Capítulo Vinte e Dois

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Assim ir sai do carro ajeitei meu cachecol, olhando para o sol que nascia ao fim da rua. O céu geralmente azul estava aranha, como se fosse uma tela sendo pintada, ganhando intensidade a cada segundo que se passava.

A brisa de inverno era congelante, daqui a dois dias as aulas chegam o fim, não iremos ter de ir para o colégio até dia dois de janeiro. Poderei passar esse tempo com meus irmãos, com Winter, tentar partir de pensar muito, tentar sentir mais, tentar melhorar. "Você é estranho" tenho de ser normal.

Oi fofinho.- fala Winter enquanto aparece na calçada, ela já estava pronta para o colégio, ao lado de Zach.

- Oi Winter...- Falei baixo enquanto me afundava em meu casaco, caminhando para a morena de pele clara em minha frente.

- Vocês vão hoje?- ela pergunta preocupada ao notar nossos olhares cansados.

Eu e os meninos dormimos no banco de trás de nosso carro, os três abraçados, tentando nos aquecer. Nós fomos dormir lá pelas três da manhã e tivemos de acordar às quatro, estamos exaustos. Nossas mentes não paravam um segundo sequer, eu só pensava em Anna e em meus pais.

Como a minha vida mudou em apenas quatro meses...

- Meninos graças a Deus vocês estão aqui, eu estava tão preocupada!- grita mamãe enquanto caminha em nossa direção, vestindo seu hobby.- Nunca mais me dêem esse susto, estão me ouvindo?- pergunta a mesma e nós três assentimos olhando o chão.- Venham cá, me dêem um abraço!- fala a mesma e percebo que ela estava prestes a chorar.

- Desculpa mamãe, não era a nossa intenção, mas a gente precisava pensar...- falo e a abraço forte, sentindo minha irmã chutar.

- Parece que alguém gostou do seu toque filho...- falou mamãe enquanto passava o dedo por meu nariz.- Entrem, vocês vão dormir hoje, vocês não irão para o colégio essa semana, precisam descansar, muita coisa aconteceu.- falou a mesma e eu e meus irmãos assentimos.

— Tchau meninos.- falou Winter é Zach.

— Tchau fofo.- falou a mesma me dando um rápido beijo me fazendo sorrir.

— Tchau linda...- falo e os dois vão em direção ao ponto de ônibus do colégio.

  Nós quatro entramos juntos e eu e mamãe estávamos abraçados de lado. Os braços de  mamãe são tão bons, tão aconchegantes, te fazem se sentir em casa, assim como os abraços de Winter e sua bela voz.

— Mãe?- pergunto me desprendendo de seus braços, me sentando junto aos meus irmãos no grande sofá.— Porque o sangue importa mais que o amor?- pergunto e a mesma fica surpresa com minha pergunta.

— Porque...- ela ia começar mas papai a interrompeu.

— Porque os outros vivem numa negligência, falando que pai e mãe é de sangue, que filhos adotivos não são tratados igualmente a filhos biológicos, mas isso não é verdade. Muitas pessoas não possuem amor e são filhos de sangue, mas ao mesmo tempo várias famílias que não são de sangue...- fala o mesmo enquanto se senta no meio de nós quatro.— Possuem amor e união, na verdade sangue não importa, amor é amor mas as pessoas não enxergam isso.

— Obrigado por me amarem...- falo enquanto os abraço.— Tenho sorte em tê-los.

  E então nossa manhã foi repleta de bons momentos, eu abraçado a meus pais junto a meus irmãos, deitados no sofá enquanto aproveitamos o nosso amor.

  O tempo é curto para darmos importância para todos, eu aprendi isso por agora é agradeço a minha amada por ter me ensinado. Não importa o que os outros falam e pensem, não importa os sentimentos alheios e sim o que você sente. Não se torne infeliz porque os outros querem, ninguém merece isso. Nem os "estranhos", como por exemplo, eu. Ninguém merece sofrer e chorar por pensamentos alheios.

   O que é o normal? O que é o estranho? Porque damos tanta importância aos comentários alheios? Nós amamos aos aos outros do que a nós mesmos? Porque você se importa mais com o que os outros pensam do que sobre o que VOCÊ pensa?

— Eu amo vocês família mas agora estou com medo...

— Porque meu filho?

— A tia Keri, ela pode me tirar de vocês?- pergunto e papai e mamãe se entreolham.— Mas eu não quero, a Anna disse que eles são maus, eu não quero ser tirado de vocês... Ninguém ser retirado de sua família, a sua verdadeira família, coisa que vocês são. Eles não são minha família, vocês são!- falo em meio a lágrimas e me abraço mais a meus pais.

Minha respiração começou a acelerar, tudo estava girando, as palavras ecoavam, meus pensamentos giravam, as risadas... Muitas risadas, gritos, choro, um barulho de uma buzina. "Papai" consegui escutar e logo em seguida choros. Nada está normal, eu não sei onde estou.

Estou nervoso, aflito, trsite, meu coração se aperta e eu não consigo respirar. O ar está tão perto mas tão distante...

— Daniel filho!- escuto alguém gritar mas a esta altura tudo já estava diferente.

Dá vida fez-se a morte e da morte fez-se a vida. Dá escuridão surgiu a claridade e em um segundo a claridade vira escuridão. Do silêncio fez-se o barulho mas do barulho chega o silêncio. Respirar é simples mas no momento é complicado. Da vida fez-se a morte e nada ganha da morte. Depois da morte vez escuridão é o desconhecido.

   O silêncio se é persistente mas quando chegará o barulho?

  Onde está a luz que surgiu em meio a escuridão?

  Onde está a música que se fez da melodia?

Oi xuxus, como estão? Espero que bem.

Ai gnt eu sou muito má dmskdkskskxm

Espero que tenham gostado do cap de hoje.

Duda ama vocês e até terça 💙

You Are My Song ≈ Daniel Seavey ≈Onde histórias criam vida. Descubra agora