Micael narrando
Chay e Arthur estavam enchendo o meu saco depois do que eu fiz com a aquela garota, já não aguentava mais.
Micael- aí gente, chega! Vocês vão defender ela até quando? - nós estávamos a caminho do colégio.
Arthur- você tem noção do que você fez, Micael? - ele me olhou sério - a menina quebrou o pé por sua causa.
Chay- você passou de todos os limites dessa vez Micael, isso que você fez não foi nada engraçado. Porque você implica tanto com ela hein? - revirei os olhos, quanto mimimi por causa de nada.
Micael- vocês são uns mala hein? aposto que isso é só drama da Sophia, ela não quebrou o pé coisa nenhuma, é só pra chamar atenção - atravessamos a rua e continuamos caminhando.
Arthur- drama, Micael? ela estava na sua frente chorando de dor, foi até para o hospital e você ainda fala que é drama? - ele me olhou com uma cara de desaprovação.
Micael- está bem, pode ser que não, pode ser que ela esteja falando a verdade, tudo bem para vocês? - eles bufaram e balançaram a cabeça negativamente.
Chegamos no colégio e entramos. Fomos falar com os outros meninos que estavam sentados em um banco no pátio.
Micael- oi galera - acenei para eles.
Guilherme- oi mika do mal, qual vai ser a próxima armação para a loirinha? - todos riram.
Micael- não sei, o que vocês sugerem? - eu rir
Chay- é sério isso Micael? - ele me fuzilou com os olhos.
Micael- estou brincando, calma - me rendi com as mãos.
Letícia se levantou e veio até onde eu estava.
Letícia- oi, meu lindo - colocou os braços em volta do meu pescoço e me deu um selinho.
Micael- oi gata - a abracei.
Letícia- você sabe o que aconteceu com a esquesitinha?
Micael- Chay e Arthur disse que ela quebrou o pé.
Letícia- bem feito - ela riu
O sinal tocou para a primeira aula começar.
Chay- vocês são dois inúteis mesmo - ele saiu em direção a sala, junto com Arthur e os outros meninos, eu fui atrás com Letícia.
A primeira aula seria de física, a aula mais chata que eu não entendia nada.
O professor entrou na sala, cumprimentou os alunos e logo depois começou explicar a matéria. Não consegui prestar atenção por muito tempo e acabei dormindo.
Acordei com alguém mexendo no meu braço, levantei cabeça e cocei os olhos. Olhei para ver quem era e vi Chay e Arthur olhando para mim.
Chay- não dormiu essa noite não?
Micael- em que aula estamos? - perguntei sonolento. Depois que meu pai me obrigou a ir para aquele lugar imundo eu não tenho conseguido dormir muito porque chego tarde em casa.
Arthur- já estamos no intervalo - arregalei os olhos.
Micael- o que? Já estamos no intervalo? Por que vocês não me chamaram?
Arthur- a bela adormecida estava tão linda dormindo, nós não queríamos incomodar o seu sono - eles riram
Micael- vão se foder - levantei e saí da sala, eles vieram logo atrás de mim.
Fomos para o refeitório, pegamos nossa comida e sentamos.
Mel e Lua olhavam para mim o tempo todo com caras não muito boas. Talvez estivessem com raiva porque aprontei com a nova amiguinha delas.
Ignorei elas e foquei na minha comida.
Estava distraído conversando com Arthur e Chay quando Lua e Mel apareceu na nossa mesa atrapalhando a conversa.
Lua- Micael queremos falar com você - ela me encarava
Micael- podem falar, estou ouvindo.
Mel- a sós, e sem gracinha - ela realmente não estava para brincadeiras hoje.
Micael- tudo bem. Vamos para o jardim.
Nós saímos rumo ao jardim, chegamos lá e sentamos em um dos bancos.
Micael- fala
Lua- é sobre a Sophia
Micael- sabia - revirei os olhos - o que é? vieram defender a melhor amiga de vocês? - falei debochado
Mel- Micael, como você consegue ser assim? O que ela fez para você ter tanto ódio dela? Deixa a garota em paz. Além de vários problemas que ela tem que lidar fora do colégio, ainda tem você e o seu grupinho infernizando ela. Já está na hora de vocês pararem com isso .
Micael- já acabou o discurso lindo? - sorri cínico
Lua- não, não acabou. Eu não quero ver você e aquela biscate que você pega mexendo com a Sophia, está me ouvindo? Dessa vez vocês foram longe demais. Você a machucou por nada, agora ela está lá com o pé quebrado por causa dos seus caprichos.
Micael- está bem, não faço mais nada com essa garota. Agora me deixem em paz - saí e deixei as duas sozinhas, já estava de saco cheio.
Fui para sala e assisti o resto das aulas. Quando acabou fui para casa.
Cheguei, meu pai estava na sala assistindo algo na tv. Provavelmente ele tinha saído cedo do trabalho hoje.
Passei direto indo para o meu quarto sem falar com ele. Quando subi o primeiro degrau da escada ouvi sua voz.
Jorge- não fala mais comigo não, moleque? - virei para encara-lo
Micael- enquanto você não parar de me obrigar a ir naquele lugar, não.
Jorge- isso foi para você aprender a nunca mais fazer farra na minha casa, aqui não é boate pra fazer festinhas de adolescentes.
Desde à festa em que fiz aqui quando ele estava viajando, fiquei de castigo por um mês, sendo obrigado à ir trabalhar naquele lugar imundo, eu não nasci para isso, mereço coisa melhor.
Micael- então, sinto muito, mas não dirijo mais uma palavra para você, passar bem - ouvi ele me gritar, mas o ignorei. Subi as escadas correndo.
Depois que tomei banho e almocei fui para aquele inferno.
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Superação
RomantizmSophia Abrahão é uma adolescente de 17 anos que perdeu seus pais em um acidente de carro há 3 anos atrás. Sofrendo pela perda, a jovem entra em depressão e é rejeitada pelos seus colegas de classe. Micael Borges um jovem de 18 anos, marrento, mima...