Tomei banho, vesti-me, lavei os dentes, fui buscar a minha mala ao quarto e fui em direção à porta para ir embora.
— Vais sair?
— Sim...
— Vais fazer o quê?
— Depois eu conto-te tudo.
— E o teu pai? Ele não estava de folga hoje?
— Estava... mas mandou-me mensagem a dizer que afinal tinha que ir trabalhar.
— Não fiques assim. Ele vai compensar-te. Tenho a certeza.
— Não quero pensar nisso agora. Até logo.
— Xau.
Sorri e fui então embora. Chamei um táxi e fui para o local onde tinha combinado com o Connor.
Sim, eu ia-me encontrar com o Connor. Nós falámos e eu decidi que queria que nos encontrássemos para que eu tomasse uma decisão sobre nós.
Mas eu acho que já tenho a minha decisão tomada.
Entrei então na pastelaria onde ele me tinha convidado para tomar o pequeno-almoço. E ele já lá estava. Aproximei-me dele e sorri.
— Estava com medo que não viesses.
— Porquê? Eu disse que vinha não foi?
Ele assentiu com a cabeça e sorriu. Puxou uma das cadeiras e eu sentei-me nela. Agradeci-lhe e ele sentou-se na minha frente.
Pedi-mos o nosso pequeno-almoço e logo o empregado nos trouxe. Durante isso não foi dita qualquer palavra.
Estava um pouco triste de as coisas estarem assim entre nós.
Ele antecipou-se e acabou por tocar logo no assunto e ser direto. Como eu gosto.
— Eu não quero que isto continue assim entre nós. E eu vou ser muito direto. Eu gosto muito de ti e eu só queria saber a decisão que tomaste. Por mais que essa decisão possa nos distanciar mais ainda.
— Ainda bem que vais tão direto ao assunto. Gosto que sejas assim. E isso vai ajudar muito.
— Ajudar em quê?
— No que possamos ser no futuro.
— Se gostas que eu seja direto, sê tu também.
— Eu acredito em ti.
Ele olhou para mim com os olhos bem abertos e depois sorriu. Passou a mão pela minha bochecha e falou.
— Estás mesmo a falar a sério?
— Sim...
Então ele puxou-me para si e abraçou-me.
— Vamos dar uma volta?
— Onde?
— Onde tu queiras ir. Um sítio bonito.
Deixei o dinheiro em cima da mesa pagando o dele, mesmo ele não querendo e fomos a pé para o sítio pois eu tinha um em mente.
Mas mesmo antes de sair, ele sussurrou no meu ouvido.
— Obrigado por acreditares em mim.
Sorri e fomos então para o sítio que tinha pensado. Tinha lá estado depois... enfim... daquilo que aconteceu com o Connor e a Yura. Ajudou-me a pensar e acalmar. E sabia que isto seria o sítio perfeito para estarmos um pouco sozinhos e juntos.
Não sabia se ele queria assumir alguma coisa ou apenas queria deixar isto apenas como uma coisa do momento.
O facto é que eu queria mesmo alguma coisa séria e ele também me disse que está apaixonado por mim. Acho que já é alguma coisa, não?
— Isto é lindo...
Ele olhou tudo o que estava à nossa volta com um brilho nos olhos. Era cheio de plantas, principalmente flores, árvores cheias de fruto e muita relva bastante verde, com um lago com água muito transparente.
— Isto é perfeito para...
— Para?
— Nada... não é nada.
Ele esticou a mão e eu não percebi à primeira. Mas logo percebi. Sorri e envolvi a minha mãe na sua. Ele sorriu também e puxou para perto do rio.
Sentamos-nos na relva ainda de mãos dadas e ficámos calados durante algum tempo.
— Já conhecias isto?
— Sim. Vim para aqui quando... quando te vi com a Yura na sexta-feira.
— Desculpa... desculpa ter-te feito sentir dessa maneira. Eu nunca te quis, não quero nem nunca te vou querer magoar.
— Eu sei... eu acredito em ti. Mas também não ia acreditar numa pessoa como a Yura.
— Era demasiado evidente. Pensei que nunca mais me irias querer ver.
— Eu não gosto de julgar as pessoas antes de as ouvir.
— Obrigado. Mais uma vez.
Ele sorriu e pediu permissão para alguma coisa. Não entendi mas depois ele apontou para o meu colo. Logo entendi e deixei-o deitar lá.
Ele logo se deitou e comecei a passar a minha mão nos seus cabelos. Como eles eram macios. E cheiravam bem. Ele logo sorriu e fechou os olhos.
— Estás a gostar?
— Muito.
Sorri e olhei para o lago. Estava tão perdida na beleza daquele lugar que não percebi que ele se tinha levantado e logo senti os seus lábios na minha bochecha.
— O que é que estás a fazer?
— Queria chamar a tua atenção. Parecia que estavas a sonhar acordada.
— E estava.
— Comigo?
— Talvez...
Ele ia-se aproximando cada vez mais de mim. Passou a mão pela minha bochecha e pelo meu pescoço e logo a deixou no meu cabelo. Encostou então as nossas festas, roçando os nossos narizes.
Ele estava um pouco receoso com a minha reação e eu acabei por eu tomar a iniciativa. Beijei-o. Ele paralisou mas logo se deixou ir. O beijo era calmo, muito calmo. Era uma sensação nova.
Nunca tinha beijado uma pessoa a sério e estava a ser maravilhoso.
2 horas depois.
Entrei em casa feliz. Muito feliz.
Mas a minha felicidade se foi um pouco quando percebi que o meu pai ainda não estava em casa.
Respirei fundo e sacudi a cabeça para não pensar mais nisso.
— Então? Já me podes dizer o que foste fazer para estares tão feliz?
— Sim.
Sentei-me ao lado dele e ele endireitou-se no sofá, ficando de frente para mim.
— Eu fui ter com o Connor.
— E então? Como é que ficaram as coisas?
— Eu perdoei-o. Depois fomos para o sítio onde tu foste ter comigo da outra vez, beijamos-nos e ele pediu-me em namoro. Foi... maravilhoso. Ele é maravilhoso.
— Eu gosto de te ver feliz. E se ele te faz feliz, eu só espero que continuem bem. E que continuem juntos.
— Obrigada. Eu adoro-te.
Abracei-o. Ele ficou surpreso mas logo também rodeou o meu corpo com os seus braços.
— Parte da minha felicidade deve-se a ti.
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My Sweet Ghost | Xiumin
FanfictionO que farias se te mudasses para uma casa onde vive um espírito? Alex nunca pensou ficar tão ligada a um ser sobrenatural. ✅ CONCLUIDA ➼ copyright © xisweet 2018 | todos os direitos reservados