Capítulo 30

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André

Chego em minha cidade e vou direto para minha casa, pego uma mala pequena e coloco só o necessário, eu tenho fé de que Maria não fique muito tempo lá. Junto tudo que preciso tomo um banho rápido pego minha moto e sigo para casa de meus pais.

- Mamãe, papai? Cadê vocês ? - grito.

- Oi filhão estamos na cozinha. - grita meu pai.

- André, Allan dormiu na sua casa? - Mamãe protetora ativada.

- Dormiu mamãe.

- Esses filhos de uma boa mãe não avisa nós não, deixa eu e seu pai preocupado. Não aguento vocês.

- Eu moro sozinho não preciso ficar te dando satisfação né mamãe?

- Quem disse que não precisa? Lógico que precisa, eu sou sua mãe ainda. - pronto, agora tenho pano pra mangas, ela vai falar, falar, até cansar.

-Está bem mamãe, eu vou te da satisfação. Agora vem cá e me da um abraço. - digo abrindo os braços tentando fazer ela parar de falar e meu pai fica rindo da minha cara.- Bom agora preciso conversar sério com vocês.

- Sério? O que aconteceu, seu irmão está bem? Aconteceu alguma coisa com ele ? Por isso ele não dormiu aqui? - minha mãe é impaciente de mais, senhor do céu.

- Meu benzinho deixa André falar primeiro. - papai tem o dom de fazer mamãe calar sem muito esforço.

- Obrigada papai. Então começando, Cecília foi embora certo? - eles acena com a cabeça um sim. - ela foi embora, mas estava grávida de mim. - falo sem enrolar o assunto e minha mãe engasga.

- Calma benzinho, pega água pra ela André. - pego um copo de água e a entrego.

- Calma mamãe, preciso que vocês fiquem calmo porque tem mais.

- Mais? A Cecília é louca, como assim foi embora grávida e não contou nada até hoje?

Como você descobriu? Meu Deus André essa menina perdeu o juízo? Mas você foi o culpado disso tudo, ninguém mandou você trair ela. - minha mãe como sempre jogando na cara.

- Eu trair, mas não escondi uma filha por 5 anos. - retruco minha mãe.

- Calma gente, brigando e gritando não resolve nada. - meu pai entra no meio. - Clara deixa André continuar e por favor só escuta.

- Obrigada pai. Então, eu descobrir porque elas sofreram um acidente e precisou de mim.

- Senhor Cristinho. - minha mãe fala e desmaia.

- Me ajuda levar ela para o quarto André. Sua mãe e essa mania de da piripaque nas horas erradas.

Ajudo carregar minha digníssima mãezinha para sua cama, procuro por álcool e uma lenço. O meu senhor, só minha mãe mesmo viu.

- Toma papai, coloca isso no nariz dela. - entrego e ele coloca no nariz dela.

Ela demora um pouco para acordar, vou na cozinha e pego açúcar.

- Pai coloca isso de baixo da língua dela. - meu pai faz o que pedir.

Mamãe começa a reagir, graças a deus.

- Mamãe você está bem? Posso continuar? - ela acena com a cabeça.

- Então, o nome dela é Maria Antônia e descobrir porque precisei doar sangue para ela, ela está ruim no hospital.- explico tudo direito para eles que escuta atentamente.

- Oh meu Deus. - mamãe enche os olhos de lágrimas.

- Eu preciso de você bem mamãe pra me ajudar. - ela coloca sua mãe em meu braço e chora. - Oh mamãe, não fica assim, tudo vai ficar bem, Allan está com elas lá, vai ficar tudo bem. - digo abraçando.

- Você vai pra lá agora?

- Sim, vou lá, Allan deve está cansado.

- Eu vou com você. - diz mamãe.

- Ah não vai não , já vim de moto por isso mesmo, sabia que você ia querer ir.

- André eu preciso conhecer minha netinha e falar umas boas com Cecília.

- Clara depois você fala com Cecília, ela está no hospital com a filha ruim não é hora de você falar umas boas com ela. André você manda notícias quando ela tiver melhor ai nós vamos lá. - minha mãe não gostou, mas não tem como dela ir agora, do jeito que ela é ela faz um barraco com Cecília.

- Ok pai, então vou lá quero saber como está elas.

Dou um abraço em cada um pego minhas coisas e sigo meu caminho, a estrada até lá é ótima para acelerar, sem muito movimento, devo gastar uns 30 minutos até o hospital, preciso colocar essa raiva toda pra fora e nada melhor que acelerar. Moto é uma verdadeira terapia.

Lembrar que Cecília adorava moto, adorava acelerar meu brinquedinho me bate uma tristeza só, era em cima da moto que nós esquecíamos nossos problemas, até nossas brigas resolvia, mas tudo isso acabou, tudo isso eu destruir.

Minha vontade é de bater de frente com alguma carreta, na velocidade que eu estou não sobraria nada de mim, mas agora tenho uma filha para criar, não posso fazer mais merda na vida de dessa menininha, preciso ser muito forte por ela.

Chego no hospital vejo Allan e família de cobra na porta do mesmo.

- Oi Allan, e aí como está elas?

- Oi pra você também André. - diz Moisés.

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