Tá tudo bem?

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Henry POV

- Não larga mais desse celular cara? - Ben me disse enquanto dava um tapa no meu ombro, o que me fez olhar pra ele com cara séria, já que quase me fez derrubar o aparelho no prato de comida.

Estava na Alemanha, num restaurante perto da rua do hotel em que eu estava hospedado, jantando com meu companheiro de filme, mas minha cabeça... a minha cabeça tinha um outro endereço: Nova York. Meus pensamentos tinham nome tambem: Agnes Alden.

Telefonei pra ela, mas a chamada foi encerrada logo após três toques. Achei estranho e liguei de novo, dessa vez a chamada foi ate o fim, mas não obtive resposta.

- Para com isso. Você sabe que a gente fica o dia inteiro gravando e só agora temos tempo pra mexer no celular. Você mesmo no caminho pra cá estava falando com seus filhos.

- Com meus filhos. Mas esse seu olhar aflito encarando o telefone parece ter outro motivo. - ele provocou e deu um gole em sua bebida, tentando esconder um sorriso, e eu acabei rindo, com Ben me acompanhando logo em seguida.

- Eu te falei quem é. - me limitei a dizer.

- Falou. E estou ansioso para conhecê-la semana que vem nas gravações conjuntas.

- Eu também tô ansioso. Espero que não seja estranho, sei lá, você sabe... gravar com quem você esta tendo algo.

- Não vai ser nada estranho, só mantenha o profissionalismo.

- Sempre, sempre. Me preocupo também em não alarmar isso pra imprensa. Não por vergonha da Agnes, longe disso, mas sim pra manter o nome dela intacto longe de especulações da parte b da mídia. - falei, e conclui em pensamento que isso também se devia ao fato de eu não saber exatamente o que eu e Agnes tínhamos.

- Mantenha isso entre vocês, conversem e alinhem o que os dois querem juntos e como vão levar essa relação de vocês. Os dois são figuras publicas, então não vou mentir: não vai ser fácil, mas vocês vão ter tempo. Aliás, ela vai ter mais cenas comigo, porque a minha participação vai fazer referência a HQ "A piada mortal".

- Verdade, é muito a se pensar. Mas peraí, por que você já teve acesso ao roteiro e eu não? - me fingi de indignado enquanto o outro ria e levantava as mãos, como se não tivesse culpa.

- Porque eu sou o Batman. - ele simplesmemte respondeu e depois rimos alto por algum tempo, porque quem conhecia e convivia com o Ben sabia o quanto aquele papel era importante pra ele e como ele falava essa mesma frase umas 100 vezes ao dia.

Comtinuamos o nosso jantar, e a todo momento involuntariamente eu olhava para o celular em cima da mesa, que não sinalizava nenhuma notificação. Ben que fala alemão fluentemente pediu a conta e depois apoiou o braço na mesa.

- Por que não tenta ligar de novo? - ele falou e eu levantei os olhos do celular até ele, que respondeu levantando as sobrancelhas, reafirmando o que falara. - Talvez antes ela tenha pego no sono, ou estava tomando banho, ou passando um tempo com os pais.

Acenei com a cabeça e desbloqueei a tela, e fui até o número de contato dela.

- Acho que eu vou tentar mais uma vez mesmo, só pra saber se ela está bem.

- Claro, faz isso. Eu finalizo aqui a nossa conta e te encontro la fora. - ele respondeu enquanto eu levantava.

- Valeu pela conversa.

- As vezes eu dou conselhos muito bons, eu sei.

- É a idade. - zombei dele, que riu alto e respondeu enquanto me encaminhava a saída:

Colleagues.Where stories live. Discover now