Minha Marrenta

17° capítulo

Quando chegamos na casa o Luís deixa as compras encima do sofá e sai da casa.

Eu: onde cê vai? - digo segurando a porta com uma mão e a Gabriela na outra.

Luís: o Lucas mandou mensagem pedindo pra eu ir na sala dele!

Eu: ele ainda tá na boca?

Luís; é por isso que eu tô indo lá, ele não deveria estar! - diz seco.

Eu: dá pra parar de ser assim comigo?

Luís: não, agora entra na casa Eliane!

Eu: foda-se, a neném tá com fome, só por isso eu vou entrar!

Deixo ela deitada encima do sofá com umas almofadas envolta dela.

Mariana: de quem é essa coisa fofa? - diz se aproximando e pegando ela no colo que sorri sem dentes.

Eu: era da minha amiga! Mas ela morreu! - digo meio triste e com as lágrimas já querendo cair dos meus olhos.

Mariana: entendo! Ela deve estar com fome! Deixa que eu faço alguma coisa pra ela comer!

Eu: tá bem! Vou na pro quarto então! - quando estou subindo as escadas ouço sua voz me chamar.

Mariana: espera! Acho melhor você não subir!

Eu: a Raquel tá onde?

Mariana: no quarto do Lucas!

Subo e vou pro quarto do Luís porque tenho que tomar um banho e trocar de roupa, mas levo um susto ao entrar e ver a Ana Paula deitada com um pijama meu e mexendo no celular.

Eu: tá gorda em Ana Paula! - ela sorri e toca na barriga.

Ana: ah, Oi cunhadinha! - arqueio a sombrancelha - tô gorda não! É um bebê aqui dentro! Igual o seu! - sorri mais ainda - já estou de 4 meses! Eu contei pro Luis e ele me falou pra morar aqui! Trouxe minhas coisas e ele foi te salvar!

Eu: como é? Parabéns fofa, agora tchau! - viro de costas mas em segundos ela já estava em pé segurando meu braço.

Ana: nem tente... Roubar o Luís de mim! Ele é meu, ouviu? Só meu! - diz com um olhar psicopata.

Eu: pode ficar com ele, faça bom proveito! - sorrio falsamente - agora se me dá licença... - puxo meu braço dela e a mesma começa a chorar e coloca a mão na barriga.

Luís: QUE MERDA VOCÊ FEZ ELIANE? - grita comigo e segura meu braço com força, meus olhos lacrimejam.

Eu: tá machucando... - começo a chorar mas seu olhar sombrio sobre mim não some.

Luís: FALA PORRA! - grita mais alto.

Ana: ela me bateu, bateu no nosso bebê! - chora mais ainda.

Luís: VOCÊ É IDIOTA MEU?? MACHUCAR UMA CRIANÇA LIA? NÃO IMAGINEI QUE VOCÊ FOSSE CAPAZ DISSO!

Eu: CALA A BOCA! VOCÊ NÃO SABE O QUE ACONTECEU! VAI SE FUDER! - me solto dele e saio correndo batendo a porta com toda força, entro no quarto do Lucas com raiva e vejo a Raquel chorando.

Raquel: ele... - me aproximo dela e dou um abraço.

Eu: não precisa falar se não quiser! - ela assente e me abraça com força.

Raquel: vamos embora, sem morro, nada dessa merda! Eu falo com meu irmão... Vamos morar na zona sul? A Lívia tem um apartamento lá! Tenho certeza que deixam a gente morar! - diz ainda chorando mas vejo a esperança em seus olhos.

Eu: claro! - enxugo minhas lágrimas.

Raquel: você também não precisa falar se não estiver pronta! - me abraça mais forte ainda...

Eu: vou chutar aquela garota de lá e arrumar as coisas! Tanto minhas quanto da Gabriela!

Raquel: quem? - arqueia a sombrancelha

Eu: depois te conto! - saio correndo do quarto e entro no quarto do Luís vendo os dois deitados na cama mexendo nos celulares.

Pego uma mala embaixo da cama e vou em direção ao closet jogando todas as minhas roupas dentro, cabe direitinho afinal tenho pouca coisa, fecho a mala e volto pro quarto onde o Luís me encara bravo.

Luís: pra onde você acha que vai?

Eu: embora daqui lógico!

Luís: e aquela menina? Eu não... - interrompo ele.

Eu: eu vou levar a minha filha! Por que registrou ela se não gosta dela?

Luís: por você porra! Sabia que você não iria gostar de ver a Ana Paula aqui! Mas não imaginei que você bateria nela estando grávida! Pode sair daqui! Você é um verdadeiro monstro! - suas palavras machucam mas me faço de forte, até que sinto uma fraqueza nas pernas e quase caio.

Eu: DANE-SE! - grito e a Mariana aparecendo correndo com a Gabriela nos braços.

Mariana: o que aconteceu?

Eu: nada demais! Me dá minha filha! - ela me entrega e eu dou um beijo na cabecinha dela.

Ana: deixa eu ver essa criança! Que coisa mais fofa! - diz vindo em minha direção mas a Gaby começa a chorar e e eu fico um pouco enjoada.

Eu: sai de perto da minha filha com esse perfume barato! - tento me afastar um pouco e a Mariana me ajuda me dando apoio.

Saio daquele quarto quase desmaiando mas assim que chego na janela me recupero, então faço a Gabriela parar de chorar balançando um pouco, a Mariana estava ao meu lado o tempo todo.