Capítulo final

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     Emilia

Eu estava parada na porta da cozinha, observando Madeleine e Louise dançando ao som de Xonou, Xonou da Banda Calypso. As duas estão tão felizes, pulando de um lado para o outro e nem perceberam a minha presença.
Quando Louise imitou a Joelma jogando o cabelo para frente, eu não aguentei e rir. Então, Madeleine me olhou e sorriu.

— Vem dançar! — Madeleine falou.

— Vem Emi. — Louise também chamou.

Fui me juntar a elas.
Desde que estou aqui, percebi o quanto o meu relacionamento com minha mãe Laura era algo tóxico. A Madeleine é diferente, mesmo ela ainda tentando me aceitar de volta, ela sempre me tratou bem.
Minha vida inteira tive que ouvir da Laura como ela era boa por me criar, porque minha mãe não me quis e me abandonou. Não lembro de nenhuma demonstração de carinho sem que fosse para mostrar pra alguém. Eu não podia cometer um erro que eu era vagabunda igual minha mãe. Mas eu tenho que ser grata, segundo ela.
Ela me colocou pra fora diversas vezes, eu recorri a minhas amigas. Ela é violenta e já falou, sem eu fazer nada, que queria apertar o meu pescoço até eu parar de respirar.
Ela não se importa com ninguém a não ser ela mesma e dinheiro pra torrar. Já o meu pai Fabrício é um amor de pessoa, mas nunca estava em casa. Mas eu não tenho raiva deles, só quero uma distância saudável, quero vê-los ainda.

— Tudo bem? —  Madeleine falou sorrindo. — Conseguiu falar com os seus pais?

— Não. Mais tarde eu ligo.

Um mês que estou aqui, já tem um mês que sei sobre mim e já tem um mês que me sinto diferente. Não é o um diferente ruim, não sinto que estou prestes a cometer um suicídio, mas sinto como se algo estivesse entalado na garganta.
Meus pais viajaram, acho que eles queriam essa viagem há muito tempo.
Eu sinto melhor aqui. Hoje a noite o Theo estará aqui com os filhos dele, finalmente eles se entenderam após dias de brigas.
Eu amo está aqui.

     Ethan

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     Ethan

  — Você pegou uma touca? — Meu pai perguntou. — Está ficando frio.

— Não, mas um casaco com capuz já serve. — Respondi.

— E você, Eveline?

— Não uso mais touca com orelhinhas.

Isso fez meu pai colocar a mão no peito e olhar para Eveline com uma cara triste. E que comece seu teatrinho.

— Ah, não? E porquê não? Isso acabou com a noite do seu pai. Eu amo ver você usando aquelas toucas.

— Acho que a Lou vai amar usar no meu lugar. — Eveline falou.

— Ah, é? E você? Você é a minha bebê.

— Ah, pai. Eu não sou bebê.

— Minha filha está crescendo. — Ele balançou a cabeça e deu um leve sorriso. — Está crescendo mais rápido que alguma vez imaginei, mas para mim sempre um bebê para eu cuidar e proteger. O Ethan ainda é meu bebê, não é mesmo?

No Ritmo da Nossa Música{Concluído}Onde histórias criam vida. Descubra agora