Operação Clichê - Degustação

Capitulo 12

Acordo com um BIP! BIP! BIP! Muito chato na minha em cabeça. Esse barulho infernal só esta piorando a dor em minha cabeça que parece que vai explodir.

Começo a tentar abrir os olhos mas a claridade me pega de jeito e começo a gemer reclamando, continuo tentando abrir e dou de cara com varias pessoas me olhando. Assim que encontro o rosto de Raziel, Dr Jorge e Ricardo começo a chorar desenfreadamente de novo.

Choro alto e sofrido, serio eu poderia ganhar um Oscar de performance em drama. Lembro de tudo que joguei na cara de Raziel e do coice, o homem tem feito tudo para me ajudar e eu faço isso. Eu sou um ser humano terrível. Não consigo parar de chorar. Todos tentam me acalmar mas eu não consigo, choro, resmungo e começo até a bater na minha cabeça pra ver se ela para de doer tanto e começa a pensar direito.

Sinto mãos me agarrando, me abraçando e tentando me acalentar, mas só sei chorar e chorar, ouço varias pessoas me pedindo para me acalmar mas não consigo. Quando começa a me faltar o ar de novo de tanto chorar sinto uma fincada no braço e tudo vai ficando escuro.

Acordo sei lá quanto tempo depois com alguém segurando minha mão, Dr. Jorge esta lendo um livro  em um banco, assim que percebe que estou acordada me da um sorriso.

_ Como esta se sentindo minha menina?

_O que houve? E por que minha cabeça doi tanto?

_ Você teve uma crise de pânico pelo que parece e precisamos te sedar para tentar te acalmar. - Olho para ele e começo a me lembrar de tudo e lagrimas vão caindo dos meus olhos sem que eu consiga parar.

_ Hey minha menina, o que esta havendo hein? Me deixa te ajudar.

_ Eu só preciso ir para casa Dr. Jorge, não se preocupe que eu estou bem. Só sei dar trabalho para o senhor neh, me desculpe - digo sem graça

_ Você nunca da trabalho Molly, para com isso. Deixa de viver essa vida sozinha, deixa a gente entrar minha menina. Já deu seu tempo de solidão, agora você tem uma família que te ama nos não vamos abandonar você por mais que você nos afaste. Esquece o passado Molly, eu não sei pelo que passou ou passa mas me deixa entrar.

Abaixo minha cabeça até onde nossas mãos estão unidas e choro, choro com todas as minhas forças. Dr. Jorge se senta na cama e me abraça, me ninando. Só consigo chorar pedindo desculpas e mais desculpas, não consigo me acalmar, essa dor esmaga meu peito e eu só consigo chorar para tentar aliviar tudo que estou sentindo.

Uma enfermeira chega e ela e Dr. Jorge trocam um olhar ele balança sua cabeça em afirmação e eu me viro bem na hora que a enfermeira ia me aplicar outro sedativo. Graças a Deus a seringa estaca com a agulha tampada.

_ NÃO! - grito para ela.

_ Não quero mais ficar dormindo, só me deixem ir embora. Preciso da minha casa e de ficar sozinha. Só isso por favor! Me tirem daqui - digo chorando.

_ Pode deixar mocinha, qualquer coisa eu chamo você novamente - Ele diz para a enfermeira

_ Ok Dr. Jorge.

_ Molly minha querida eu não vou te deixar em casa sozinha, você não esta bem. Vamos conversar, se não quer falar comigo fale com Ricardo ou qualquer um dos outros meninos, mas não se tranque minha filha. Só vai piorar tudo.

_ Por favor Dr. Jorge eu preciso disso. Eu estou bem só preciso de tempo, me tire daqui por favor.

_ Se você prefere assim vou conversar com o medico. Fique aqui quietinha por favor.

_ Ok. - digo me deitando e me enrolando nos lençóis de novo.

Quando finalmente ouço a porta de fechar solto o ar preso e começo a chorar de novo. Meu deus o que esta acontecendo comigo?

_Molly?

Ouço a voz de Raziel, mas não me viro em sua direção. Ele como não é bobo da a volta na cama e para bem na minha frente e se agacha, para ficar cara a cara comigo.

_ Como você esta pequena? - Assim que olho para ele o choro piora.

_ Me desculpa - digo chorando e soluçando - Me desculpa! desculpa!

_Hey! - Ele diz passando as mãos pelos meus cabelos - aquilo não foi nada, nos estávamos nervosos e dissemos coisas no calor do momento. Se acalma vai. Não me assuste de novo. - ele diz e cola sua testa na minha. Fecho meus olhos e sinto ele tentar limpar minhas lagrimas, mas elas não param de descer.

_ Molly! Olha para mim! Por favor!

Abro meus olhos tentando focar nele, mas as lagrimas não deixam.

_ Me deixa te ajudar me diz o que esta acontecendo. Você não é assim. Quero a Molly provocadora, desastrada, brava e sem papas na língua de volta.

_ Eu só quero sair daqui e ficar sozinha. Por favor!

Assim que acabo de falar Dr. Jorge entra no quarto com o medico, eu me viro em suas direção e vejo ele segurando um papel.

_ Senhorita Molly eu estou te liberando por pura pressão por que por mim você ficava até melhorar dessa crise, mas vamos tentar te liberar e ver no que da. Mas qualquer sinal de piora você vem para o hospital de novo nem que seja em uma camisa de forças.OK?

_ Ok!

_ Então esta liberada!

_Obrigado. - Enxugo meu rosto e me levanto. Vejo que ainda estou com a mesma roupa, calça Jeans e a blusa preta que agora esta meio molhada das lagrimas. Vou ao banheiro lavo meu rosto que esta parecendo o fofão de tão inchado e vou para o quarto, saindo do banheiro ouço a conversa de Raziel com Dr. Jorge.

_ Ela não deveria ficar sozinha Dr. Jorge, olha o estado dela, tem quase dois dias que ela não para de chorar. Ela quase sufocou quando entrou em pânico, como você confia nela sozinha em casa. É um absurdo! _ Raziel diz indignado andando de um lado para o outro bagunçando seus cabelos.

_ Eu conheço a Molly Raziel, ela não vai mudar de opinião, se ela diz que precisa disso temos que aceitar. Mas eu vou ficar de olho, tenho a chave do apartamento dela se for preciso. Ela não é nenhum criança apesar de ser tão desastrada quanto uma - diz rindo apesar da seriedade do assunto.

_ Eu não sei, alguma coisa me diz... - interrompo a conversa dos dois.

_ Se alguma coisa esta te dizendo algo e você não sabe o que é melhor procurar um psiquiatra, pode ser esquizofrenia - digo com um sorriso debochado no rosto. Eu adoro o que fizeram por mim mas a vida é minha eu decido o que fazer com ela, tentei do jeito de vocês e não deu muito certo então agora será do meu. E não tem uma alma viva nesse mundo que vá me fazer mudar de ideia. - digo seca.

_ Vamos Dr. Jorge?

_ Vamos querida, deixa que eu pego sua bolsa.

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Hey!!

E ai gostaram desse capitulo?

Será que esse povo vai realmente dar sossego para Molly assim tão fácil? Sei não hein...

Me diz o que estão achando nos comentários vai! Pleaseeeeee!! =D

Muito obrigado por ler mais esse capitulo aqui comigo hoje!

Beijoooos

E não esqueça de dar seu voto ;D