Continuação do capitulo 15

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- Imaginei. Mas André, por favor, vamos deixar como estar, você aqui e eu lá bem longe de todos, bem longe de você. Não quero sofrer mais, você já está seguindo sua vida, deixa seguir a minha em paz. -diz e lágrimas rola em seu rosto.

Me aproximo dela e seguro seu rosto, ela não me impede.

- Me perdoe Cecília, aquilo foi um deslize. - peço.

- Eu sei que foi, mas você não me respeitou, não respeitou nem a nossa casa. E segue sua vida como nada tivesse acontecido. -fala alterada.

- Não fala o que você não sabe Cecília, não fala o que você não viu. - digo nervoso e ela me olha assustada. - Eu sofri muito, se você tivesse lido pelo ao menos uma daquelas inúmeras cartas que está no seu quarto você ia vê o tanto que sofri, tudo que passei está naquelas cartas. Então não diga o que você não sabe. E se para você estar ficando com alguém é seguir a vida então minha vida parou de novo, Vanessa sempre soube de você e sempre falei que quando eu te encontrasse largaria qualquer mulher pra ter você de volta. - digo olhando nos olhos dela.

Eu pego sua mão e começo a depositar beijos nela, percebo que á cicatrizes em seus pulsos, parece ser corte.

- Cecília o que são essas marcas? - pergunto.

Ela me olha com os olhos arregalados e puxa sua mão. Meu Deus será que ela também tentou se matar?

- Por favor, me conte sobre essas marcas? - peço.

Ela nega com a cabeça e começa a chorar. O que eu fiz com minha vida? O que eu fiz com a vida de Cecília? Se tivesse acontecido algo com ela jamais me perdoaria.

- Por favor Cecília não chora, não quero ver você assim, não quero te causar mais sofrimento. Deixa eu cuidar de você, deixa eu fazer diferente? - ela olha em meus olhos e não responde.

Seu olhar é de mágoa, decepção e de medo. Mas por que medo? Eu não quero fazer mal a ela. Eu sei que fui canalha, mas quero que ela me de uma chance para ser diferente.

Levo minhas mãos até seu rosto para secar suas lágrimas, ela fecha os olhos com o meu toque. Aproximo meu rosto e encosto minha testa na dela.

- Cecília, eu preciso de você. -Falo e aproximo nossos lábios e eu a beijo, ela não me impede, continua. Nosso beijo fala tudo, o quanto ela ainda me quer, o quanto ela precisa de mim, ela me beija com vontade, e eu a beijo como necessitasse dela para sobreviver. Nossos beijos é como uma fusão, se transforma em um só, sempre foi assim, passamos o que estamos sentindo um para o outro, e agora eu entendo o seu choro de mais cedo. Cecília me quer, mas esconde algo de mim, e não é sobre as marcas!



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