Capítulo 21 - Madeleine

42 11 1
                                    

Madeleine

Será apenas um almoço. — Falei para o Theodoro pelo celular. — Eu falei que não ia chamar ninguém, mas mudei de idéia. — Peguei um vestido jeans e uma bota preta de verniz. — Meus pais vão ficar animados, achando que estou namorando, vão até imaginar nosso casamento.

— Isso seria legal. — Theo riu. — Mas os meninos vão ficar comigo.

— Tudo bem. O Ben vai amar ficar cuidando deles e eles vão amar ele. — Falei.

Meus gatos estavam me olhando, enquanto eu me arrumava. O quarto estava bagunçado, com roupas espalhadas pelo chão e o guarda-roupas estava com as portas abertas. Eu sei que preciso arrumar isso tudo.

— Tudo bem. Te vejo daqui a pouco.

Desliguei o celular e desci para a cozinha. Zalika estava terminando a sobremesa e o Paulo estava sentado contando alguma coisa, os dois pareciam muito felizes.

— O que você fez para levar de sobremesa? — Zalika perguntou.

— Mousse de maracujá. — Falei. — Olá, Paulo.

Paulo levantou a mão, mas continuou prestando atenção no celular. Virei-me para Zalika e ela estava com um sorrisinho no rosto.

— O clássico mousse. Como todos os anos. — Zalika falou. — Lembro-me que sua mãe era especialista.

Todo o ano minha mãe fazia para o jantar de comemoração da união dos meus pais, era a única coisa em que era boa, já que a cozinha nunca foi o seu forte.

— O que você fez? — Perguntei.

— Fudge de chocolate. — Zalika mostrou a grande travessa de vidro.

Meu celular tocou e eu vi que era o número do Ben. Ele sempre está ansioso. Quando eu atendi ele demorou para me responder.

— Maddie, onde você está? — Ben estava ofegante.

— Ainda estou em casa. — Falei. —  O que houve?

— Seu pai está aí? — Ben perguntou.

Zalika levantou uma sombrancelha, e eu apenas sussurrei para ela que logo falaria.

— Não. Como assim, ele não está aí? — Perguntei. Peguei uma banana e a descasquei.

— Ah, ele acabou de chegar. — Suspirou Ben.

Ben desligou sem falar nada.

— O que houve? — Zalika colocou a travessa na mesa.

— Não sei. Ele nem explicou. — Falei. — Vamos logo.

Fomos no meu carro, e o trajeto foi um silêncio total, pelo menos por minha parte, já que a Zalika e o Paulo ficaram segredando um no ouvido do outro e Zalika sempre dava um sorrisinho. Aquilo estava me deixando louca, quando chegamos eu fui direto para a cozinha. Meu pai estava no pé do fogão e Ben estava sentado na cadeira do balcão com um caderno nas mãos. A cozinha emanava o cheiro de frango, Strogonoff de carne.E lá na churrasqueira a carne estava se cuidando sozinha, fui até lá e mexi para não queimar.

— Seria bom se você cuidasse da churrasqueira. — Falei para o Paulo e mesmo relutante ele soltou a mão da Zalika. — Eu chamei um amigo. — Virei-me para o meu pai. — Ele vai trazer os filhos.

— Isso é ótimo. — Ben sorriu. — Amigo?

— Sim, meu amigo. — Falei.

Ben tem esperança de que logo vou trazer um homem para casa e anunciar que vou me casar. A cozinha da casa tem muitas flores para todos os lados e a porta para a churrasqueira é de vidro assim como as janelas.
Mandei a localização da casa no WhatsApp do Theo.

No Ritmo da Nossa Música{Concluído}Onde histórias criam vida. Descubra agora