveria estar de ressaca ainda, mas ele sempre topava tudo. E a Gio tinha convidado só o Pedro, que também tinha confirmado.
Na hora de almoçar, escolhemos comer em um restaurante japonês. No meio de nosso almoço, avistei Dona Lúcia nos encarando, olhei pra ela assustada, pela cara que ela fazia. E quando Gio percebeu para quem eu olhava com aquela expressão, perguntou o que estava acontecendo.
- Gio, eu preciso te contar algo.
- O que foi, Bárbara? O que tá rolando?
- O Pedro me contou, a Lúcia foi procurar por mim ontem no intervalo. Quando viu que eu já tinha saído, perguntou sobre você.
- Como assim, Bárbara? Quando ele falou isso?
- Ontem a tarde, li depois que você saiu...
- E você tá me contando isso só agora?
- Desculpa, Gio. Eu realmente achei melhor não te contar ontem, já que sua cabeça estava ocupada com outra coisa. E depois... Eu preferi te deixar esfriar a cabeça sem ter com o que se preocupar de novo...
- Isso não pode ser verdade.
- Calma, Gio. Não tem porque a gente se estressar agora. De um jeito ou de outro, segunda-feira teremos uma reuniãozinha com a Sra. Diretora...
Giovana demonstrou estar muito desanimada com isso, ficou por uns minutos calada, até que resolvi interromper seu silêncio:
- Amor, o que importa é estarmos juntas pra superar tudo isso. Deixa o resto pra lá.
- Tem razão, a gente vai passar por isso.
Terminamos nossos almoços e saímos do shopping, direto pra casa de Gio. Tínhamos praticamente tudo comprado já, só faltava levar lá pra casa, onde faríamos o almoço.
- Amor, eu preciso ir. Prometi que visitaria meus pais esta tarde. Mas acho uma boa você ir lá pra casa hoje a noite, pra gente já começar os preparativos, né? - eu disse piscando.
- Quem sabe? Vamos deixar essa ideia em aberto, depois você tenta me convencer melhor.
Nos despedimos com um beijo e eu fui pra minha casa. Tomei um banho, me troquei e fui visitar minha família.
Passei uma tarde tranquila, contei como estava meu emprego, agora com as provas se aproximando, contei como estava me saindo morando sozinha e, basicamente, como estava me virando.
Tomei um delicioso café da tarde, repleto de coisas boas, e fui pra minha casa. Assim que cheguei, já fui falando com Gio.
Bárbara:
Cheguei em casa tão carente. Queria que alguém pudesse dar um jeito nisso.Giovana:
Por que tá carente, hein?Bárbara:
Sair da casa dos meus pais e lembrar que tenho que ficar nessa casa toda aqui sozinha é meio triste.Giovana:
Que pena! Se eu não tivesse outros planos pra noite, juro que iria aí te fazer carinho.Bárbara:
Ahh! Mas sem problemas, eu posso pedir pra outra pessoa.Giovana:
Credo, como você é sem graça. Sabe nem brincar. E em 20 minutos tô aí, nem pensa em chamar outra, viu, mocinha...Bárbara:
Sabia que conseguiria te convencer fácil. Tô te esperando, delícia.Pouco tempo depois, pude perceber seu carro se aproximando, então já abri o portão da garagem e esperei ela entrar.
- Ahhh, como senti sua falta! - falei enquanto beijava seus lábios.
- Imagina eu que fiquei a tarde toda sozinha em casa, sem essa boquinha - tocou meus lábios com um dos dedos - pra me fazer companhia.
- Que bom que agora você tem. Vem cá - puxei-a indo em direção às escadas - deixa eu te mostrar do que estes lábios aqui estão sentindo falta.
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No meio de tudo, Você!
RomanceBárbara, recém-formada na universidade, começa sua vida profissional como professora em seu antigo colégio. Lá, ela se aproxima de Giovana, sua colega que, em meio a um pouco de caos em sua vida, encontra na cumplicidade de Bárbara o caminho para su...