Cecília
Não é possível que ele está me seguindo, e veio com a mesma mulher do shopping, para me provocar. Ou será que estão namorando.As meninas segue meu olhar e me olham de novo como quisesse se desculpar. O clima já fica tenso entre nós.
- O que está pegando? Estou boiando aqui.- Eduardo se pronuncia.
- Uma longa história. - falo com meus olhos cheios de lágrimas.
- Tem haver com o seu passado? - pergunta.
- Sim. - respondo.
Vejo a mulher falando algo e sai chorando, André me olha mais uma vez e á segue.
Todos da mesa me dá super atenção, mas a minha noite acabou.
- Cecília, não sei o que aconteceu no seu passado e não quero saber também, mas esquece ele só por agora, por favor?-Eduardo diz pegando em meu rosto.
Confirmo com a cabeça e ele enxuga algumas lágrimas que insistem em cair e me beija. Resisto no começo, mas lembro da cena anterior e me entrego. Um beijo lento, doce e carinhoso. Ele beija muito bem, meu corpo esquenta com seu toque, vejo que é hora de parar.
- Me desculpe Cecília, mas não resistir. - diz.
- Não precisa se desculpar, eu gostei. - falo dando um sorriso.
- Quer sair daqui? - pergunta.
- Quero sim. Esse lugar já deu o que tinha que dá.- falo.
Despedimos do pessoal e fomos pagar a nossa parte da conta. Quando levanto vejo que André está me encarando com muita raiva. Edu não deixou eu pagar a minha e tivemos uma leve discussão no caixa.
- Edu, não gosto que pague as coisas para mim.- digo chateada.
- Cecília, enquanto você estiver comigo vai ter que acostumar.- diz e muda de assunto. - Você gosta de moto? - pergunta.
- Se eu gosto? Edu moto era a minha paixão.- digo eufórica.
- Por que era? - pergunta.
- Longa história, passado.
- A sim, então vamos? - diz .
- Mas você trouxe outro capacete? - pergunto.
- Já vim prevenido.- diz e da um sorriso de canto.
Seguimos até a moto e quando vejo a moto dele dou um grito.
- que você tem um Harley Davidson Iron V-ROD.
- Uau, conhece muito de moto assim?
- Muito, você não tem noção!- digo.
- Então vamos, sobe ai.
Ele me entrega o capacete e quando vou subir na moto escuto alguém gritar o meu nome. Eu o olho incrédula.
- A toma no meu cu mesmo.- digo.
Eu não sou de falar palavrão, mas hoje eu precisei falar como um desabafo.
- Cecília espera por favor.- André pede.
- Fala logo. - digo rude.
- Precisamos conversar, vem comigo.
- Você está brincando com minha cara, só pode! - falo indignada. - É muito cara de pau você viu.
- Cecília por favor.
- Não e tchau para você. - falo subindo na moto.
- Então vai lá vagabunda.
Edu escuta, tira o seu capacete encara André e fala.
- Vagabunda é a mulher que você chegou no bar, você sabia que ela queria transar comigo em meu consultório? - Edu diz e eu fico de boca aberta.
- Mas a outra todo mundo sabe que é vagabunda, já essa aí passa de santa e de santa não tem nada.- André diz, eu vejo que ele já está alcoolizado.
- Edu não caia nas provocações dele, vamos embora. - digo chateada.
- Só vou por você.- diz e liga a moto.
Fui o caminho todo pensando, André é imbecil, além de está seguindo a vida, ainda me chama de vagabunda. Que ódio que esse cara me faz sentir. Explico o caminho de casa para Edu e ele segue direto.
- Obrigada Edu e desculpa por tudo.
- Não se preocupe, ele merecia um murro para virar homem.- fala
- Não precisa sujar suas mãos com quem não vale nada. Mas obrigada mesmo assim.
Edu me beijou, mas dessa vez me afasto, não estou com cabeça para isso.
- Me desculpe Edu, mas não posso. - falo.
- Ele que fez você congelar esse seu coraçãozinho aí? - Pergunta.
- Sim. -digo com a cabeça baixa.
- Ainda bem que estou especializando em cardiologia. Posso cuidar desse seu coração ferido. - diz todo carinhoso.
- Não tenho dinheiro para pagar esse estrago que ele causou. - digo forçando um sorriso.
- Deixa eu pelo ao menos tentar Cecília. Me encantei com você desde o primeiro dia que vi você naquele hospital. Juro que não cobro a consulta. - diz dando um sorriso de lado.
Fico surpresa, por mais que nos aproximamos nesses últimos dias ele não demonstrava esse interesse.
- Edu tem muita coisa envolvida, não envolve só o estrago no coração. - digo lembrando da minha filha.
- Então me conta, fala o que é, deixa eu te ajudar? - pergunta.
- Não posso Edu, não posso te envolver nisso.- falo em meio lágrimas.
- Mas eu quero me envolver.
- Edu por favor vai embora. Não complica mais a minha vida e não deixa eu complicar a sua. - peço.
- Eu vou Cecília, vou para te deixar pensar. Mas eu vou atrás de você aonde você estiver.- fala firme.
Concordo com a cabeça e ele vai embora.
Não posso me envolver com Edu, eu não vou voltar para cá e muito menos posso falar que tenho uma filha e escondo ela de todos. Ele vai me achar um monstro por isso, todos vão achar. Minha cabeça dói só de pensar que André pode tirar minha filha de mim.
- Não, ninguém vai tomar Maria Antônia de mim. - falo para mim mesma.
Entro para dentro de casa nas pontas dos pés para não acordar minha mãe.
- Maísa. Merda, esqueci minha irmã no bar.
Vou ter que ficar na porta de casa até ela chegar, se eu entrar sem ela mamãe vai me matar.
Tento ligar para ela e não atende. Ligo na Flávia.
Ligação on:
- Flávia mulher Maísa ainda está aí?
- Está, vou passar para ela.
- Oi mana. - Maísa fala ao pegar o celular.
- Maísa pede alguém para te trazer agora. Mamãe vai me matar se eu chegar sem você.
- Putz, vai mesmo. Vou da um jeito aqui. - Fala.
- Tá bom. - desligo.
Ligação off.
Já se passaram 15 minutos e nada dá bendita chegar, estou nervosa pela noite desastrosa e pra piorar com essa demora toda.
Escuto um carro entrando na rua de casa achando que está no filme velozes e furiosos, cantando até pneu.
- Seu louco, aqui não é pista de corrida não- grito e o carro para.
Vejo Maísa descer do carro.
- Desculpa Cecília, não sabia que você era fiscal de trânsito. - Grita abrindo a porta
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AS ESTRELAS SABEM DO NOSSO DESTINO.
RomantizmUma história de amor, traição, reencontros, Cecília ao descobrir uma traição de seu noivo André preferiu desaparecer de sua cidade, deixando para trás todo seu passado. Meses depois ela descobre que carrega um bebê em seu ventre e por vingança ela...