Capítulo 114

440 16 0
                                    

Narrador.
- o que... O que você fez com o Micael? Sua piranha - a preocupação e medo era evidente em sua voz.
- eu acho melhor você me tratar direito, ou ele morre agora ~ Sophia não faça nada do que ela pedir - Micael falou do outro lado, a loira ouviu um barulho e logo depois o moreno grunir.
- por favor, não faça nada com ele - disse desesperada - eu faço qualquer coisa, só não o machuque.
- hum, agora sim podemos negociar. É o seguinte, vão te encontrar na porta do banco, e você tem que ir sozinha. Se você fizer alguma gracinha, já sabe.
- tudo bem - balançou a cabeça freneticamente - eu vou fazer o que você pediu - Sophia fungou desligando o celular. Se apoiou na mesa tentando digerir tudo aquilo, Letícia tinha ido longe demais, nunca imaginou que ela poderia fazer isso.
A loira sentiu uma leve tontura e fechou os olhos respirando devagar esperando que aquilo a acalmesse.
Limpou as lágrimas, não podia se desesperar agora, seu tempo era curto e vida de Micael dependia dela.
Subiu para o quarto e foi até o closet, jogou algumas de suas roupas no chão revelando um cofre que havia lá, com suas mãos trêmulas digitou a senha destrancando-o, pegou o dinheiro que estava lá colocando dentro de uma bolsa.
Tirou seu pijama colocando um vestido leve e a primeira sapatilha que achou.
Pegou as bolsa e o celular chamando um táxi.
Teria que encarar isso, e esperava que tudo desse certo.

Micael- VOCÊ SÓ PODE ESTÁ COMPLETAMENTE LOUCA, LETÍCIA - berrou se remexendo na cadeira onde estava amarrado. Letícia e seu cúmplice Davi, e mais outro cara que ele não conheceu, tinha levado o moreno para uma casa no meio do nada, onde ninguém poderia os achar. Micael se perguntou se a morena via muitos filmes de drama idiota, para fazer uma merda dessas, a garota realmente não tinha juízo nenhum.
Letícia- pare de gritar se você não quiser levar uma surra - ela estava sentada em uma cadeira lixando as unhas, como se aquele situação fosse super normal.
Micael- a Sophia está grávida, GRÁVIDA! - estava puto e morrendo de medo ao mesmo tempo - e olha o que você está fazendo ela passar, pelo amor de Deus - não gostava nem de pensar se algo de ruim acontecesse com a esposa.
Letícia- eu não estou nem aí para sua amada gravidinha, Micael - encarou-o com cara enojada - nós fizemos um trato e você não cumpriu. Eu avisei muito bem o que aconteceria.
Micael- eu não fiz trato nenhum, foi você que me obrigou a isso, eu não tive escolha. Pensei que você poderia mudar com o passar dos anos, mas já vi que você ficou pior do que antes - fez uma careta, as cordas amarradas em sua mão estava matando.
Letícia- cala boca, ou eu desconto todas essas ofensas na sua mulherzinha.
Micael- se alguma coisa acontecer com a Sophia, eu juro que acabo com você - lançou um olhar que se pudesse matar a teria matado.

Sophia berrou com o seu segurança, ele insistia que não deixaria ela sair sozinha e aquilo a irritou deixando mais nervosa, o homem só parou quando viu a Soph chorar desesperada e implorar que o mesmo a deixasse ir. O pouco de tempo que restava estava passando. Quando Cleber finalmente a liberou, entrou no táxi e disse ao motorista para levá-la no banco mais próximo.
Estava no caixa, tremendo dos pés a cabeça, ela não conseguia conter o nervosismo. Sacou o dinheiro enfiando na bolsa, saiu do banco e viu um carro preto parado na porta. Um dos vidros foram baixados, ela viu um cara de boné e jaqueta preta, estremeceu por inteiro. O homem acenou com a cabeça para que a mesma entrasse, respirou fundo entrando no carro e colocando o cinto de segurança. Estava tremendo e enjoada, seus olhos estavam vermelhos tentando conter o choro.
Torcia mentalmente para que aquele pesadelo passasse e tudo ficasse bem.
- se você tiver envolvido mais alguém, eu tenho ordens para matar essa criança - disse, sem um pingo de compaixão pela garota. Sophia engoliu seco imaginando como seria tirar a criança dela, olhou para a arma que estava na sua cintura e estremeceu.
Sophia- na... não tem ninguém, estou sozinha - olhou para frente respirando fundo algumas vezes.
- vai ser melhor assim - o homem deu partida no carro cantando pneus.
Ele estava indo rápido demais, Sophia cravou suas unhas nas laterais da cadeira com medo.
Seu estômago embrulhava, sua cabeça doía e a vontade de chorar só aumentava. Sentiu um chute, e então passou a mão na barriga,  não conseguiu segurar as lágrimas que prendia. Seu bebê, se alguma coisa acontecesse com ele... Não, nada aconteceria, empurrou os pensamentos ruins. Tudo ficaria bem, repetiu aquilo mentalmente por todo o percurso.
A loira se assustou quando chegaram em uma casa no meio do mato. O cara alto abriu a porta do carro mandando ela sair, a puxou pelo braço entrando na casa.
Letícia- olha quem chegou - riu cínica.
Sophia- Micael - tentou correr até ele mas foi impedida.
Letícia- pra quê essa pressa? Já está com tanta saudade assim?
Sophia- eu trouxe o que você pediu, agora nos deixe ir embora - direcionou um olhar de ódio pra sua rival.
Letícia- você acha que seria tão fácil assim? - arqueou uma sobrancelha - temos contas pra acertar.
Micael- Letícia, pelo amor de Deus, só me solte e deixe a gente ir embora - tentou inutilmente sair da cadeira.
Letícia- CALA BOCA, MICAEL - berrou - e você sua loira ridícula, EU VOU ACABAR COM A TUA RAÇA.
Sophia- será que você nunca vai cair na realidade? - arqueou uma sombrancelha - Você é ridícula  - Letícia acertou um tapa no rosto da loira.
Micael- LETÍCIA - seus olhos estavam arregalados. Entrou em pânico, aquilo não acabaria bem, não mesmo.
Sophia- VOCÊ TÁ MALUCA? SUA DOENTE PSICOPATA.
Letícia- olha o jeito que você fala comigo - disse, entre os dentes.
Sophia- você é um ser desprezível, que ninguém, nunca vai ser capaz de amar PORQUE VOCÊ É UM MONSTRO - recebeu outro tapa, dessa vez mais forte. Sophia tentou se soltar do cara que segurava seus braços mas não conseguiu. Letícia continuou com os tapas.
Micael- LETÍCIA, PARA, POR FAVOR - estava desesperado, tinha que sair daquela maldita cadeira, antes que o pior acontecesse.
Sophia tentava se esquivar dos tapas mas era impossível.
Sophia- PARA COM ISSO, SUA VAGABUNDA - ela tentou chutar Letícia que puxou seu pé com força, fazendo a mão do cara escorregar de seus braços e ela cair no chão.
Sophia- AAAAAAAAA - berrou no chão com as mãos na barriga - DÓI, DÓI, DÓI MUITO - apertou os olhos pela dor, chorando desesperada.
Micael- O QUE FOI QUE VOCÊ FEZ, PORRA? - o moreno se desesperou mais ainda olhando a esposa se contorcer no chão de dor.
Letícia- o que... - seus olhos estavam arregalados.
Um barulho de sirene era audível de longe.
Micael- ME SOLTA DA PORRA DESSA CADEIRA, INFERNO - berrou. Letícia faz o que o moreno pediu.
Micael foi correndo até Sophia que chorava e gritava no chão.
Sophia- salva a nossa filha, Micael - ele não sabia o que fazer, olhou para as pernas de Sophia e havia sangue escorrendo ali, entrou em pânico. Aquilo só poderia ser um pesadelo.
Micael- fica calma, não vai acontecer nada - passou a mão trêmula em seus cabelos.
A porta da casa abriu em um solavanco, assustado todos.
Eram policiais.
Os olhos de Letícia parecia que iam sair das órbitas.
Davi e o outro homem tentaram fugir, mas sem sucesso.
- vocês estão presos.

Era o fim o para Letícia, e os seus dois colegas.

SuperaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora