Uma equipe expedicionária foi montada. Iriam se juntar a mim e Jake Emma, que se recusou terminantemente a deixar Jake ir sozinho, Bronwyn, que estava contrariada porque ia deixar a srta. Peregrine com raiva, mas insistiu que precisávamos de sua proteção, e Enoch, cujo plano nós íamos executar, e segundo ele, iria me proteger. Millard, cuja invisibilidade podia ajudar bastante, não quis tomar parte naquilo e teve de ser subornado só para que não nos entregasse.
— Se todos formos — raciocinou Emma —, a Ave não poderá banir apenas Jacob e Luana. Terá de banir todos nós.
— Mas eu não quero ser banida! — disse Bronwyn.
— Ela nunca faria isso, Wyn, essa é a questão. E, se conseguirmos voltar para casa antes da hora de dormir, talvez ela nem perceba que saímos.
Eu tinha minhas dúvidas quanto a isso, mas todos concordamos que valia a pena arriscar. Tudo ocorreu como uma fuga de prisão. Depois do jantar, quando a casa estava mais caótica e a srta. Peregrine mais distraída, Emma fingiu que ia para a sala de estar, eu e Enoch, para a biblioteca, e alguns minutos depois nos encontramos no fim do corredor do segundo andar, onde um pedaço do teto tinha sido puxado para revelar uma escada. Enoch subiu e eu o segui, fechando a escada atrás de mim. Estávamos no espaço pequeno e escuro do sótão. De um lado, havia uma saída de ventilação — cujos parafusos foram retirados com facilidade —, que dava para uma área plana do telhado.
Saímos para o ar da noite e vimos que os outros já estavam à nossa espera. Bronwyn deu um abraço esmagador em cada um de nós e nos entregou capas de chuva pretas que pegara num armário. Sugeri que as vestíssemos como medida de proteção contra a forte tempestade do outro lado da fenda. Estava prestes a perguntar como desceríamos até o chão quando Olive surgiu flutuando na beira do telhado.
— Quem quer brincar de paraquedas? — disse ela, com um largo sorriso.
Estava descalça: deixara os sapatos de chumbo em algum outro lugar, e havia uma corda amarrada em torno de sua cintura que estava presa em algo lá embaixo. Curioso para saber a que ela estava presa, debrucei-me para fora do telhado e vi Fiona acenando para mim de uma janela, com a corda na outra mão.
— Você primeiro Jake — disse Enoch.
— Eu? — retrucou, afastando-se nervoso da beirada. — Eu primeiro o
quê?
— Abrace Olive e pule — disse Emma.
— Não lembrava que o plano incluía essa parte em que eu estraçalho a espinha.
— Não vai acontecer nada, bobinho, se você não largar Olive. É muito divertido. Já fizemos isso um monte de vezes. — Então ela parou e pensou por um instante. — Bem, uma vez.
Eu não ia me arriscar, por isso abri minhas asas.
— Desculpa gente, não confio muito nisso ai não, mas eu acho que não aguento muito mais peso comigo não, você quer vir comigo Enoch?
— Claro que sim, qualquer oportunidade que eu tenho para me agarrar eu você eu aceito — ele respondeu com uma cara maliciosa.
—E eu?! — Jake disse com medo — Eu sou seu irmão!
— Não fica com medo não. — respondi rindo. Enoch se agarrou em mim e descemos. Quando chegamos ao solo, ele me beijou.
— Não tenha medo! — Deu pra escutar Olive falando do telhado.
— É fácil para você dizer, já que não cai — Jake falou.
— Foi divertido — disse Olive. — Agora me solte!
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Peculiar history
Fiksi PenggemarUma historia sobre os livros do Orfanato da sta. Peregrine para crianças peculiares mas na visão da irmã mais velha de Jacob Portman, porém, mais focada em um romance um tanto quanto peculiar. Emoção, drama, romance, são algumas das sensações que vo...