- Que diabos...
- Nossa! - escrever ou Amy quando Pietr tomou seu lugar em nossa mesa do almoço.
- Eu sei... Está horrível, não está? - cochicho Sarah com uma voz etérea. Ela estendeu um dedo insolente para tocar o curativo que se estendida da sobrancelha a maçã do rosto de Pietr. Todos na mesa ficaram paralisados, boquiabertos.
Todos exceto Pietr e nossa mais nova agregada, Cat, que tinha mudado seu horário de aulas para poder almoçar com a gente. Pietr tardou a comida e começou a comer.
Cat sacudiu a cabeça e franziu os lábios enquanto brincava com um canudo, fazendo barulho.
A maioria de nós estava lá uma vez que Pietr quase estourou a cabeça durante um passeio arriscado de quadriciclo. Passamos dez minutos extremamente assustadores enquanto ele permanecia deitado na lama, sangrando... morrendo.
Cat e Max o reavivaram e ele se recuperou extraordinariamente rápido. Quando vi aquilo, achei que só poderia ser mágica. Mas não era. Era ciência nua e crua que mantinha Pietr vivo. Graças a sua capacidade de cura extraordinária, ele só precisou usar um simples curativo durante alguns dias.
Mas dessa vez o curativo era muito, muito maior. O que significava que ele tinha sido muito, muito mais burro.
- O que você fez aí? - perguntei.
Pietr não respondeu. Ele me encarou e lançou um olhar para trás de mim. Para o relógio.
Cat respondeu:
- Ele caiu de uma árvore. Sobre algumas pedras. De cabeça.
Cat apertou o maxilar e olhou para Pietr. Amy lançou um olhar torto em minha direção.
- Por que você estava em uma árvore? - questionei. Cat respondeu novamente.
- Curiosidade
Amy sorriu:
- Mas a curiosidade matou...
- O gato? Da - respondeu Catherine, sem nunca perder o ritmo - Irônico não é mesmo? A diferença é que a curiosidade só faz Pietr começar as coisas. Um dia, a burrice certamente vai terminar o trabalho.
Pietr olhou para ela e virou os olhos. Em seguida, voltou a atentar-se ao relogio.
- Quem deu os pontos Cat? - perguntei a ela depois que percebi que Pietr era um caso perdido.
- Max. Recentemente, eles andam passando muito mais tempo juntos, envolvidos em atividades para homens - Cat deu de ombros.
Nada reconfortante. Se eu fosse até o dicionário e procurasse o significado de "hedonista", tenho certeza de que encontraria uma foto de Max lançando aquele sorriso malvado para mim. A teoria dele era simples: Faça o que lhe faz bem, viva o momento. Simplesmente divirtia-se.
E por que não? Como o maus velho dos Rusakova, Max estava mais próximo da morte do que os outros. Seu relógio interno começaria a correr tão rápido como se alguém tivesse dado corda.
Quando Pietr levantou para levar a bandeira, eu o segui.
- Escute aqui, seu idiota - bravejei - Eu não estou nem aí se você não quer mais me ver. Você é passado, entendeu? Divirta-se o quanto quiser com Sarah. Você tem minha aprovação. Mas pelo amor de Deus Pietr - minha voz vacilava - Lembre-se de que sou sua amiga.
Eu o agarrei pelo braço. Pietr puxou seu braço de volta, irritado. Continuei:
- Pare de tentar se matar. Por mais que eu esteja louca, não quero ver você ferido - as últimas palavras saíram suaves, um murmúrio triste e sincero - Ainda sou sua amiga. E me importo com o que acontece com você.
De repente, Derek estava ao meu lado. Envolvendo meus ombros com um de seus braços, ele encarou Pietr.
- Ele está causando algum problema para você?
- Mais do que você imagina- admiti, livrando-me do abraço de Derek e correndo para longe.Naquela tarde, enquanto trocava os livros para a próxima aula, vi algo fora de lugar em meu armário. Mais do que algo fora de lugar (o que descreveria quase tudo o que havia em meu armario), algo novo. Uma nota . De Pietr.
Jess, não posso ser seu amigo. Sinto muito.
Então escrevi uma nota para ele. Uma nota simples que resumia o que eu sentia naquele momento.
Idiota. Você é um burro, um idiota.
Passei o bilhete pela pequena grade que havia sobre a porta do armário de Pietr e pude ouvi-la cair sobre o que quer que houvesse lá dentro. Respirei fundo.
E me lembrei das palavras de minha mãe: "Nunca escreva algo de que você possa se arrepender depois".
Segurei o puxador do armário, sacudindo a porta. Estava fechada. Em Junction High, os computadores viviam em tela azul e os bebedouros viviam vazando. O armário de Pietr, todavia, era a única coisa que funcionava perfeitamente bem naquela escola. É claro.
- Você está bem?
Derek.
Dei meia volta. Ele se apoiou contra os armários do outro lado do corredor, braços cruzados, cabeça inclinada e me observando. A diversão parecia aumentar em seus olhos azuis conforme eu brigava contra o armário.
- Sim - resmunguei, tentando abrir aquela porta uma última vez. E dando um chute.
Derek atravessou o corredor e pegou minha mochila, tocando contra meu ombro. Comi resposta meu corpo formigou.
- Eu posso levar.
- Eu sei. Mas deixe um cara fazer algo gentil para variar, está bem? - ele piscou para mim. - Nem todos nós somos babacas.
Pisquei e deixei Derek me levar até a sala de aula.Continuei tomando o ônibus normalmente todos os dias. Em muitos deles, Pietr chegava atrasado; outros dias, adiantado. Eu tentava não atentar aquilo.
Sarah se tornava mais cansada a cada dia. Os resultados da exaustão se acumulavam e se tornavam evidentes quando ela gritava, nervosa, antes de se recompor. Ela rapidamente se desculpava pelas coisas que dizia, exceto quando o problema era com Amy.
Eu não sabia qual lado dela reagia mais rapido: a garota boa procurando um caminho melhor ou a garota cruel que ela fora no passado.
Ela não se abria sobre seu problema, mas eu poderia apostar que era algo que a perseguir durante o sono.
Derek me levava até a sala de aula regularmente. Fiquei tentada a lançar perguntas sobre Jenny, sua ex-namorada, quando a vi nos observando uma vez. Ele simplesmente se aproximou dela, disse algumas palavras suaves e a tocou no ombro. Ela sorriu lentamente, mas até aquilo era uma grande melhora, considerando quão triste ela andava.
Derek sentou -se ao meu lado assim que surgiu uma oportunidade. Entretanto, não ficou com a gente durante o almoço. Aparentemente, esse terreno ainda pertencia a Pietr. Mas Derek fez sua presença ser percebida. Assim como seu desgosto por Pietr.
Derek se aproximava de mim sempre que podia, segurando minha mão, acariciando meu braço, tocando em minha bochecha. Ele tentou me beijar uma vez, mas eu me esquivei tão rápido que ele quase enterrou seus lábios no armário. Não que beija-lo não fosse interessante...
Mas parecia uma traição a Pietr. Embora Pietr estivesse longe de me beijar.
As coisas se tornavam confusas em minha vida conforme eu me focava em sobreviver. Eu era um robô, todos os movimentos eram mecânicos; nenhum deles parecia orgânico. Eu cumpriria as tarefas na fazendo, fazia as lições da escola, cavalgada com Rio e evita a Wanda.
Todos iam para frente, menos eu. Eu estava presa ao passado e ao que poderia ter sido. Talvez isso também fosse normal.********
Capítulo sem revisão pessoinhas
VOCÊ ESTÁ LENDO
O segredo das sombras (CONCLUÍDO)
De TodoJéssica não é mais a mesma garotinha rural. Desde que se apaixonou por Pietr, um lobisomem russo, sua vida se misturou com uma complexa trama de poderes envolvendo a família do rapaz. Pietr e seus familiares são os últimos indivíduos de uma linhagem...