Capítulo Trinta e Cinco

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O clima natalino se espalhava pela cidade, as pessoas começavam a decorar suas casas, várias famílias saiam em busca da árvore perfeita, a caça aos presentes, as tradições de família são reabertas, fazendo as típicas refeições e decorações de família, memórias sendo feitas...

A bondade e compaixão se instala no coração das pessoas, todas com esperança de o ano que vem a seguir ser muito melhor, um ano em que seus sonhos e conquistas sejam realizados. Dezembro é o mês para pensar no próximo, passar em família, dizer seus sentimentos, as festas de fim de ano são as festas onde parentes distantes se reencontram e todos ficam contente.

  É a época em que famílias se sentam no sofá, de frente para a lareira, aproveitando a presença de familiares enquanto tomam um chocolate quente, ou então crianças ajudam os pais a montar suas árvores, sempre dando um toque único para a decoração, pois somente naquele ano seriam feitas aquelas memórias, somente naquele ano as crianças iriam estar daquele jeito, pois crianças crescem, pensamentos mudam, nunca seria a mesma sensação.

— Vamos buscar nossa árvore!- gritou papai descendo as escadas, nossa família é um tanto quanto natalina.

— Amor você não precisa gritar, todos estamos na sala.- disse mamãe enquanto tinha Ceol em seus braços, acariciando a pequena que estava toda encapuzada.

— Eu sei mas esse clima é tão... Divino, é a melhor época do ano, não tem como ficar triste! Não tem como não gritar.- disse o mesmo entusiasmado, enquanto colocava seu gorro.— Vamos crianças, vamos buscar nossa árvore!- falou o mesmo, indo até a porta, fazendo com que eu e meus irmãos rirsemos de sua animação.

— Eu coloquei calmante no chá dele, logo logo ele volta ao normal.- disse mamãe e eu apenas ri, sendo seguido de meus irmãos.

  Quando saímos de casa nossos vizinhos nos comprimentaram, a família da casa a frente estava em seu jardim, fazendo uma guerra de bolas de neve, as crianças riam e gritavam enquanto seus pais atiravam bolas de neve em suas direções. Com certeza esse seria um momento especial para as crianças daquela família.

— Porque está tão pensativo meu irmão?- perguntou Corbyn enquanto colocava as mãos em meu ombro, dando-me um sorriso.

— Eu não sei corb, eu gosto do Natal e como todos ficam unidos, parece que esquecemos de todas as brigas e de todos os problemas para aproveitar o tempo em família, é incrível como um feriado possui um poder tão grande sobre a população, uma pena que muitos esquecem o verdadeiro significado, esquecem o porquê de suas tradições e tempo em família... Eu apenas gosto de como tantos sonhos são realizados em apenas uma noite.- falo e o mesmo me já perplexo, provavelmente pela forma de meu pensamento.

— Você é muito inteligente meu irmão.- desse o mesmo, adentrando ao carro, sentindo o quente ar que saia pelo aquecedor.

— Eu não diria que sou inteligente, eu só fico em silêncio o tempo suficiente para perceber as coisas, muitas pessoas falam tanto que se esquecem de tudo e acham que sabem, enquanto sabem de nada... As pessoas deveriam falar menos e notar mais, iriam perceber várias coisas que para todos são insignificantes, como por exemplo falar, somente o ato de falar é algo difícil mas julgamos ser fácil.- digo e todos me olham um tanto quanto perplexos com meu pensamento, logo recebo um sorriso de todos os meus familiares.

— Você é muito sábio meu filho, o mundo ainda irá de escutar sua voz.- falou meu pai, logo dando partida com o seu carro.

Depois de um longo tempo procurando por nossa árvore de natal nós acabamos por comprar uma bem bonita e grande, ela ficaria linda em nossa sala. A levamos para casa e a preparamos com cuidado na sala, para mais tarde decoramos.

  Estava sentado no sofá de casa, brincando com Ceol quando corbyn apareceu na sala, com um sorriso gigantesco no rosto, correndo, ele estava animado e ansioso, algo havia acontecido.

— O que aconteceu?- perguntei curioso, enquanto dava o brinquedo para Ceol.

— Se lembra que alguém postou nossa apresentação?- ele perguntou e eu assenti, nossa apresentação no aniversário de corbyn virou um viral, tinha mais de dois milhões de acessos em apenas uma semana. Eu estava nervoso sobre isso, somente a ideia das pessoas saberem quem eu sou me dava aos nervos.

E se eles criticarem? Não gostarem? Eu tenho problemas com os outros me aceitarem, tenho medo do bullying, tenho medo do ser humano...

Às vezes as pessoas criticam tanto os outros por viverem em outro mundo, por se colocar em outro mundo, mas nunca procuramos entender o motivo, muitos se fecham para o mundo por terem medo dos outros seres humanos, por não se sentirem suficientes, por não entender a lógica das pessoas... Todos criticam sem saber o motivo.

— Sei...- disse baixo, olhando para o chão.

— A Atlantic records viu nosso vídeo e querem nossa presença no escritório deles semana que vem!- gritou corbyn animado.

Eu me engasguei com minha saliva, minhas mãos começaram a suar.

Uma das maiores empresas de música dos Estados Unidos queria a nossa presença, eles queriam nos conhecer, sabe-se lá Deus por que. Eles gostaram de algo que eu e meus amigos fizemos, eles gostaram da nossa voz.

Será que nós somos bons o suficiente? Será que nós realmente merecemos tal oportunidade? Cantar sempre foi meu sonho mas eu possuo medo, medo da opinião alheia, medo de alguém me dizer que eu não sou bom o suficiente, de que eu não mereço... Mas agora, será que eu mereço? Será que eu posso viver um pouco longe do meu medo?

— Isso é sério?- perguntei e um sorriso se prontificou em aparecer no meu rosto.— Meu Deus, eu não posso acreditar, eles gostaram da gente, da nossa voz! Eles gostaram!- falei animado enqjsnto pulava.

— Ei irei avisar os meninos agora mesmo, eu já volto irmão, fique bem.

Parece que agora minha vida está dando certo, eu não preciso mais dar ouvidos as vozes em minha mente, eu não posso mais viver inseguro de mim mesmo, ei preciso acreditar no que as pessoas que eu gosto falam, e não no que os desconhecidos falam, não posso... Eu tenho de seguir meus sonhos, me importando com a opinião das pessoas que amo. E não na de desconhecidos, mesmo isso sendo difícil.

Parece que finalmente aquela nuvem sombria está saindo de meus pensamentos, deixando o sal raiar, me deixando livre de pensamentos obscuros, livre para florescer... Ei estou feliz, orgulhoso de mim mesmo. Olha onde eu vim parar, estou recebendo a oportunidade de meus sonhos.

Oi xuxus, tudo bem? Espero que sim

Gente essa história está chegando ao fim e começará a ter saltos de tempo.

Espero que estejam gostando da história.

Duda ama vocês e até quinta💙

You Are My Song ≈ Daniel Seavey ≈Onde histórias criam vida. Descubra agora