capítulo 18 part. 2

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- Estou tentando seguir a vida - ele admitiu - Para ajudar vocês, minhas filhas, a seguirem em frente também. Mas é uma mer... Um saco... Tentar deixar para trás uma das melhores coisas da sua vida. Sua era a melhor mulher do mundo Jessie. E quando você crescer, será como ela. Meu Deus! Inclusive, você de parece mais com ela a cada dia. - ele suspirou - Cacete... Err... Quer dizer, saco.
Eu ri.
- Pai, você não pode me proteger de tudo. De palavras como merda e cacete... já ouvi muito piores.
- Aaaah. Bem, contanto que você não as use, garota perigosa - ele continuou - É disso que eu estou cercado. Inteligência, beleza e perigo.
Bem, eu concordaria com duas das três. Beleza? Pais são criaturas destinadas a achar que seus filhos são lindos. Se não fossem assim, o que eles poderiam dizer da parte deles que compõe a mistura?
- E você não trocaria isso por nada.
- É verdade - ele admitiu - O que está passa do em sua cabeça?
- Tenho de necessariamente ter algo em mente o tempo todo?
- Sempre há - garantiu - Todas vocês... Você, sua mãe, Annabelle Lee... Sempre pensando. Então, o que é?
Peguei um cadeira e me sentei.
- Eu estava pensando em voltar a montar. Em participar de eventos.
- É mesmo?
Olhei para ele por sob meus cílios. Nossa! Rímel realmente os deixava mais longos.
- Sim.
- Eu não sabia o que você faria, depois que ela morreu. Foi...
- Ééé... - arrastei a palavra - Era uma atividade que nós duas praticavamos juntas.
- Vá em frente.
Senti minha cabeça pular.
- O quê?
- Vá em frente. As vezes volta e a fazer essas coisas... Que nunca mais serão as mesmas... As vezes isso é Bom, de alguma forma. Ajuda a superar a situação. Ela ficaria feliz com isso Jessie. Tenho certeza de que ela ficaria feliz.
- O Golden Jumper está chegando.
- Você perdeu a data de inscrição- disse ele - Quer dizer, não que eu tenha ido atrás para saber.
Bufei.
- Mas em breve acontecerá outro evento de saltos - completou.
- Tenho um contato forte dentro do Golden Jumper.
Meu pai arqueou as sobrancelhas.
- O garoto para quem dou aulas de montaria. Ele pode me colocar no evento.
- E o que ele esperar receber em troca?
- Nada pai.
Foi difícil ignorar a expressão cética de meu pai.
- Jessie.
- Eu juro, nem todos os garotos...
Ele piscou para mim.
- Está bem - continuei. - Mesmo que ele espere receber algo, o que não acontece, isso não quer dizer que eu ofereço alguma coisa. Por Deus pai. Eu não sou idiota.
- Muitas garotas que não são idiotas oferecem todo tipo de coisas para os garotos.
- Eu não sou muitas garotas.
- Está bem - ele levantou as mãos - Mas se ele pensa que...
Meu pai balançou a cabeça resmungando. Eu emendei:
- Devo informa-lo de que o senhor vai arrebentar a cara dele, certo? E, em seguida, perguntar se ele sabe o que é ter a cara arrebentada pelo senhor - eu disse lentamente.
Ele foi, mas seu olhar ainda se lançava em minha bochecha. Onde o ferimento desaparecia.
- Assim está ótimo.

Sarah me telefonou para fazer o relatório da semana de Pietr. Parecia uma forma de intensificar o castigo, mas segundo meu pai, a única pessoa de quem eu poderia atender os telefonemas era de Sarah. Ele disse que, como eu está a destinada a ajuda-la, talvez eu também me ajudasse no processo. Porém, eu sabia que o que ele realmente esperava era que eu mudasse de atitude ao ouvir Sarah falar e falar sobre Pietr. O namorado dela.
Consegui evitar algumas ligações de Sarah, mas não ligações suficientes.
- Ele olha para o relógio o tempo todo - ela reclamou - A cada cinco minutos. Independentemente do que estamos fazendo. É como se ele tivesse alguma existência clandestina para a qual não  vê a hora de voltar. Isso é frustrante. - choramingou- Pietr simplesmente não consegue manter o foco em mim.
- Sarah - comecei buscando as palavras certas - Talvez ele tenha outra coisa em mente... Quero dizer, algo além de dar uns amassos.
- Você não fica com ninguém há algum tempo, não é Jessica? - disse Sarah, em meio a gargalhada - Dae uns amassos é tudo o que os caras querem.
Leeeegal.
- Você já pensou na hipótese de Pietr conseguir pensar em mais do que apenas nisso?
Meu. Deus. Eu estava realmente disposta a dar conselhos para ajuda-la? Para ajuda-la a ficar com Pietr? Coloquei minha mão na testa, lutando para evitar que meu cérebro explosões e para fora do crânio. Que situação péssima. Mas ajuda é Sarah poderia ajudar Pietr também. Estremeci.
- Talvez você devesse tentar conversar mais - meu estômago se rebelava só de pensar na possibilidade de eles construírem uma ligação verdadeira. Atração física era reversível, mas emoções verdadeiras eram difíceis de serem desfeitas.
Eu sabia muito bem disso, afinal, não consegui desfazer a emoção verdadeira que sentia por Pietr. Em vez disso, era a emoção que ameaçava me desfazer. Cai de costas na cama, dando um suspiro.
- Você está bem?
- Sim. Veja Sarah. Se você quer Pietr, se quer Pietr de verdade... Então converse com ele. Sobre qualquer coisa. Ele é muito inteligente.
Por mais que eu quisesse ser a garota a conversar com Pietr, as coisas não andavam funcionando desse jeito.
- Jessica, algumas de nós não nos preocupamos tanto com quão inteligente um cara é - Ela resmungou.
- Sarah, converse com ele. É disso que ele realmente precisa.
Silêncio do outro lado da linha.
- Estive pensando em outra coisa de que ele poderia precisar - admitiu Sarah timidamente.
Lutei oara conseguir respirar. Meus olhos se fecharam contra a imagem de Sarah usando sua astúcia em Pietr.
- Sarah, você é mais inteligente do que isso! - resmunguei. Ela suspirou.
- Talvez.
Eu não aguentava mais.
- Eu... Eu preciso desligar.
Desliguei o telefone e acabei de me ajeitar na cama, tremendo, contorcida em meu travesseiro enquanto minhas lágrimas escureciam a fronha.

Cavaleiro com Rio pelo pasto e pela colina maquia noite. Juntas, corremos pela Fazenda, buscando qualquer coisa para pular. Qualquer coisa que nos desafiasse.
Só voltamos quando estávamos suadas e salpicadas de espuma.
Durante aquele passeio, tomei algumas decisões. Eu me prepararia pata o Golden Jumper. Continuaria amiga de Cat, ajudando os Rusakova como eu pudesse. E consideraria a ideia de ficar com Derek e deixar Pietr no passado.
Meu coração partido seria curado.
As coisas voltariam ao normal.
Eu me envolveria com minha vida nova e normal. Cavalgar, cumprir minhas tarefas na fazenda, ir para a escola, cuidar do jornal e ter um namorado lindo e não lobisomem, que possivelmente ganharia uma bolsa na faculdade por ser um ótimo jogador de futebol. A normalidade. A vida voltaria a ser boa.
Porque a vida tinha de se tornar melhor do que isso.

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Eu já falei o quanto odeio a Sarah?
Então, eu odeio ela! Ranço eterno!
Sem revisão pessoas...

O segredo das sombras (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora