Não houve um dia sequer que eu não pensasse em Jimin.
Desde o dia que era para ser um dos mais felizes, onde completaríamos um mês de namoro, minha cabeça doía pois tudo parecia se encaminhar erroneamente em uma série de desventuras que caíam sobre mim e eu não conseguia resolver nenhuma delas.
Contudo, o entendo em não querer mais falar comigo, depois de tudo que ele passou talvez eu também não falasse, tento me colocar em seu lugar. Me partia o coração saber que por mais que eu tenha tentado evitar, acabei o magoando, e me sentia a pior pessoa do mundo naquele momento.
— Hyosoo, você não deveria ter me beijado! — Falei para a mulher do outro lado da mesa. — eu já falei que eu não vou voltar com você, eu sou gay e amo o Jimin!
— Me desculpe profundamente Tae, eu estou fragilizada, você sabe. Foi um impulso esquisito, acho que por causa dos velhos tempos, sei lá.
— Tudo bem, tudo bem. — suspirei nervosamente. Não iria criar caso na situação em que enfrentávamos, tentaria me resolver com Jimin depois. — Taekwon, como ele está?
Eu e Hyosoo eramos meio que prometidos em casamento por nossas famílias, por estas serem muito amigas. Sim, no lugar de onde eu vim isso ainda acontecia, mesmo que indiretamente.
— Ele não está nada bem, Tae.
Eu nunca havia gostado de Hyosoo, não do jeito que se esperava, não como minha mulher.
Cheguei a tentar, na época em que reprimia minha sexualidade mais que tudo, por ser de uma família extremamente conservadora e de uma cidade religiosa onde qualquer 'deslize' virava o maior alarde de todos.Estávamos no ensino médio quando ela engravidou, obviamente não foi planejado, mas não era como se nos ensinassem sobre vida sexual. Nossos corpos eram um mistério, um pecado, e isso gerou consequências. Claro que houvera bochichos na cidadezinha, mas nada que bençãos de casamento não resolvessem e virassemos gente de bem novamente, mesmo aquilo significando tantas mudanças em nossas vidas.
Foi por isso que tive que desistir do sonho de fazer faculdade por um bom tempo, eu não podia deixá-la sozinha, tinha que estar para ela e Taekwon. Então, isto foi adiado, de qualquer forma, coincidira bem, já que acabei conseguindo entrar na mesma época em que decidi acabar com aquela farsa e ser quem eu realmente era mesmo que a muitos quilômetros de distância, e claro, era, principalmente, a chance de dar uma vida melhor ao meu filho.
Eu só não imaginava que iria gostar tanto de alguém quanto gostava de Jimin. Tudo ainda estava tão bagunçado em minha cabeça, eu não havia conseguido organizar nenhum dos meus pensamentos quando aquele garoto chegou em minha vida. Eu me sentia verdadeiramente feliz amorosamente pela primeira vez, tudo que vivia com Jimin era mágico, e eu acho que ele não fazia ideia disso.
— O tratamento não está mais adiantando? — falei massageando minhas têmporas, a preocupação crescia e crescia.
— Não, ele está cada dia mais fraquinho. — ela falou, cabisbaixa. — o transplante é a única solução agora.
Meus olhos começaram a marejar. Continuamente, lágrimas desciam e desciam por mais que eu tentasse contê-las e pensar esperançosamente.
Eu sabia que não era compatível, muito menos Hyosoo ou qualquer pessoa da família, achar alguém era difícil, e é por isso que ela tinha vindo para cá, porque aqui o Taekwon teria mais chances.
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— Taehyung? O que faz aqui? — indagou Yoongi, enquanto carregava uma papelada. Os corredores de hospital nunca me deram tantos arrepios quanto naquele dia, nunca me pareceram tão frios e sem vida.
— Eu... estou acompanhando uma pessoa. E você, o que fazes aqui?
— Esse é o hospital dos meus pais, ora.
— Ah é, eu tinha esquecido que seus pais eram donos de hospital. — murmurei.
— E você e o Jimin? Como estão?
— E-Estamos... levando. — preferi omitir a verdade, não queria falar sobre, no momento. — Por falar nisso, você o viu? — não pude conter a falta que ele me fazia sentir.
— Não, nunca mais o vi, faz até um tempo na verdade. — respondeu Yoongi e eu engoli em seco. — mas, não era só... você falar com ele? — perguntou como se fosse óbvio.
— Ah, é complicado...
— Entendo. — Yoongi dissera meio desconfiado.
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— Jimin, você não está bem, eu vou te levar no médico.
— É só uma pressão baixa Seokjin, não é como se eu fosse morrer.
— Mas você estava com febre ontem, agora pressão baixa, vai esperar morrer para chamar o coveiro?
— Tá bom, tá bom! Mas só porque eu não faço um checkup faz tempo.
Ao chegarem no hospital dos Min, o mais renomado dali, ficaram numa salinha de espera, onde logo Jimin foi atendido. A médica passou-lhe uns exames e remédios, disse que a causa daqueles acontecimentos poderiam ser estresse e que deveria se cuidar.
— Onde fica o banheiro? — perguntou Jimin, sendo respondido por uma enfermeira que passava, que apontou-lhe a direção.
Quando passava pelos corredores, algo lhe chamara a atenção.
— Mas que diabos?? — murmurou para si mesmo ao se deparar com a cena.
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postei e sai correndo rsrs
mentira, me contam oq vcs acharam, ja estavam querendo matar o tete, bichinho
X)
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You're not ugly, Park Jimin!
Fanfictiononde Jimin se achava feio e Taehyung tentava o convencer do contrário de uma vez por todas. 2018 | taegedies | concluída