Capitulo 7

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Acordo com uma falação muito alta no quarto e algumas risadas. Tento abrir meus olhos mas um clarão insuportável entra pelas janelas só piorando minha dor de cabeça.

_ O que esta acontecendo? Será que vocês poderiam falar um pouquinho mais baixo e apagar a luz? - Pergunto com a voz rouca de sono e o braço tampando os olhos.

Quando crio coragem de abrir os olhos a claridade me atinge novamente , demora um pouco mas meus olhos finalmente se acostumam a toda aquela claridade, percebo que meu quarto esta bem movimentado, vejo Dr Jorge, Ricardo, o medico e duas enfermeiras.

_Esta tendo algum tipo de festinha aqui e não fui convidada? - digo tentando brincar com eles que parecem bem sérios.

_ Bom dia bela desastrada! - Diz Ricardo vindo em minha direção e me dando um beijo na testa - Pelo visto sua noite foi bem agitada. - Sinto me corar na hora, bendita timidez sem necessidade.

_ Co...como assim? Agitada? - pergunto fingindo confusão

_ Não se lembra? Isso é normal doutor? Será que esse tanto de tombos afetou sua memória?

_ Tombos? Quais tombos? Quem caiu? - Pergunto agora realmente perdida.

O medico se aproxima de mim e enfia aquela canetinha de luz cegante nos meus olhos, merda. Isso só piora minha dor de cabeça.

_ Você não se lembra de nada de ontem a noite Molly?

_ Lembro, mas que me lembre só levei um tombo. Foram mais? - Coloco as mãos na testa como se aquilo pudesse me ajudar a me lembrar de algo e assim que chego bem na junção da testa com o couro cabeludo urro de dor - Aiii!

_ O que é isso? Quem me bateu? - Pergunto assustada por que não me lembro de ter me machucado tão serio para levar pontos.

Quando o medico ia responder Raziel entra no quarto, mais lindo que nunca - suspiro e com certeza devo ter corado - Sossega essa piriquita menina. Pensa no grande amor que esta te esperando lá fora. Aquele que seu coração sente e espera desde que você se entende por gente. Fecho meus olhos e respiro fundo tentando me acalmar. Assim que abro os olhos ele me olha com uma expressão meio divertida mas ao mesmo tempo  "o que esta acontecendo ?".

_Bom dia Molly! Então você caiu de madrugada quando tentou ir ao banheiro sozinha, acabou metendo a testa no criado mudo e arrancando seu soro.

_ Não me lembrava de ter machucado a cabeça.

_Deve ser por que desmaiou depois quando viu a agulha pendurada no seu braço, e depois desmaiou de novo por que assim que acordou viu a enfermeira te aplicando anestesia na testa para dar os pontos - Raziel diz segurando uma risada. - Honestamente nunca vi alguém sobreviver em uma floresta mas quase se matar em um hospital. - Assim que diz isso todos começam a rir. Idiotas.

_ Eu não tenho culpa se me enrolei com os fios desse bendito soro. Até quando vou ter que ficar com esse trem espetado em mim hein?

_ Ainda terá que aturar ele por mais um tempinho. Mas precisamos conversar Molly por que esses desmaios excessivos não são normais, temos que achar algum gatilho para isso estar acontecendo.

_ Então doutor... chega aqui perto por favor. - chamo ele com meu dedinho para que se aproxime mais. - Deixa falar uma coisa no seu ouvido. - Ele se aproxima e eu começo a falar - Então... eu não posso ver agulhas e nem sangue, se eu ver é tiro e queda desmaio na hora.

Ele me olha intrigado e depois com um sorriso se afasta.

_ Mas isso ainda não justifica tudo senhorita. Seus desmaios não tem ter sido só por esses fatores. Precisaremos fazer outros exames e irei pedir uma ressonância magnética.

Olho para ele assustada e sinto Dr Jorge se sentar ao meu lado na cama e me abraçar.

_ Você acha que ela poder algo grave Doutor?

_ Provavelmente não, mas quero ter certeza. Pode ser uma crise de labirintite ou somente estafa e stress. Mas prefiro investigar tudo e ter 100% de certeza sobre o diagnostico.

_ Ok doutor, faça seu melhor por favor.

_ Sempre Dr. Jorge. Sua menina esta em boas mãos não se preocupe. Volto mais tarde para te conferir Molly.

_ Ok! - E assim o medico vai embora.

_ Então gente... sei que a situação é meio delicada e o medo me ronda nesse momento, mas mais do que com medo eu to morrendo de fome. Preciso de comida, tipo urgente urgentíssimo. Quando a moça do café vem? Não me diga que eu perdi a hora que ela passa e não vou comer? - digo desesperada.

Todos começam a rir da minha cara de novo. Estão achando que sou palhaça só pode, idiotas, vê la se eu to vestida de palhaça para ficar rindo de mim assim o tempo todo. Cruzo os braços sobre o peito e faço bico. É infantil? Obvio, mas eu to com fome e com fome eu não funciono direito.

De repente Raziel vem até mim e me entrega uma sacola bem cheirosa, assim que abro vejo um pedaço de bolo, um cupcake, cookies e um suco de laranja. Olho para ele e dou meu melhor sorriso, me sinto uma criança ganhando presente do papai Noel. 

Eu com fome viro um monstro não queiram ver esse meu lado -risos.

_ Nada de gororoba de hospital? - Pergunto ainda sem acreditar

_Sem comida de hospital Molly, você só esta proibida de comer chocolate, cafeína e umas outras poucas coisas devido as dores de cabeça e tonturas.

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