Capítulo 14 - Madeleine

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Madeleine

Eu acho uma bobagem esse negócio de levar crianças para a delegacia, e o pior é todo mundo ser obrigado a arrumar um pirralho. — Resmungava Zalika enquanto preparava o café.
— Pirralho? — Madeleine riu. — Isso seria algo que eu diria.
— Sei que esse dia é só um pretexto de Sophie e Carter para ostentar os filhos trigêmeos deles. — Zalika parecia nervosa.
— Ou! — Exclamei. — Esse é meu trabalho. É eu que sempre estou reclamando e não você.
Zalika nos últimos dias estava com um humor bastante alterado.
— Seu trabalho? — Ela jogou o pano de prato em mim. — Eu posso reclamar pelo menos uma vez na vida?
— Tudo bem. Pode prosseguir.
— Posso fazer uma pergunta?
Fiz um gesto que sim com a mão.
— Você virou Santa? — Zalika me encarou. — Não vejo você com homens mais. Vai virar freira, ou algo do tipo?
— Ah, Lika. Por favor, né? — Revirei os olhos.
— Sei que você gosta de homens que você possa fazer eles submissos a você na cama. Acabou esse tipo de homem? — Zalika riu. — Ou está apaixonada?
— Não! Que isso? — Eu rir. — Não estou apaixonada. Não fale bobagens.
— Seria estranho ver você se apaixonar por alguém. — Zalika voltou a atenção para os ovos que estava fritando. — Apesar que é algo que eu gostaria de presenciar.
— Vou indo. — Levantei . — Encontro você lá na delegacia. Qual criança vai levar?
— A filha de uma amiga. E você?
— A filha de um amigo.
— Qual amigo?
— Theodoro. — Peguei minha bolsa.
Zalika virou para mim e me encarou.
— Você e Theodoro estão saindo?
— Não. Ele é meu amigo. — Peguei o óculos escuro da bolsa e coloque-os. — Te vejo na delegacia, tchau.
Fui direto para a casa do Theodoro e novamente quem atendeu o interfone foi Eveline e pela sua voz dava para perceber que ela estava animada. Quando desci do carro, ela veio correndo ao meu encontro.
— Bom dia! — Ela gritou.
Nunca vou entender o motivo das crianças falarem tão alto.
— Bom dia. — Falei.
— Ela estava dizendo que você estava atrasada. — Theo apareceu na porta da casa. — Falei que você tinha combinado dez horas da manhã, mas ela não acreditou.
Dei uma olhada na tela do celular.
— Agora são dez e vinte. — Olhei para Eveline e depois para o Theo. — Atrasei um pouco.

Estou no quarto da Eveline.Embrulho ela com o edredom e depois saio do quarto.Vou pelo corredor e chego na sala,onde Theo está com a  tv ligada,mas concentrado em papéis em suas mãos.Pego meu casaco e vou até ele.
— Ela já dormiu. — Digo,e ele olha e sorri para mim. — Já estou indo.
— Está chovendo demais para dirigir,não acha?
— Sério? — Vou até a janela. — Realmente não tinha notado.Vou esperar mais um pouco.
— Ok. — Ele se levanta e pega um cobertor que estava dobrado em cima de uma poltrona. — Sente-se aqui e diga o que você sabe sobre exportação.
Me sento ao lado dele e ele coloca o cobertor encima das minhas pernas.
— Obrigada. — Arrumo o cobertor . — Não sei de nada.Só ouço falar.
Eu queria me interessar pelo o que ele fazia,queria mesmo.
— Hoje Eveline ficou muito feliz. Ela nunca tinha saído sozinha com alguém. Foi um grande passo para ela
— Ela realmente estava feliz e aproveitou muito com as crianças na delegacia.Nunca fui de gostar de criança,mas eu realmente gostei dela.
-— Minha ex-esposa,ela não é uma boa mãe,ficamos casados por doze anos e ela também não foi uma boa esposa,ela foi uma boa namorada ou uma boa degustadora das minhas bebidas. — Nós nos entreolhamos e ele levantou de leve as sobrancelhas. — Só quero agradecer por você ter pensando em chamar a Eveline hoje.
Theo se virou para mim e ficamos bem próximos,e por avanço rápido eu coloquei a mão em sua nuca e puxei ele para mim, e eu o beijei, forçando minha língua entre os lábios dele e dentro de sua boca. Seus braços vêm ao meu redor, me puxando para ele.Suas mãos encontraram o caminho para meus cabelos,e ele me beija de volta. Nos levantamos ainda se beijando loucamente,ele me pega no colo,eu entrelaço minhas pernas na cintura dele. Continuamos nos beijando,se batendo nas paredes do corredor ele passa a mão na porta do quarto até achar a fechadura e abre,e entra no quarto, e depois fechou a porta. Eu seguro com força os cabelos dele e mordo os seus lábios.Ele me empurra na cama para que ele esteja deitado em cima de mim.
— Mãos na cabeça. — Ele ajoelha em cima da cama,forçando minhas pernas a se abrirem mais.
Eu coloco minhas mãos na cabeça e dou uma risadinha,porque normalmente é eu que uso essa frase com bandidos.
Theo beija meu pescoço e depois  minha boca, suas mãos vasculha todo meu corpo até levantar meu vestido,uma de suas mãos acaricia minha coxa esquerda até parar em cima da minha arma.
— É uma pistola Taurus 738 mini Slim. — Digo.
Ele retira a pistola e coloca na mesinha de cabeceira.
— Não entendo nada de armas.
— É uma calibre 380 de 7 tiros.
— Boa. — Ele sorri e me beija.
Coloco minha mão direita na nuca dele e subo para os cabelos,corro meus dedos por cada fio.
Theo retira meu vestido e beija cada parte do meu corpo.Minhas terminações nervosas,minha respiração,meu coração está batendo forte e estou me perguntando porque a demora. Ele abre meu sutiã e joga ele no chão e faz o mesmo com minha calcinha.
Finalmente ele tira a camisa e mostra o abdômen sarado e os braços fortes. Ele começa a beijar meus seios nus.Eu gemo com seu toque.Theo abre sua barguilha,retira a bermuda e mostra sua enorme ereção.Ele coloca as mãos em cima das minhas,no topo da minha cabeça,seus cotovelos mantém meus braços abertos,e suas pernas me imobilizam por completa.
— Espera. Por favor, espera. — Digo, me desvencilhando dos braços dele.
Ainda zonzo de desejo, ele arregalou os olhos, estupefato.
— Você não quer? — Ele se sentou, e eu fiz o mesmo.
Preciso parar com a minha mania de querer começar primeiro. Eu preciso confiar em Theodoro, já que eu sei que ele nunca faria nada contra mim.
— Sim, eu o quero. — Puxo ele para um beijo.
Logo deixo que ele fique por cima de mim. Seus beijos em meu corpo me fazem sentir algo que nunca sentir com nenhum outro homem. Ele faz tudo com carinho e suavidade, e isso está me deixando louca.
Eu sinto meus quadris se movendo para cima para encontrá-lo...querendo-o dentro de mim. Com uma rápida estocada,ele esta totalmente dentro de mim. Eu gemo.Lágrimas em meus olhos começara a se formar.Eu gemo alto.
— Desculpe . — Theo para e passa a mão em meu rosto. — Estou te machucando?
— Não. —Mordo os lábios dele.
Ele se move rapidamente e furiosamente dentro de mim,sua respiração em meu ouvido.Eu grito mais uma vez,mas um grito de prazer e junto com ele veio o orgasmo.Ele solta meus braços para acariciar meus seios nus e deposita beijos neles.
— Você é tão linda.
— Ah,Theo. — Eu gemo seu nome.
Ele continua com forças para continuar, me penetra mais fundo e eu estremeço, coloco meus braços em suas costas e o puxo para mim, beijando seus lábios e sentindo seu perfume.
Sinto ele gozando dentro de mim,fecho meus olhos e então me dou conta,e abro novamente com um grito.
— THEO!
— O que foi? — Ele para. — Você não se sente confortável ?
Puta merda...Não acredito que esquecemos.
— A camisinha.Esquecemos a camisinha.
— Eu não acredito.Você pode tomar a pílula amanhã,né?
Eu não queria que ele saísse de mim para colocar a droga da camisinha.
— Ok.Ok — Eu só queria sentir mais ele dentro de mim.
Ele me beija e continua se movimentando dentro de mim.Eu mordo sua orelha e sigo para seus lábios. Ele relaxa por um momento,eu sinto o peso delicioso dele em mim e ele se retira de dentro de mim e sorri, um sorriso lindo.
Ele entra novamente dentro de mim,bem devagar.
Ele é tão pesado,mas naquele momento,eu não posso empurrá-lo.Eu faço força e consigo subir encima dele. Monto nele, e começo a me movimentar e a dançar sobre ele.
— Pode deixar eu montar em você? —sussurro no ouvido dele.
Ele faz que sim com a cabeça.
Depois de alguns minutos ele volta novamente para cima de mim.Não sei que tipos de sons eu emiti enquanto ele me beijava nas partes intimas,mas quando eu abri meus olhos,os meus ouvidos zumbia.
Depois de muitos movimentos, carícias e beijos,ele se retira de dentro de mim,deixando-me dolorida e faminta por mais. Ele deita ao meu lado.
Eu coloco uma das pernas em cima dele e a cabeça em seu peito,nossos corpos suados e grudando.Levanto um pouco a cabeça e sorrio para ele.Eu me permito fantasiar que ele me ama.
Ele pega o cobertor e nos cobre,me abraça e acaricia meus cabelos.
— Já está tarde. — Digo sonolenta,bocejando. — Preciso ir embora.E acho que eu fiz muito barulho.
Ele sorri para mim.
— Eveline nunca acorda com barulhos.A casa pode pegar fogo e ela não acorda.Se fosse o Ethan,ele acordaria.
— Bom que ele está nos avos.
Ele se levanta sem se incomodar com a nudez e tranca a porta.
— Fique comigo nesta noite.
E transamos novamente.Transamos no banheiro,na banheira,no tapete felpudo do quarto dele.E eu não sei de onde vinha tanta força para isso. Só sei que ficar com ele era algo muito agradável.

Quando acordo,o quarto está bastante claro.Eu estou na cama vasta de Theo,passo meu braço no lado que ele estava dormindo e só sinto o frio do lugar vazio.
Procuro meu celular e apenas acho ele debaixo da cama junto com meu vestido,minha pistola e duas garrafas de conhaque.Minha cabeça doe e meus olhos ardem,sinto tontura e enjoo.Corro até a suíte e vomito no vaso,fico por minutos sentada no chão,apenas vomitando.
— Madeleine? —Theo entra no quarto. — Tudo bem?
— Estou no banhei... — vomito mais.
Ele aparece na porta do banheiro,ele está usando um terno cinza,óculos escuros que deixa ele mais elegante e sexy.
— Eu pedi para a farmácia trazer a pílula do dia seguinte para você,mas ainda não chegou.Mas eu trouxe roupas novas.Desculpe,mas era da minha ex-mulher.
— Obrigada. — Limpo a boca com dorso da mão. — Quando foi que decidimos passar pra bebida?
— Lá pelas quatro horas da manhã. — Theo estava focado no meu corpo, depois ele dar um sorriso. — Eu tomei café com a Eveline,ela já foi para a escola já tem um tempo.
— Que horas são?
— Quase nove horas.Eu não quis te acorda.Eu trouxe torradas e suco de laranja para você.
Ele me levanta e me conduz até a cama.Sento na cama e pego o suco.
— Acho que ontem eu fui rápida demais.Desculpa por ter te beijado.
Theo se sentou ao meu lado,me puxou para ele e me beijou.Ele segura meu rosto entre as mãos dele,seus olhos azuis analisa meu olhar.
— Você está arrependida?
— Não.Claro que não.Mas é que eu.Bom.Foi muito bom.
— Eu ainda não tomei banho,vamos aproveitar que você já está sem roupa. — Ele sorriu.
Theo se levantou e começo a tirar a roupa,depois segurou minha mão e me conduziu até o chuveiro.
A água estava morna.Eu ajudei o Theo a lavar os cabelos e ele fez questão de lavar meus cabelos e passar sabonete em meu corpo.
— Achei as tatuagens muito linda. —Theo comentou enquanto passava sabonete em minhas costas. — E esse é um escorpião feito com sangue?
— Isso.
— Significa alguma coisa?
— Little Scorpion.Sou órfã de uma série.
— Sério? — Ele continuava passando delicadamente o sabonete em minhas costas. — Também sou, de várias. Qual é a sua?
— Penny Dreadful.Essa é a série.A personagem principal desenhava um escorpião com o próprio sangue para se proteger.É só uma homenagem.
— Um dia eu vou assistir essa série.
Viro-me e fico nas pontas do pés para beijar a boca dele.
Quando terminamos o banho.Nos vestimos e fomos para a cozinha.Theo instituiu que queria preparar Asado Negro,a comida favorita dele quando morava em Caracas na Venezuela.
Eu sentei em um cadeira perto do balcão.
Ele estava só de bermuda,com o cabelo ainda molhado,suas costas largas e ombros musculosos virados para mim,enquanto ele se movia pela cozinha procurando os ingredientes.
— Você faz muita coisa na delegacia?- Ele picava cebola,pimentão,a pimenta de cheiro e a cebolinha bem rápido.
— Na maioria da vezes eu não preciso estar lá.Eu apenas espero uma ligação.
Theo pegou o liquidificador e colocou três colheres de molho de soja e três colheres de molho inglês,acrescentou oito dentes de alho,duas colheres pequenas de sal,pimenta do reino e depois bateu tudo.Enquanto o liquidificador batia,ele começou a cortar abacaxi em cubinhos.
— Na maioria das vezes eu não quero receber ligação. — Ele se aproximou de mim e me beijou,depois se afastou. — É tão bom ver você aqui.
— Digo o mesmo.
Me peguei olhando aquele corpo forte e grande,e sorri quando percebi que ele estava me olhando.
— Se eu não estivesse com fome,eu te pegaria aqui,agora. — Ele colocou a carne na panela de pressão junto com os outros ingredientes e fechou.
Me levantei e fui até ele,abracei seu corpo, beijei seus lábios.Ele passou o braço direito em minhas costas e me ergueu.
— Pelo menos hoje é dia da minha mãe ficar com os meninos. — Ele sussurrou.

O almoço demorou bastante,mas valeu a pena.Theo serviu vinho e eu bebi só meia taça.Depois sentamos no sofá da sala para assistir um filme.
— Que tal o filme Como Eu Era Antes de Você? — Theo levantou a capa do filme.
Concordei com a cabeça,mesmo sabendo que eu ia chorar.
Ele sentou ao meu lado e eu deitei minha cabeça no ombro dele,ele passou o braço em mim.
Depois que o filme estava quase no meio,meu celular tocou,olhei e vi que era Sophie.
— Madeleine.Temos um chamado.Assassinato. — Falou ela quando eu atendi.
— Manda a localização pelo meu whatsapp.Já estou indo.
Me levanto em um salto.Theo segura meu braço.
— O que aconteceu?
— É um chamado.Tenho que ir.
Fiquei olhando para ele,pensando se eu podia dizer para ele ir na minha casa depois.Eu estava desejando demais aquele homem.
— Vou viajar amanhã cedo.Podemos nos encontrar?Quando eu voltar.Não tenho uma data de volta ainda.
Sentei no colo dele e o beijei.Ele me abraçou,acariciando meu corpo.
— A gente se ver por ai. — Falei.
Entrei correndo no quarto dele e peguei minhas coisas,quando fui sair,dei um beijo de despedida nele,um beijo intenso como aqueles beijos que casais recém-casados dão um no outro antes de ir trabalhar.






Feliz Ano Novo!😊🥂
Esse é o primeiro capítulo de 2019.
Beijinhos

No Ritmo da Nossa Música{Concluído}Onde histórias criam vida. Descubra agora