Madeleine
Me espreguiço e abro os olhos bem devagar, percebo que estou com a cabeça deitada em um abdômen nu masculino. Afasto meu rosto e olho para o homem que está dormindo comigo, abaixo minha mão para debaixo do cobertor, para me certificar se ele está pelado, e ele está de calça jeans. Meu Deus, porque eu não me lembro de nada? Então, eu olho novamente para o rosto do homem. Não acredito. É o Vicente? Sim, é ele mesmo. Será que o arroz com mariscos dele foi tão bom assim?- Levanta!- Gritei. - Levanta! - Empurro ele. - Como você veio parar na minha casa?
- Desculpa, Madeleine. - Ele se levantou. - Você foi para minha casa, se lembra? Estava tendo uma festinha ao lado, e você foi comigo.
Ah , disso eu lembro.
- Estou lembrando. - Eu só estava de calcinha e sutiã, então, eu me cobri. - Eu bebi?
- Sim. - Ele começou a vestir a camiseta. - Eu me ofereci para levar você em casa, achei que você não estivesse tão bêbada. - Ele calçou os sapatos . - Quando chegamos, você me convidou para entrar e eu entrei, depois você tirou minha roupa e começou a fazer uma dança estranha enquanto tirava a sua roupa, foi ai que se deitou no chão da sua sala e dormiu. - Ele sorriu. - Foi difícil encontrar seu quarto. Pode acreditar que não aconteceu nada. Era tarde, e eu tinha bebido também, então , acabei cochilando.
Ele é bonito, tem olhos um pouco apertados , uma pele escura , quase não tem barba, os olhos é castanho escuro, tem covinhas na bochechas.
Levantei e fiquei em pé encima da cama e deixei o cobertor cair, me aproximei dele e puxei ele para um beijo, apenas um leve beijo.
- Obrigada. - Falei. Pulei da cama e fui até o banheiro. - Você sabe onde é a saída.
Ele pareceu confuso, mas se retirou.
Minha cabeça doía, meus olhos ardiam e meu estomago estava revirando. Corri até o vaso e vomitei toda a comida e bebida de ontem.
Meu pai vai ficar muito desapontada comigo, ele não diria nada, não precisaria dizer, só o olhar dele diria tudo. Já o Ben, ele gritaria comigo, me chamaria de criança. Os dois temem por mim, desde que eu comecei a beber demais, passei dos limites, eu não bebo apenas por diversão, eu bebo para esquecer.
Enquanto eu vomitava, prometi que não contaria nada para meus pais, nem mesmo para a Zalika.
Eu acabei de me recuperar de um coma alcoólatra. Se eles saberem que eu bebi de novo, eles vão querer me colocar em algum grupo de ajuda , e isso eu não quero.
Vou até o chuveiro, ligo ele e entro lá de baixo. Acho que na minha condição, tomar banho numa banheira não é uma boa escolha.
Quando eu saio do banheiro, vejo Zalika sentada na minha cama , ela ainda está com uma camisola.
- Você passou a noite com alguém? - Ela pergunta.
- Não. - Digo. Passo a toalha em meus cabelos molhados. Zalika nunca teve vergonha da minha nudez. Eu e ela sempre ficamos peladas e nunca importamos. - Para ser sincera. Um cara dormiu aqui. - Sento na cama. - Mas não rolou nada.
- Esse cara bebe?
- Não sei.
- Eu acho que sabe. - Ele levantou uma garrafa vazia de Vodca. - Madeleine, você bebeu?
- Zalika, eu sei que esta preocupada comigo. Mas eu não sou mais adolescente. Certo? - Me levanto e enrolo a toalha no meu corpo.
- Mas você age como uma adolescente.
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No Ritmo da Nossa Música{Concluído}
RomansMadeleine é uma perito criminal, muito rica, e vive uma vida de farras. Theo, um empresário na indústria do ramo de bebidas que não acredita mais no amor, após ter sido abandonado com os filhos pela mulher. Ele é mais caseiro e gosta de estar com os...