11° capítulo.

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Por Raquel:

Eu sei o que vocês devem estar pensando, que eu peguei o Lucas, mas não, ele se declarou pra mim, eu virei as costas e fui com as meninas ficar tomando suco.

Ele não vai saber da gravidez tão cedo, ele não me fez mal, porém se eu contar pra ele sei que ele vai querer me prender até eu ter esse filho, ele só vai saber quando ele nascer.

Passei nervoso quando teve a invasão, mas eu fiquei bem, agora estamos na igreja, no velório de várias pessoas do morro, mas estamos aqui mais pela mãe da Elizabeth, ela está arrasada, chorando muito, o Neal tá tentando acalmar ela, mas é a única pessoa que ela tem dentro desse caixão, é difícil...

**********

O velório já tinha acabado mas a Lis não saia de cima do caixão, os caras tinham que tirar de lá pra enterrar junto com os outros corpos no cemitério que tem aqui no morro, poucos são enterrados nesse cemitério, todos estão indo ser enterrados no pé do morro, mas conseguimos convencer o Luís a enterrar a mãe dela no cemitério, ela precisava de um enterro digno... Os outros também mas não conseguiríamos isso.

Eu: Lis... - acaricio seu cabelo e ela me olha com os olhos enchados, o Neal já foi embora a um bom tempo, precisava voltar para o Jacarezinho...

Autora: oi gente? Esqueci de colocar o Neal no capítulo anterior, aqui ele:

Autora: oi gente? Esqueci de colocar o Neal no capítulo anterior, aqui ele:

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Lis: era minha mãe... - se afasta do caixão e me abraça.

Eu: agora você vai atrás do seu pai? - ela nega.

Lis: não preciso dele! Eu tenho vocês! - a Lia se mete no abraço.

Lia: vamos embora! Eu tô com fome!

Lis: não dá! Daqui a pouco é o enterro!

Eu: você tá cansada! Não vai aguentar!

Lis: eu preciso! - olha pro caixão uma última vez - vamos almoçar por aqui! Eu ainda tenho um dinheiro... E tem mais dinheiro lá em casa! Mas não tem comida! Infelizmente! 

Lia: por que foi no baile Elizabeth? De verdade?

Lis: eu falei a verdade! Minha mãe me obrigou! Eu precisava descontrair! Ela tava doente! Câncer de mama! Faltava poucos meses pra ela morrer! Não temos dinheiro pra pagar um tratamento! Mas eu não imaginei que ela iria morrer tão cedo!

Eu: relaxa! Vamos logo! Eu pago! Ainda tenho bastante dinheiro comigo!

Lia: eu também!

Fomos andando pra um restaurante aqui perto, bem simples, tinha só uma garçonete pegando os pedidos e entregando pra uma tiazinha que faz a comida...

Pedimos qualquer coisa no cardápio e ficamos esperando enquanto mexiamos no celular...

Eu: mana, olha essa foto que o Luís postou, babado! - mostrei pra ela que só faltava babar e eu ri.

Minha MarrentaOnde histórias criam vida. Descubra agora