Uma semana depois.
Uma semana se passou e a minha vida parece que finalmente está a correr como sempre sonhei.
O meu pai este fim de semana do trabalhou de noite, por isso passámos praticamente o fim de semana todo juntos. E diverti-me imenso. Até fomos à praia.
Na escola, desde que comecei a namorar com o Connor, que a Yura nem as amigas dela me voltaram a chatear.
O meu namoro com o Connor também está ótimo. Ele é um doce, bastante compreensivo e carinhoso. Às vezes até demais. Mas eu gosto. Estou a gostar mesmo dele e nunca me senti tão feliz.
Agora o Xiumin tem sido uma "pessoa" muito importante para mim. E acho que vocês já perceberam isso. Temos andado cada vez mais próximos mas ainda não consegui perceber o que ele esconde do seu passado. Mas se é algo que ele não me conta é porque deve ser alguma coisa que lhe custa falar. Por isso, não vou insistir.
Tomei o pequeno-almoço com o meu pai, coisa que é raro acontecer. Despedi-me dele e do Xiumin e fui para a escola.
Quando lá cheguei, não vi o Connor em lado nenhum, então fui até ao pátio e sentei-me lá, lendo o livro que tinha escolhido para apresentar daqui a uma semana.
Fiquei pouco tempo ali sozinha pois logo senti alguém abracar-me por trás.
— Bom dia.
Levantei-me e olhei para ele, que me beijou, rapidamente. O beijo estava a durar mais do que o normal e comecei a ficar desconfortável.
— Connor, aqui não. Está muita gente.
Ele olhou para mim algum tempo mas em seguida puxou-me pelo braço e fez-me andar sei lá bem para onde.
Quando parámos, percebi que estávamos nas traseiras da escola, onde ninguém vai, e se for, não é para fazer coisas muito corretas.
O Connor empurrou-me com cuidado contra a parede e começou a beijar-me novamente.
— Pudemos aproveitar um pouco, não achas?
— Concordo plenamente.
4 horas depois.
A nossa turma e algumas pessoas da turma da Yura têm aulas connosco à terça-feira, por isso tive que levar com olhares e comentários por parte dela e das suas amiguinhas. Mas tentei não ligar. Até porque tinha o Connor do meu lado a tentar distrair-me. Ele também ouvia os comentários.
Quando as aulas acabaram, estava a arrumar as minhas coisas, quando ouvi a Yura a falar com as amigas, mais alto do que era suposto. Ou era mesmo suposto.
— O meu telemóvel e algum dinheiro desapareceu da minha mochila. Acham que eu o perdi?
— De certeza que alguém roubou.
— É também acho. Quem acham que foi? Ah, claro só podia ser aquela novata que nem devia estar aqui. No país dela, em vez de irem à escola, devem-lhe ensinar a roubar.
Estas semanas tenho-me controlado mas aquela rapariga merecia dois pares de estalos bem dados naquela carinha cheia de maquilhagem.
— Mas tu pensas o quê? Que toda a gente desta escola é como tu? — aproximei-me dela.
— Ah... ela fala também.
Levantei a mão para lhe dar um estalo mas alguém me segura o braço.
E ainda bem, pois não estava a pensar nas consequências do meu ato.
— Não faças isso, Alex. Ela não merece que arranjem problemas por causa dela. E tu, Yura, vê se aprendes uma coisa. Não é por tratares assim a Alex que eu vou voltar para ti. Assim ainda me dás mais razões para não gostar de ti. E eu tenho a certeza que escondeste as coisas de propósito só para a acusar. Mas ficas avisada, se voltas a fazer algo parecido, vais-te arrepender para o resto da vida.
Quando ele acabou de falar, eu fiquei chocada olhando para ele. Vi que a Yura também ficara um pouco assustada.
Puxou-me para fora da sala e fomos andando para a saída da escola.
— Nunca pensei que pudesses ser assim.
— Desculpa, Alex, mas ela enerva-me.
— Não tens de pedir desculpa. Obrigada por me teres defendido.
— Eu sempre te irei defender de quem quer que seja.
Sorri para ele e dei-lhe um beijo rápido. Levou-me até ao táxi e despediu-se com um beijo na minha testa.
2 horas depois.
— Ai meu Deus. Eu quero mesmo conhecer esse Connor, porque ele já se tornou o meu ídolo — estava em chamada de vídeo com a Zoe.
— Nunca ninguém me defendeu assim, Zoe. Eu estou tão apaixonada por ele...
— É tão bom ver-te assim. Há anos que não te via tão feliz. E mal posso esperar para ir ter contigo.
— Também eu estou deserta para te ver.
— Vá, mas agora vou ter de ir. Beijinhos, babe.
— Xau xau.
Desliguei a chamada e levantei-me para me ir olhar ao espelho. O meu cabelo estava todo completamente despenteado.
Agarrei na escova e comecei a desenbaraca-lo. Até que percebi uma mancha que estava mais para roxa que vermelha no meu pescoço.
Eu não acredito... o Connor vai-me pagar por isto. Nem a melhor base que existe à face da Terra conseguiria disfarçar isto.
— Foi o Connor?
O senhor com o dom de me dar os maiores sustos da minha vida estava sentado na minha cama e me olhava pelo espelho. Virei-me para ele.
— E se tiver sido?
— O que é que andaste a fazer, Alex? — ele riu.
— Não é nada disso que estás a pensar, ok? Nós não fizemos nada de mal. Só namorámos um pouco.
— Tudo bem — ele voltou a rir — gosto de te ver assim contente. Ficas muito mais bonita com um sorriso na cara.
— Eu gosto mesmo dele, sabes? Nunca ninguém me tratou tão bem.
Ele sorriu e ficámos algum tempo em silêncio. Até que sugeri que fôssemos até ao jardim apanhar um pouco de ar fresco. Ele concordou e lá fomos nós.
Enquanto pisávamos a relva fresca, ele contava como cuidara daquelas plantas estes anos todos e como aquilo era a única coisa que o mantinha entretido quando se sentia sozinho.
No meio da conversa, acabei por tropeçar em algo. Um palavrão saiu da minha boca e ouvi o riso do Xiumin de fundo.
— Não tem piada!
Então ele riu mais ainda. Quando olhei para o chão para ver o que era, vi que qualquer coisa se sobressaía de uma forma estranha da relva.
Abaixei-me e comecei a desenterrar o que quer que fosse aquilo.
E, quando o agarrei, fiquei um pouco confusa.
— O que é isto?
— Deixa ver — o mesmo o agarrou e eu olhei melhor para aquele objeto.
— Isso parece mesmo...
— Um diário! — falámos em coro.
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My Sweet Ghost | Xiumin
Hayran KurguO que farias se te mudasses para uma casa onde vive um espírito? Alex nunca pensou ficar tão ligada a um ser sobrenatural. ✅ CONCLUIDA ➼ copyright © xisweet 2018 | todos os direitos reservados