Corremos de volta para a cidade, molhados e congelando, eu estava sorrindo como uma idiota. Ainda estava a várias quadras do pub quando ouvi um barulho estranho surgir acima do ruído dos geradores — alguém chamando meu nome e o de Jake. Corremos na direção da voz e encontramos meu pai parado no meio da rua com o suéter ensopado, a fumaça de sua respiração à sua frente, como a válvula de uma panela de pressão em uma manhã fria.
— Garotos, eu estava procurando vocês!
— Você disse para voltar para o jantar, então aqui estamos!
— Esqueça o jantar. Venham comigo.
Meu pai nunca pulava o jantar. Algo estava definitivamente errado.
— O que está acontecendo?
— Vamos — disse ele. — Explico no caminho. — Ele me olhou com atenção. — Você está toda molhada! — exclamou. — Pelo amor de Deus, Jacob você perdeu o outro casaco também?
— Eu, hum...
— E por que seu rosto está vermelho? Vocês parecem queimados de sol.
Droga. Uma tarde inteira na praia sem usar protetor solar.
— Estou com calor de tanto correr até aqui — respondi, apesar de a pele nos meus braços estar arrepiada de frio.
— O que aconteceu? Alguém morreu, ou o quê? -- Jake falou
— Não, não, não — disse ele. — Bem, algo do tipo. Uma ovelha.
— O que isso tem a ver com a gente?
— Eles acham que crianças fizeram isso. Como um ato de vandalismo.
— Eles quem? A polícia das ovelhas?
— Os fazendeiros — respondeu. — Eles basicamente interrogaram todo mundo com menos de vinte anos, todo mundo menos você e sua irmã. E, é claro, estão muito interessados em saber onde estiveram o dia inteiro.
Senti um aperto no estômago. Mais uma vez eu não tínhamos uma desculpa muito boa, eu e Jake nos entreolhamos e me apressei a pensar em uma enquanto seguíamos para o Buraco do Padre.
Diante do pub havia uma pequena multidão reunida em torno de um grupo de criadores de ovelhas muito furiosos. Um deles usava um macacão enlameado e se apoiava ameaçadoramente sobre um forcado. Outro segurava Verme pela gola. Verme estava vestido com calças de agasalho esportivo fluorescentes e uma camiseta onde se lia EU ADORO QUANDO ME CHAMAM DE PAIZÃO.
Ele tinha chorado e havia uma bolota de catota acima de seu lábio superior. Um terceiro fazendeiro, muito magro e com uma boina de tricô, apontou para Jake quando nos aproximávamos.
— Por onde você andou, filho?
Meu pai deu um tapinha nas costas dele.
— Conte a eles — disse com confiança.
Ele tentou agir como se não tivesse nada a esconder.
— Eu e minha irmã estávamos explorando o outro lado da ilha. A casa grande.
O homem de boina de tricô pareceu confuso.
— Que casa grande?
— Ele está falando daquele monte de destroços velho na floresta — disse o do forcado. — Só um completo idiota poria os pés lá. O lugar é enfeitiçado e também muito perigoso.
Boina de Tricô apertou os olhos para me ver melhor.
— Na casa grande com quem?
— Minha irmã — respondi, no que meu pai me lançou um olhar engraçado.
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Peculiar history
ФанфикUma historia sobre os livros do Orfanato da sta. Peregrine para crianças peculiares mas na visão da irmã mais velha de Jacob Portman, porém, mais focada em um romance um tanto quanto peculiar. Emoção, drama, romance, são algumas das sensações que vo...