Capitulo 11.1

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Assim que ouço passos e a porta se fechando eu solto a respiração que nem vi que estava prendendo. e fico puta da vida por que não apagaram a luz. Resolvo então ir eu mesma apagar, assim que me viro e me preparo para levantar dou de cara com Raziel parado me olhando ainda furioso.

_ O que esta fazendo aqui ainda? Não disse para ir embora? - digo passando por ele indo apagar a luz.

_ Nada disso Molly. Você tem noção das coisas que faz? Qual é o seu problema? Você ia fugir e ia o que sair por ai até encontrar um ponto de ônibus e ficar rodando pela noite sozinha de ônibus em ônibus até chegar em casa? Ou ia tentar pegar outro taxi sozinha nessa região ? Isso é tudo uma forma de chamar a atenção ? É isso? Por que pessoas normais não ficam fazendo isso, só tem essa explicação.

_EU.MANDEI.VOCE.IR.EMBORA.AGORA - grito com ele, que apenas me olha e não fala nada.

_ Eu só quero a minha casa Ok, agora vai embora. Eu não quero você aqui, me deixa sozinha. - digo e meus olhos começam a se encher de água, merda! merda! merda.

_ Eu não vou a lugar nenhum antes de você me explicar o que se passa nessa cabeça? Você gosta do perigo? Dessa coisa de adrenalina é isso?

_ Vai a merda Raziel, não sei o que ainda esta fazendo aqui, que bosta! Eu nem te conheço direito, você me salvou? Salvou! E muito obrigado por isso, mas já deu! Pode ir. Você não me deve nada, não sei o que você quer ficando aqui. Pelo santo Deus, se eu não sou normal quem dirá você que conhece uma pessoa por o que 4 horas, a salva depois de um dia e depois fica com alguma crise de compaixão e decide ficar cuidando dela. Você nem me conhece. Nunca me viu mais gorda. O que é isso uma aposta? Um fetiche estranho? ou só uma forma de ganhar o céu quando morrer? Eu não preciso de ninguém, nunca precisei e não vai ser agora. Então SAI DAQUI!! - vou em direção a porta e a abro esperando que ele vá embora.

Fico olhando para ele e para a porta a fim de esperar ele se mancar e sair. Ele bufa de raiva e me fuzila com o olhar, pega o blaser que havia tirado do terno e sai. Eu bato a porta na mesma hora, apago as luzes, me jogo na cama e começo a chorar.

Choro tanto que não sei de onde sai tanta água, começo a solução baixinho e me enrosco em mim mesma. Por mais que eu tente sempre acabo decepcionando as pessoas, é uma coisa inevitável, por isso prefiro me manter distante e focada em meu sonho. Todo meu corpo sabe e sente que algo me espera em Nova York, que lá esta a minha felicidade e o meu final feliz. Me amarro a essa esperança para trabalhar e continuar firme, fazer o possível para embarcar nesse sonho, por isso estudo muito e me dedico tanto ao serviço, para ter um currículo que impressione, que me possibilite achar um bom emprego la e finalmente ser feliz.

Acho que acabo dormindo porem quando acordo já começo a chorar de novo. Acho que estou chorando tudo que não chorei durante todos esses anos, toda a minha frustração, tristeza , ressentimento e solidão. Estou colocando tudo para fora.

Quando o choro piora e eu começo a não conseguir respirar, sinto mão me envolvendo pela cintura e me puxando para junto do seu corpo. Eu tento resistir e me afastar mas ele é mais forte que eu e me prende em seus braços ficando de conchinha comigo, me abraçando e balançando como se eu fosse um bebe.

_ Eii! Eii! Calma, respira Molly... só tenta respirar. Você consegue.

_ Sai daqui Raziel.

_ Eu não vou a lugar nenhum, me perdoa ter sido tão duro com você eu só.... eu só não quero que algo aconteça com você poxa! Eu não suportaria Molly.

Começo a chorar mais e mais ainda, choro de soluçar e Raziel continua a me abraçar e aninhar mas o orgulho me toma e eu tento escapar dele de novo.

_ Me solta Raziel, por favor me solta. Vai embora! - me debato inteira em seu corpo mas ele continua me segurando com força, me prendendo como se nunca mais fosse me deixar sair.

Em um ato impensado lhe meto um coice nas partes intimas e sinto o coitado perder o ar e gemer de dor, na mesma hora vejo a merda que fiz e começo a chorar ainda mais pedindo desculpas. Quando não sinto mais os braços de Raziel ou sua respiração perto de mim começo a ter uma crise em meio ao choro, e não consigo respirar, tento, tento mas não consigo. Me levanto da cama e tento puxar o ar mas nada vem, começo a entrar em desespero e isso só piora. Quando começo a ficar meio mole parecendo que vou desmaiar, sinto Raziel me sacudindo.

_ Respira, Molly. Pelo amor de Deus Respira. Se acalma, por favor. - pede desesperado.

Eu tento puxar o ar com todas as minhas forças, mas não consigo.

Começo a sentir uma dor muito forte na garganta, começo a me sentir mole, tudo vai ficando embaçado e eu vou perdendo minhas forças.

A ultima coisa que me lembro é de um Raziel desesperado gritando por socorro e enfermeiras entrando no quarto quase que no mesmo instante.

Depois disso tudo fica escuro e eu desabo.

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