Alex
Depois de acabar de comer ainda fiquei lá algum tempo e depois fui para o meu quarto enquanto o Xiumin foi fazer... não faço ideia o que ele foi fazer. Às vezes quando falo com ele (não é assim há tanto tempo), ele parece-me uma pessoa completamente normal. Talvez possamos ser bons amigos.
Dei uma olhada por toda a matéria que iria dar até ao fim do ano. Eu sempre fui boa aluna e as aulas não foram nada más hoje. Além de que entrei quase a meio do ano. A matéria é dada da mesma maneira por isso não vai ser complicado.
Depois fui um pouco para o computador e acabei por receber um pedido de chamada-vídeo da Zoe.
Chamada-vídeo
— Parece que os ares da Coreia te fazem cada vez mais bonita.
— Podes parar com o flirt e dizeres-me o que queres — ela riu-se.
— Queria saber como estão a correr as coisas.
— Estão a correr bem. As aulas começaram hoje e já tenho um amigo.
— Um amigo? — ela fez uma cara de desconfiada.
— Sim. Um amigo. A única pessoa que falou comigo até agora daqui.
— Então aproveita. Não só como
amigo.— Tu não tens amigos rapazes também?
— Tenho. Mas acho que já curti com todos eles.
— Mas isso és tu. Ele é giro sim, mas não quero ser mais que amiga dele.
— Mas ele trata-te bem? Não está a ser fingido nem nada?
— Não. Eu já passei por isso. Eu sei quando as pessoas estão a ser falsas comigo.
— Espero que sim. Não quero nada que te sintas sozinha.
— É impossível sentir.
— Quê? — acho que disse asneira.
— Tenho sempre a tua companhia quando quiser, não é?
— Claro. Sempre que quiseres. Mas agora tenho de desligar. Amanhã falamos. Beijinhos. Adoro-te.
— Até amanhã. Também te adoro.
Fechei o computador e então decidi dormir um pouco. Não dormi quase nada esta noite.
5 horas depois.
Já tinha jantado com o meu pai e não voltei a ver o Xiumin. É estranho mas estou preocupada. Mas também não devia. Ele não ia ficar ali na visão do meu pai. Mesmo que ele não o consiga ver.
Tomei um banho, lavei os dentes e vesti um pijama curto pois estava muito calor. Já estava a deitar-me quando alguém bate à porta.
— Entra, pai. Mas já estou para ir dormir.
— Não é o teu pai — ele disse entrando e fechando a porta atrás dele.
— Estás parvo? Porque é que bateste à porta? Queres que o meu pai ouça?
— Desculpa. Mas queria ver o que dizias se entrasse aqui sem dizer nada.
— Tens razão. Desculpa. Senta-te.
Bati no colchão da cama para que ele se sentasse ao meu lado. E assim fez.
— Queres me dizer alguma coisa?
— Queria te pedir desculpa.
— Já pediste.
— Não é por isso. É por aquilo de há bocado há hora de almoço.
— Não tens de pedir desculpa. Não há nada que pedir desculpa.
— Tenho sim. Fiz demasiadas perguntas e meti-me na tua vida.
— Não faz mal. Só estás curioso. Eu também sou muito curiosa. E tu fazes-me suscitar muito essa curiosidade.
— Eu não escondo nada. Talvez esconda, mas também esteja escondido de mim próprio.
— O quê? — eu já não estava a perceber nada daquela conversa.
— Esquece. Mas quero que saibas que apesar de ser como sou e nós conhecermos há uns dias, podes confiar em mim. Se precisares de alguém para falar ou desabafar.
— Obrigada. Digo o mesmo de ti.
— Até amanhã.
— Até amanhã.
Ele então saiu do meu quarto passando através da porta. Por mais que seja estranho, não me faz diferença nenhuma ele ser diferente. Aliás, até é bastante divertido.
Dia seguinte.
Acordei com o despertador. Não tinha saudades nenhumas disto, mas tenho de me habituar.
Levantei-me e fui para a casa de banho tomar um banho e vestir-me.
Quando saí do quarto vi que o carro do meu pai já não estava à frente da casa, ou seja, já não estava em casa. O meu pai um dia apanha um esgotamento.
Fui para a cozinha e tomei o pequeno-almoço. Depois voltei para o quarto para ir buscar a mochila e passei um maquilhagem leve. Quando estava para sair de casa, sou surpreendida pelo Xiumin por trás de mim.
— Vais para escola?
— Bom dia para ti também. E sim, vou para a escola. Infelizmente — ele riu-se e aproximou-se de mim.
— Bom dia. Então boa sorte. Eu não sei se é como era quando eu andava na escola mas era bem puxado. Tenho pena de ti — ri-me com o comentário dele.
— Obrigada. Eu volto à hora de almoço.
— Até logo.
Pus a mochila às costas e fui ter ao pé do táxi. Tinha-o chamado quando ainda estava a maquilhar-me.
30 minutos depois.
Quando cheguei à escola vi logo o Connor na entrada da escola. Devia estar à espera de alguém.
— Bom dia — ele disse vindo ter comigo.
— Bom dia.
— Queres vir dar uma volta comigo?
— Não estás à espera de ninguém?
— Estava... estava à espera de ti. Anda.
Ele agarrou no meu braço e puxou-me para trás da escola.
Ainda não sabia mas a escola tinha o jardim por trás e ele levou-me para lá. Ele sentou-se num banco e eu sentei-me ao seu lado.
— Acabei de perceber que ainda não nos conhecemos muito bem. O que tens a dizer-me sobre ti?
— O meu nome é a Alexandra, mas ninguém me chama isso. Tenho dezassete anos. Sou filha única. Mudei-me para aqui há quase uma semana e não sou totalmente coreana.
— És australiana?
— Sou.
— Temos uma coisa em comum, falamos inglês. Nasci nos Estados Unidos. Mas tenho dezoito anos mas vivo cá desde os meus dez anos.
Eu sorri para ele e ele também sorriu. Olhei para a frente e vi três raparigas a rirem e apontarem para nós. Para mim.
— Não lhes ligues. Elas são daquelas raparigas que não tem cérebro — ele disse agarrando na minha mão, o que me fez levar um susto — desculpa — ele disse afastando a mão da minha.
Mas eu sorria por dentro.
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My Sweet Ghost | Xiumin
Fiksi PenggemarO que farias se te mudasses para uma casa onde vive um espírito? Alex nunca pensou ficar tão ligada a um ser sobrenatural. ✅ CONCLUIDA ➼ copyright © xisweet 2018 | todos os direitos reservados