Planos em prática

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POV BETH

A tal casa que Daryl disse é de fato pequena e silenciosa. Entro em alerta, não exatamente por achar que pode haver algum perigo de fato, mas sim porque é um costume.

Alguns móveis estão cobertos por lenções, dando uma atmosfera confusa de casa em espera ou de filmes de terror. Sigo a passos leves até o sofá, e puxo o lençol, fazendo um pouco de poeira levantar.

Fecho os olhos, aproveitando a maciez do tecido, e me limito a escutar o nada. Em meio ao momento de relaxamento, não ouço os passos de Daryl, sou apenaTo s vagamente alertada pelo ranger da porta da frente. Abro um dos olhos e fixo-o no vulto dele, que entra com a graça de um caçador, e para em pé a minha frente.

- Você está bem? – pergunta sério e eu sorrio de lado, abrindo o outro olho.

-Um pouco cansada, para ser sincera – respondo – mas tudo bem, é o que a guerra faz com as pessoas.  Senta aqui comigo.

Ele pondera por um momento, parecendo refletir sobre como reagir comigo. Depois de um minuto de tensão o Dixon se move até mim, sentando ao meu lado. Não paro para pensar sobre o impulso, apenas rolo em sua direção e subo em seu colo. Ele pisca surpreso, mas não me afasta.

-Você se lembrou de absolutamente tudo? – pergunta me olhando com atenção e pousando as mãos em meu quadril.

-Acho que sim – respondo mexendo em seu cabelo e passando as unhas por seu pescoço – Inclusive, onde está seu colete? Eu achava ele muito sexy.

Ele balança a cabeça em negação, mas abre um sorrisinho de lado.

- Dwight roubou, inclusive ainda quero matar aquele filho da puta e pega-lo de volta.

-Aprovo a ideia – murmuro, deixando minhas mãos correrem por seus ombros, e pescoço, sentindo sua pele.  –Vai deixar eu usar ele quando o tiver de volta?

-Só se você usar apenas ele, e só para mim – responde adentrando uma das mãos por minha camiseta e chegando ao meu seio sem pudor algum – Se você quer brincar eu também sei, Beth.

A voz dele fica perigosamente mais rouca, os olhos brilham maliciosos e seu aperto me faz apertar os lábios segurando um gemido. Ele se inclina para sempre, sugando meu pescoço e me arranhando com a barba.

-Você gostava disso – murmura, ainda me fazendo arrepiar com a barba. Ele morde o lóbulo de minha orelha ao mesmo tempo que aperta os dedos em meio seio. Um gemidinho me escapa. – Ainda gosta?

Outro gemido me escapa, mas nada distinguível. Ele reforça a pergunta, e sinto seu sorriso contra a minha pele.

-Gosto- respondo, decidida a devolver na mesmo moeda e enfiando minha mão para dentro da camisa e arranhando suas costas de leve.  – E você, gosta disso?

-Droga, garota – resmunga quando me movo, me acomodando melhor e consequentemente causando fricção entre nossos sexos. – Você é a minha perdição.

-Você já me disse isso – respondo, afastando-me e puxando sua camisa para fora de seu corpo. – Mas eu não te respondi uma verdade: você é a minha também.

(...)

Acordo com Daryl se movendo ainda em meio ao sono, me apertando mais em seus braços, e sorrio ao notar o quanto estamos entrelaçados um ao outro. Meu coração está aquecido e eu me sinto estupidamente feliz, mesmo que daqui a pouco tempo teremos que levantar e sair para uma guerra que pode tirar muito de nós.

Permito a mim mesma permanecer ali, nos braços dele, me sentindo bem e protegida, até que a luz do sol começa a aparecer pelas frestas da janela e ele começa a despertar.

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